23.2.12

E-mails

Dia de férias de escola deles (e forçosamente dia de férias para mim também). Manhã. Enquanto a Kiki via desenhos animados na televisão, eu dava uma espreitadela nos meus e-mails de trabalho e especificamente a um modelo de um investimento em excel.

Kiki: ˝Mamã, disseste que não ias fazer contas. Hoje estás de férias!˝

Eu: ˝Tens razão quida. Estou só a dar uma espreitadela rápida aos meus e-mails de trabalho˝.

Kiki. Profundo suspiro, olhos muito abertos e voz de sincero espanto: ˝Mamã, os e-mails que recebes são contas!? !?!˝

Pois, os e-mails que a Kiki recebe são mensagens giras de animais, pessoas, lugares bonitos e/ou mágicos, espectáculos de música e muitas cores. Nada de ficheiros excel com muitos números.

Patrícia

17.2.12

I am because we are

Um antropólogo estudava os usos e costumes de uma tribo na África, e porque ele estava sempre rodeado pelas crianças da tribo, decidiu fazer algo divertido entre elas; Conseguiu uma boa porção de doces na cidade e colocou todos os doces dentro de um cesto decorado com fita e outros adereços, e depois deixou o cesto debaixo de uma árvore.

Depois chamou as crianças e combinou a brincadeira: quando ...ele dissesse “já”, elas deveriam correr até aquela árvore e o primeiro que agarrasse o cesto, seria o vencedor e teria o direito de comer todos os doces sozinho.

As crianças posicionaram-se em linha, esperando pelo sinal combinado.

Quando ele disse “já!”, imediatamente todas as crianças deram as suas mãos, uns aos outros, e todos de uma vez, saíram correndo juntos em direção do cesto. Todas elas chegaram juntas e começaram a dividir os doces, e sentadas no chão, comeram os doces felizes.

O antropólogo foi ao encontro delas e indignado perguntou porque é que elas tinham ido todas juntas, quando só uma poderia ter tido o cesto inteiro.

Foi ai que elas responderam: - “UBUNTU!!!” “Como um só de nós poderia ficar feliz se todas as outras estivessem tristes?“

UBUNTU significa: - “EU SOU, PORQUE NÓS SOMOS!”



Pensamos que vamos para África para ensinarmos os africanos, quando, na verdade, nós temos muito a aprender com eles.

Patricia

15.2.12

Música para os meus ouvidos

Hoje apanhei a professora do Di e aproveitei para agradecer a semana em Voges que ele adorou e também para perguntar como anda ele na escola – acompanhamo-lo e sabemos que os resultados são bons mas gosto de, volta e meia, saber de viva voz como andam as coisas.

Diz-nos a experiência de anos passados que o Di chega este período de Inverno e fica inquieto, impaciente. Achamos nós que o rapagão precisa de gastar mais energia, sair mais e o Inverno é mais chato nesse aspecto... Por enquanto, este ano tem sido tranquilo mas tem havido aventuras qb: o ski, o Kung Fu.

Mas voltando á professora, disse-me que é um menino sério e aplicado no trabalho, falador (no sentido de bavardage), que é um dos motores da turma, sempre a querer saber mais, positivo e conciliador. Rematou com ˝Diogo est un regal˝.

Poderia haver música melhor para os meus ouvidos?

Da mamã muito babada,

Patrícia

14.2.12

para a minha meiguinha

O amor é uma companhia.
Já não sei andar só pelos caminhos,
Porque já não posso andar só.
Um pensamento visível faz-me andar mais depressa
E ver menos, e ao mesmo tempo gostar bem de ir vendo tudo.
Mesmo a ausência dela é uma coisa que está comigo.
E eu gosto tanto dela que não sei como a desejar.

Se a não vejo, imagino-a e sou forte como as árvores altas.
Mas se a vejo tremo, não sei o que é feito do que sinto na ausência dela.
Todo eu sou qualquer força que me abandona.
Toda a realidade olha para mim como um girassol com a cara dela no meio.

Alberto Caeiro


Nuno

São Valentim

Porque hoje é dia dos namorados sente-se uma certa obrigação moral de romance. Pode-se racionalizar, relativizar, filosofar ou muito simplesmente culpar os comerciantes e a sua insaciável criatividade mas nada resulta, nada nos liberta da culpa, nada nos devolve o dia.

Afinal de contas, que vida é esta que levamos se não pudermos esquecer por um mísero dia as responsabilidades, a crise, as contas, o trabalho e toda a restante parafernália que nos ocupa o tempo e dedicar-nos de alma e coração à pessoa especial por quem de bom grado abdicamos do egoísmo natural da alma?

Mas eis que nos confrontamos com um dilema empírico: como criar uma atmosfera de romance autêntico num ambiente dominado por clichés e preconceitos? Se o amor não tem forma e definha na ausência de espontaneidade, como pode florescer rodeado de regras e imperativos?

Celebrar o dia dos namorados é portanto o equivalente romântico de jogar tenis na wii: até se faz os movimentos mas a realidade não deixa por isso de ser virtual e só com muita benevolência se pode fingir acreditar que o jogo na consola é um substituto de um verdadeiro jogo de tenis ao ar livre.

O romance pratica-se dia após dia, apesar dos desafios e contrariedades, da falta de tempo, de infinitos outros interesses e atracções. O amor alimenta-se dos pequenos gestos, do apoio mútuo, do orgulho das conquistas individuais e conjuntas e, provavelmente acima de tudo, da surpresa. A rotina solidifica e tranquiliza mas a surpresa emociona e mantém acesa a chama.

Desprezo por tudo isto o dia dos namorados. Não pelo que procura representar mas pelo que involuntariamente cerceia e condiciona.

Nuno

12.2.12

Aparelho dentário do Di

Desde Novembro que andamos a fazer visitas ao odontologista. Este médico foi recomendado pelo dentista numa visita de rotina do Di e confirmou que o Campeão tem o maxilar superior mais em forma de V do que de U – forma que deveria ter para encaixar o maxilar superior no inferior.

Explicou também que isto se deve á pressão que faz com a língua contra os dentes superiores quando engole, que este reflexo vem do movimento de sucção de bebé (ao mamar) e que devia ser corrigido com umas sessões de terapia da fala. Além disso, um aparelho removível era aconselhado para corrigir a forma do maxilar superior.

E lá andámos em consultas, raios X, moldes, escolhas de cores para o aparelho – o Di inicialmente queria vermelho e amarelo (as cores do Benfica) mas depois mudou de ideia e quis branco e preto (por serem as cores de Lisboa). Finalmente colocaram o dito aparelho.

Aconteceu isto 4 diazitos antes de ir para a classe de neige e com recomendações que levasse o aparelho o que me deixou algo nervosa porque ele poderia perdê-lo – não estando habituado a ele. Mas o rapagão tem a cabeça no lugar e portou-se á altura das recomendações da mamã trazendo o dito cujo de volta.

E agora anda com ele. É meio chato mas o Di já parece estar habituado e já se compreende melhor o que diz quando o tem. Tem mais uns bons meses disto pela frente mas o Di tira de letra e não parece minimamente incomodado.

Patrícia

Campeão – Faixa vermelha no cinturão amarelo

O Campeão esteve fora a semana passada - época oficial de exames na academia de Kung Fu – e portanto faltou ao exame. Mas como foi uma falta justificada e é um menino sério e aplicado, os mestres acederam a examinar as aquisições técnicas do Di esta semana (também em 3 dias diferentes).

O Di conseguiu mais um etapa no seu percurso para cinturão negro (?): a faixa vermelha no cinturão amarelo – e ganhou também um ˝patch˝ pela sua concentração.
Na academia têm este sistema de graduação das cores dos cinturões (quanto mais escuro, mais capaz) e faixas entre cinturões. Para além dos cinturões têm os ˝patch˝ que são ou não dados nas lições, dependendo do mestre, mas nunca mais do que 3 por aula em relação a concentração e que têm também significados:

- brancos e vermelhos – são um reconhecimento de extrema concentração na aula,
- brancos e pretos – quando entregam quatro fichas de tarefas semanais positivas,
- pretos e amarelos – quando tiveram algum sucesso relevante na escola (um relatório positivo de um periodo escolar), um diploma noutra actividade, etc.



A Mamã, cheia de orgulho e carinho, dedica-se a coser as faixas / patchs nos cinturões dos filhotes.

Patrícia

10.2.12

Concerto no canal...literalmente


Hoje deparei-me com este acontecimento incomum. Se alguém tiver dúvidas, a resposta é sim, a banda e o público (umas boas centenas de pessoas) estão dentro do canal congelado.

Estes holandeses estão loucos.

Nuno

7.2.12

37

Felizes porque vocês estão positivamente comigo, a minha volta (ou eu a vossa), ou perto, ou longe, mas no meu coração.

Patrícia

4.2.12

Amesterdão, nos dias que correm




















Será que é este ano que os canais congelam e voltam a fazer a corrida de patinagem pelos canais?

Patrícia

Kiki - Faixa amarela no cinturão branco

Esta semana foi de exames na academia de Kung Fu e a nossa Kiki graduou-se hoje e ganhou o seu diploma de cinturão branco com uma faixa amarela.


Apesar do seu mano estar fora, levou com muita seriedade e concentração os 3 dias de exames.

A nossa fada guerreira!

Patrícia

2.2.12

eerste poging

Als ik in the vorige post heb gegezd, van nu af aan zal ik soms Nederlands schrijven. Na 5 jaar als buitenlander in Nederland moet ik toegeven dat het is niet langer aanvaardbaar dat ik geen Nederlands kan praten. Spreekvaardigheid in het lokale taal is heel belangrijk voor integratie.

Maar geen zorgen, het is alleen tijdelikj, tot ik comfortabel voelt met deze raar taal and kan een gesprek te voeren.

Nuno

experiência

Em virtude das inúmeras (bem justificadas) manifestações de desagrado pela minha ausência prolongada e da ameaça nada velada de remoção do meu nome do título, resolvi reactivar a minha participação.

Mas com uma novidade...vou passar a escrever em holandês. Não sempre, certamente não para sempre e seguramente não por pirraça, apenas porque esse é o meu grande objectivo de momento e nada melhor para desenvolver uma língua do que ser forçado a expressar-se na mesma.

Tenho dito.

Nuno