7.8.22

Portlandia no Verao de 2022 (2)

Nesta sexta feira, resolvemos ir ate a costa do Pacifico, a Noroeste de Porland. Cerca de 80 milhas (130 kms). 

Primeiro ponto de paragem do passeio foi a maravilhosa, deslumbrante, mitica Cannon Beach. 

Consta que tivemos sorte: com a mare, a luz, o nevoeiro que se dissipou quando passeavamos. O cheiro e de Oceano como o conheco e as imagens falarao certamente melhor do que poderia descrever - ainda que nada substitua a presenca no local:
























Dai seguimos para sul, ao long da lindissima estrada ao longo da costa


E paramos em Garibaldi, uma pequena comunidade pescatoria - como em 2017 - para um Senhor almoco: fish & chips.

E onde conhecemos o Captain Joe com que ficamos em conversa um bocado, e nos recomendou e pediu para visitar o Captain Dave em Amesterdao (que el conheceu na primavera deste ano).

Descemos ate Tillamook junto a costa, ate inflectirmos para Oeste / interior e regressarmos a Portland.


Outro dia de passeio maravilhoso. 

Patricia







Portlandia no Verao de 2022

Uma vez a Makuks "despachada" para Oxford, e com o Champs a fazer um estagio de Verao sob supervisao do Tarik que foi meu colega (conheci-o exactamente como estagiario e depois fui busca-lo para empresa onde esta e recebeu  o Champs), e a cuidar do gato e da casa, podia juntar-me ao Grandalhao na sua cidade dos EUA. E assim segui, para regressarmos ambos a tempo de ir a "festa de graduacao" da Makuks em Oxford, como tinhamos feito tambem com o Champs.
Tinha estado em Portland ja duas vezes: em Julho de 2017 e em 2020, tambem com a Makuks para uma viagem de familiarizacao a preparar a nossa planeada mudanca. Tirando uma visita a costa na primeira visita, nunca tinha saido da cidade. Desta vez, fizemos os 4 pontos cardeais, pela seguinte ordem: Sul, Oeste, Este e Norte.

Em Portland, juntamo-nos a Patricia e Jim para um jantar. Ele foi chefe do Nuno, nos seus inicios com esta empresa, e reformou-se ja ha uns tempos. Sempre super cordiais e agradaveis, a contar as suas aventuras e experiencias com os seus filhos (ja todos adultos estabelecidos) e netos. 

No dia seguinte, fomos (e regressamos no mesmo dia) a Eugene, uma cidade a 110 milhas (cerca de 180 kms) para sul - onde decorria o campeonato mundial de atletismo. Eugene foi um dos locais onde a Nike deu os seus primeiros passos. Bill Bowerman, ex-atleta olimpico e treinador de pista, criou uns tenis de corrida com sola de borracha em forma de waffle e juntou-se a Phil Knight, corredor de meia distancia da Universidade do Oregon, para os refinar e comercializar. 

Este e um ano especial para a empresa: 50 anos. Celebram-no com o slogan "we are never done".

Visitamos o edificio onde a empresa recebe os atletas para o Campeonato, celebrando a sua historia (com uma exposicao dos sapatos mais relevantes em cada um destes 50 anos) e os seus atletas (espacoes de nutricao, fisioterapia, performance, descanso, relaxe, celebracao, "shoellewry" - adornos para os sapatos, criatividade, etc). Almocamos com o primo Nuno, medico da selecao de atletismo portuguesa.


E depois fomos para o estadio ver as competicoes. Ficamos melhor "spot" possivel, mesmo em frente a meta.

O dia estava horrivelmente quente (cerca de 36C) e, por sorte, estavamos a sombra. Totalmente fascinada e com imenso respeito pelos atletas que dao o seu melhor, em condicoes nada favoraveis. Vimos pelo menos duas corredoras a colapsarem e serem carregadas para fora da pista em cadeiras de rodas. Dando tudo. Super homens e super mulheres.  

O estadio tem condicoes espectaculares e o ambiente era de festa, com muita gente e familias. Nada que alguma vez tenha visto em Portugal ou na Holanda onde so futebol se celebra.

No dia seguinte, o Nuno foi trabalhar de manha ao Campus e eu acompanhei, ficando por ali enquanto ele tinha as suas reunioes. 

Que privilegio poder trabalhar ali. Visitei varias sedes de empresas ao longo da minha vida profissional e nunca vi nada como este campus: as instalacoes sao espectaculares: locais de trabalho e desporto, varios espacos de restauracao, edificios magnificos como o Serena Williams

Ou o Lebron
Ate o parque de estacionamento e cuidado para reflectir a inspiracao dos grandes atletas.
O fim do dia, passeamos por Portland para o fotografo-mor se poder deleitar com o que a cidade oferece, e jantamos numa cervejaria local, degustando diferentes tipos de cerveja.




So far amazingly good!

Patricia



 


2.8.22

Makuks em Oxford

m Maio de 2018, a Makuks revelou-nos o seu plano para a Universidade. Fez uma pesquisa e cálculos e disse que Oxford poderia ser uma opção – sendo que manter a mente aberta.

Em Julho desse ano, o Champs fez um programa de Verão emOxford, que veio a ser critico e alterar a sua opção de entrada para a Universidade e mudando de querer fazer um curso de física para querer fazer Relações e Organizações Internacionais. Faltavam-lhe dois anos para o ingresso a Universidade.

Com o Covid e o Brexit, o ano passado não era uma alternativa proporcionar a Makuks a mesma experiencia. Este ano foi possível e lá a inscrevemos no mesmo programa, sendo que ela optou por medicina, a educação que há muito vem dizendo que quer fazer.

Só ela poderá contar da sua experiência. O que registo aqui é o relato da minha perspectiva, e como o experienciei, para memória futura.

A inscrição foi para duas semanas, tal como o Champs. As duas ultimas semanas de Julho. O Grandalhao estava nos EUA e o plano era que garantisse que a Makuks chegava bem a Oxford para depois ir ter com o Grandalhao. O Champs, em Amsterdão, a fazer o seu estágio de Verão conseguido à ultima hora e a olhar pela casa e pelo gato.

Tivemos o aborrecimento com as alterações no booking do voo, e do autocarro que a levaria depois a Oxford, pelo que tivemos de mudar o voo para as 7h20m da manhã de domingo. Acresce que os aeroportos pós-pandemia estão caóticos e meio ingovernáveis e a recomendação e para chegar a tempo ao aeroporto para evitar o risco de perda do avião.

Saímos de casa as 4h30m da manhã, num uber, para chegar ao aeroporto antes das 5. Uma vez la chegadas, uma fila grande para o check-in quando pergunto a Kiks se tinha os documentos da imigração. Disse-me que não. Tinha-me pedido para os deixar em cima da cama na noite anterior. Primeiro pensamento foi que estava a gozar. Não estava. Junto desses documentos que a escola recomendava ter prontos para a entrada no Reino Unido, estava também o passaporte. Metemo-nos num táxi que libertava um casal de velhotes para ir buscar os ditos a casa. Demorámos meia hora a ir e voltar – o taxista disse que nunca tinha feito aquele percurso tao rápido. A fila estava ainda maior e a Makuks não tinha prioridade (várias vezes compramos bilhetes com milhas para que tenham). Lá passamos a frente pessoas na linha da prioridade. As pessoas no aeroporto não facilitaram, presumo que com o caos oiçam historias a toda a hora de pessoas que chegam atrasadas e a querer furar as filas. O casal de velhotes que tinha saído do táxi estava umas 10 pessoas a nossa frente na linha de prioridade que tinha uma fila gigante. Passamos todos. O tempo estava muito curto – ainda era preciso a verificação de passaporte. As hospedeiras na fila normal disseram algo como 3 a 4h. Enfim, conseguiu apanhar o avião… “ao menino e ao borracho, mete deus a mão por baixo”. Mesmo.

Penso que gostou. Do que aprendeu e sobretudo dos amigos que conheceu e fez. Íamos falando com alguma regularidade.

Ainda não percebi (talvez a Makuks também ainda não o tenha definido para si) se a experiencia reforçou a vontade de se candidatar a Universidade de Oxford ou não. Muito em breve vai ter de decidir que as candidaturas tem de ser feitas ate 15 de Outubro deste ano. Penso que uma desvantagem na cabeça dela e que o Reino Unido apenas aceita candidatos que tem 18 anos no ano de entrada. A Makuks terá 17, pelo que significaria um gap year – que não lhe agrada. Gostou da experiencia, claro. Mas nela cresce muito a admiração pela cultura e forma de estar holandesa. Compreende-a. Gosta dela. De modo que não sei qual e o seu plano. Penso que se candidatará ao Reino Unido de qualquer forma, mas não estou certa se, neste momento, o tem como primeira opção. Penso que há um certo conflito entre o deslumbramento do elogio do que é entrar numa das universidade de topo com o ficar num pais que gosta (mas cuja língua não domina da mesma forma que o inglês).

E não é isto o que é crescer? Fazer escolhas. Fazer uma escolha por algo implica abdicar de um outro algo. Não se pode ter tudo. Pelo menos não tudo ao mesmo tempo.

Os próximos meses serão determinantes. Resta-nos oferecer o que nos compete e podemos proporcionar para que faça uma escolha informada. E apoiá-la na sua escolha. E tranquilizá-la ao longo deste percurso que é stressante para todos os jovens. Com a convicção de que ela escolherá o que melhor a serve.

Quanto a Oxford, ficam algumas imagens. Poucas que ela partilhou 





E outras da cerimónia de formatura, connosco chegados dos EUA a Amesterdao na véspera, e viajados para Londres e Oxford no dia. Com muito jet lag. Não sei como o Grandalhão consegue ajustar-se nessas condições a condução pela esquerda…









No dia seguinte, chegou-nos a chorar, emotiva com a separacao dos seus novos amigos. Para um abraco. Para um pequeno almoco. E um pequeno passeio pela cidade. 








E de volta a casa.

Fica agora o suspense para o que a Makuks decidirá candidatar-se, entrará, e escolherá como sua Universidade. Cenas dos próximos episódios…

A certeza que tenho desde já, porém, é a de que afortunada será a “casa” que ela escolher.

Patrícia