24.6.09

Preparativos para as férias

Ainda há mais uns diazitos de aulas se bem que acho que será a preparação para a festa do fim de ano da escola, e também de adeus ao estabelecimento. A escola vai mudar de localização. Por isso os próximos dias serão ensaios dos espectáculos que prepararam para os pais, e arrumação das salas e materiais.

A avaliação está feita (ver post anterior).

Assim, é dia de começar a preparar as férias. A burocracia (documentos, papelada, bilhetes) está toda tratada. De modo que vamos tirar a mala do fundo do armário, limpar-lhe o pó e começar a preparar a bagagem (e o seu portador) para as férias de Verão em Portugal.

Está ansioso, tal como a Miminha, mas ela irá um pouco mais tarde. Por hora fica a beneficiar dos privilégios, mimos e atenção de filha única.

Patrícia

Final do ano lectivo 2008/209

Este foi o primeiro ano de alfabetização do Diogo. Como sumário, regra geral, o Campeão confirmou as competências que devia ter adquirido este ano/nível na CP. Tem alguns pontos a reforçar mas está preparado para passar ao nível seguinte: CE1.

Vou colocar todos os items estudados, e as avaliações que teve durante o ano.
Domínio da linguagem verbal
Comunicação
O aluno sabe ou é capaz de:
- Exprimir-se de forma compreensível – A;
- comunicar em diálogo e em grupo - A;
- dizer de memória um texto - A;

Domínio da linguagem de evocação
- Reportar uma história ou acontecimento - A;
- Resumir, explicar, comentar e descrever - B;
- Ditar um texto ao professor - A;

Leitura e escrita
- Localizar a leitura numa frase - A (avaliado no 1.º trimestre);
- Distinguir fonemas – A (avaliado nos 1.º e 2.º trimestres);
- Distinguir palavras, silabas, letras - A (avaliado no 1.º trimestre);
- Decifrar palavras novas - A (avaliado no 2.º trimestre);
- Ler em voz alta um texto preparado (respeitando a pontuação e a entoação) - B+;

Interpretação
- Identificar diferentes suportes escritos, diferentes tipos de texto - B;
- Localizar o índice (título, autor) e localizar-se no livro - A (avaliado no 1.º trimestre);
- Compreender um texto lido pelo professor - A (avaliado no 1.º trimestre);
- fazer um sumário das ideias essenciais de um texto lido pelo próprio - B+;
- utilizar a biblioteca – não avaliado;

Vocabulário
- Distinguir, de acordo com o contexto, o sentido particular duma frase ou expressão - não avaliado;
- Reconhecer a família das palavras pela sua forma - não avaliado;

Ortografia
- Copiar uma frase, um texto sem erros - A (avaliado no 1.º trimestre);
- Escrever o que lhe é ditado respeitando a fono/grafia - B (avaliado no 2.º trimestre);
- Escrever sem erros as palavras de uso corrente - A;

Gramática
- Identificar uma frase - A;
- Distinguir os diferentes tipos de frase - não avaliado;

Escrita
- Reconhecer as diferenças gráficas duma mesma letra e palavra - B (avaliado no 1.º trimestre);
- Escrever de forma legível e respeitando as regras da escrita – B (avaliado nos 1.º e 2.º trimestres);
- Começar a utilizar as letras maiúsculas - A (avaliado no 2.º trimestre);

Produção escrita
- reconstituir uma frase com um modelo – A (avaliado no 1.º trimestre);
- reconstituir uma frase sem modelo - A (avaliado no 1.º trimestre);
- redigir uma frase - B- (avaliado no 2.º trimestre);
- redigir um texto curto - B- (avaliado no 2.º trimestre);

Matemática
Numeraração
- Enumerar e quantificar - não avaliado;
- Contar até – 99 (em francês já testemunhei - com muita paciência - o campeão a contar até mil. Mas a lógica é que só têem de saber contar até 99 logo é o número que a professora coloca);
- Organizar objectos, classificá-los e comparar grupos - não avaliado;
- Conhecer dobros e metades - B;
- Organizar números, compará-los e classificá-los - A (avaliado nos 1.º e 2.º trimestres);
- Comparar formas diferentes de escrever o mesmo número - A-(avaliado no 2.º trimestre);
- Associar a escrita numérica e por extenso do mesmo número - A;
- Compreender o significado de diferentes maneiras de escrever um número - A;

Cálculo
- Cálculo mental - A (avaliado nos 1.º e 2.º trimestres);
- Utilizar diferentes procedimentos de cálculo e adição, subtracção e multiplicação - não avaliado;
- Dominar a técnica operatória da adição - A;

Geometria
- reproduzir um algarismo - A (avaliado no 1.º trimestre);
- utilizar uma tabela de entrada dupla – A;
- codificar e descodificar um trajecto – A (avaliado no 1.º trimestre);
- reconhecer figuras simples - A;
- se localizar e/ou se deslocar em conjunto - A (avaliado no 1.º trimestre);
- utilizar algumas técnicas e instrumentos (réguas, compassos, etc) - não avaliado mas ele utilizou a régua durante o ano;

Resolução de problemas
- procurar informações úteis - não avaliado;
- justificar escolhas e expôr os resultados - não avaliado;
- saber resolver um problema - A (avaliado no 2.º trimestre);

Medidas
- comparar e utilisar medidas de comprimento e peso - A (avaliado no 2.º trimestre);
- utilizar a moeda - A (avaliado no 2.º trimestre);
- utilizar a régua graduada - não avaliado;

Vida em conjunto
- conhecer as regras simples de vida em grupo – A;
- responsabilizar-se – A;
- compreender as noções de liberdde, igualidade e tolerância - não avaliado;
- compreender e guardar algumas regras simples de segurança rotineira - não avaliado;
- conhecer os simbolos de França e dos Países Baixos - não avaliado;

Descoberta do mundo
No domínio do tempo
- Distinguir o passado recente do passado mais distante - A;
- Situar e utilizar a localização no sentido cronológico - não avaliado;
- Comparar os modos e locais de vida de diferentes gerações - B;

No domínio do espaço
- Localizar-se e situar-se num espaço familiar. Elaborar e/ou tilizar uma planta simples - A (avaliado no 1.º trimestre);
- Saber situar França, os Países Baixos, a Europa e outros continentes sobre um mapa mundo - A (avaliado no 1.º trimestre);
- Reter alguns aspectos da diversidade da vida animal e vegetal bem como dos habitats - A (avaliado no 2.º trimestre);
- Utilizar um vocabulário preciso - não avaliado;

Matéria e tecnologia
- Identificar os estados e propriedades duma matéria - não avaliado;
- Manipular e utilizar técnicas simples - não avaliado;
- Utilisar um computador e conhecer algumas funções de base - não avaliado;

No mundo da vida
- Diferenciar o vivo do não vivo - não avaliado;
- Conhecer manifestações de vida animal e vegetal e referir-se a critérios de classificação (ex. deslocação) – A (avaliado no 2.º trimestre);
- Reconhecer as grandes funções do corpo humano (movimento, crescimento) - não avaliado;
- Conhecer as diferentes características dos 5 sentidos - não avaliado;
- Compreender e respeitar regras de higiene - B (avaliado no 2.º trimestre);

Educação artística
Educação musical
- Cantar canções simples - A (avaliado no 2.º trimestre);
- Participar em actividades com instrumentos - A (avaliado no 2.º trimestre);
- Escutar um registo sonoro - A (avaliado no 2.º trimestre);
- Localizar e memorizar alguns elementos musicais - A (avaliado no 2.º trimestre);

Educação visual
- Escolher aplicar uma técnica para fazer uma produção pessoal – A (avaliado no 1.º trimestre);
- Provar criatividade e imaginação - A (avaliado no 1.º trimestre);

Educação física e desportiva
- Exprimir-se com o corpo – B (avaliado no 2.º trimestre);
- Participar em jogos de oposição e jogos colectivos - A (avaliado no 1.º trimestre);
- Participar em actividades atléticas e ginastas – A (avaliado no 1.º trimestre);

Comportamentos e métodos de trabalho
- respeitar as regras da escola e da sala – A;
- estar atento e concentrar-se na realização de uma tarefa – A-;
- trabalhar a um ritmo satisfatório – A;
- ser cuidadoso com o seu trabalho – B;
- compreender o trabalho – A.

Bom trabalho tanto em inglês no qual teve A- quanto em holandês onde teve A.

A professora dele escreveu Diogo vient de passer une très bonne année em CP. Il faudra continuer ainsi em CE1. Disse-nos que não precisava de fazer uma reunião só connosco (como está a fazer com os outros pais) pois nada mais teria a dizer que ele esteve muito bem, trabalha bem, é empenhado e aprende sem qualquer problema aquilo que lhe é transmitido.

Começou muito bem a escolarização. Não se pense que é assim tão fácil. Sabemos de pelo menos 3 casos num total de 16 alunos da turma, no qual foi sugerido aos pais a repetição do nível CP.

O Diogo tem-me feito crescer uns números de orgulhosa que me deixa.

Agora às férias de Verão, que bem merece!

Patrícia

22.6.09

o mundo matrix


Na empresa para a qual trabalho as viagens fazem parte da nossa rotina. A maioria dos meus colegas é platina, ouro ou algo equivalente em pelo menos uma companhia aérea.

Já não é reflectido, muito menos apreciado, quase nada desejado. É um hábito, pouco mais do que a deslocação diária de casa para o escritório. O aeroporto é um sítio incómodo mas familiar, como a casa de um parente distante que somos obrigados a visitar nas festas de família.

Para mim, que nunca tive especial atracção pelas viagens, tudo isto é pouco mais que irrelevante. Encaro o tema com dose razoável de indiferença e concentro-me nas tarefas. Não sou turista, sou um trabalhador momentaneamente deslocado.

Mas acontece quebrar essa regra. Há sítios aonde vou por gosto, onde é difícil separar o dever do prazer. Aconteceu no Brasil, onde me impressionei e encantei com o Rio; em parte em Nova Iorque, porque foi a minha primeira vez nos EUA; e repete-se sem excepção cada vez que vou a Lisboa.

Quando vou em trabalho a Portugal, o que só aconteceu 2 vezes, sinto-me responsável por mostrar ao mundo a nossa alma. Vejo os meus colegas ou clientes como hóspedes e crio expectativas fantásticas sobre a sua reacção, que no mínimo será de exaltação perante tais bom gosto e bem-estar.

Nada se passa assim. Eles, cidadãos do mundo, já viram bem melhor e não se impressionam com pouco. Olham para a nossa terra como olham para outra qualquer, tal como eu faço quando preparo as minhas viagens e desenho nos mapas digitais os trajectos.

E aí me apercebo que não é absoluto o charme, que apenas está nos meus olhos. Só eu sei traduzir o que vemos em pura beleza.

Só eu (e outros como eu), pois revejo em cada esquina uma história e ouço a cultura que me define escorrer pelas paredes, inundar as ruas até me molhar os sapatos e, num fluxo de intensidade crescente, transformar-se em torrente e afogar-me em memórias. Só eu, pois serei para sempre apaixonado pela minha cidade maravilhosa, pelo meu país encantado.

Nuno

21.6.09

Sensação de lar

É uma forma especial de se definir a casa ou os assuntos com ela relacionados. É um conjunto de cheiros, cores, sons, formas e, principalmente, de sentimentos e memórias. É uma compreensão e domínio do que nos rodeia. Um estado de espírito, uma sensação de intimidade, de aconchego e de protecção. O lar é também o sinónimo de uma rotina diária. Vamos a todos os tipos de lugares mas sempre nos regozijamos de retornar ao "lar, doce lar".

O Grandalhão tem estado desconfortável desde que chegámos à Holanda. Sim, em nossa casa sente-se confortável e aconchegado, mas assim que sai à rua uma nuvem cinzenta carregada de irritabilidade surge em cima da sua cabeça. Sei, há tempos, que o calor, o cheiro a terra e a comidas, o som da língua portuguesa, a brisa do mar lhe fazem falta. Muita falta.

Está cá por nós, que somos quase tudo para ele. Mas temo que se desvaneça nessa dádiva e sacrifício constantes, e de actual espectro de sobrevivência se transforme em tristeza pura.

Tudo do seu Portugal lhe parece uma amostra do paraíso.

Oxalá tivesse uma varinha de condão e lhe pudesse dar a sensação de lar que tanta falta lhe faz.

És coragem pura e o nosso lar.

Um dia retornaremos ao teu. Por amor vim para a Holanda. Por amor regressarei a Lisboa.

Patrícia

Contar histórias

Dei-me conta de que contar episódios ou histórias é tão parte da natureza humana quanto a respirar e abraçar. Sobretudo se forem dos filhotes e da minha experiência com eles.

Tem tudo a ver com reflexões sobre a vida e sobre as pessoas. Com as memórias que hão-de ficar.

Como será que a memória organiza as nossas lembranças? Ordena-as, em catálogos, e lista-as por importância? Móveis, que se arrastam de lugar conforme o sentimento do dia? Misturadas, uma levando a outra, ligadas por alguma linha que não identificamos? Soltas, livres para se apresentarem quando quiseram? Obedientes, aguardando um um cheiro, uma voz que as tire de uma gaveta sombria e lhes devolva a cor e o brilho?

Que mistérios estão escondidos em nós, esmagados por um quotidiano de rotinas e tarefas, no qual mal ousamos questionar o nosso estado de espírito? Como as fotografias que, por estarem numa moldura de uma divisão da casa, permanentemente sobre o nosso olhar quotidiano, não olhamos mais.

Contar uma história pode ser partilhar uma experiência, uma perspectiva, ou ainda compartilhar os longos diálogos silenciosos que todos mantemos consigo próprio, ou ainda falar das negociações em momentos de escolha, das perdas que das escolhas vêem e dos seus ganhos.

E por isso quando contamos as histórias deixamos um pouco de nós. Nesse desejo intenso de comunicar-nos.

Patrícia

18.6.09

A quem saem as pestes menores?

Depois de 3 dias em viagem (2 em Lisboa seguido de 1 em Manchester), diz-me a minha cara metade "é normal estares aborrecida, mas não é construtivo estares zangada". E risse.

Ai, se não me fizesses rir...

Patrícia

Carne picada & esparguete à Diogo

Ontem o Diogo disse-me que eu não fazia assim tanta coisa. Como resposta teve "então hoje vais tu fazer parte do que faço em casa."

E assim foi. Pôs a roupa na máquina de lavar roupa, os detergentes, e ligou-a. Quando acabou ajudou a estender a roupa (em abono da verdade as meias já são tarefa sua há bastante tempo).

Depois preocupou-se com o jantar. Eu já tinha planeado fazer carne picada. E assim foi. Primeira coisa: o avental (dobrado que ele está grande mas ainda não assim tanto). Num tacho colocou água, sal e um bocadinho de azeite. Descascou a cebola, e na trituradora desfez a cebola, o alho e o tomate. Nma frigideira com um pouco de azeie colocou o molho, uma colher de sal e um pouco de pimenta.

Na parte do fogão ficou afastado (às vezes é um bocadinho desastrado e ao pé de água a ferver e lume não se brinca). Se bem que quando a água fervia, partiu (lá está num jeito de quem não tem hábito) o esparguete e colocou-o na água.

Foi o primeiro prato que confeccionou. Muitas vezes ajuda-me com o bolo de iogurte, é verdade. Mas prato quente foi o primeiro.

Ficou a delícia que se vê:

Todos repetimos.

E o papá, quando perto da meia noite chegou a casa vindo de Lisboa, ainda atacou o frigorífico e se banqueteou com a carne picada do filhote.

Patrícia

13.6.09

A Minúscula e os números


Sem pestanejar conta até doze, mas depois, não sei por que raio, passa directamente para o catorze. O pai e o mano andaram hoje a treiná-la até aos vinte. Vamos ver o que memoriza.

Neste preciso momento está no sofá com o computador em cima das pernas (como eu) a perguntar ao pai quais são as letras: "pai, então e qual é este?"

Também identifica alguns dos algarismos.

Patrícia

Os primeiros livros de leitura do Campeão

e pelos quais aprendeu essa fantástica capacidade de ler foram:
1 - J'ai révê que;
2 - Quelle bazar chez Noé;
3 - Zékéyé et les pithons;
4 - Le loup et les sept cabris; e
5 - Matou Miteux (o livro sobre o qual agora trabalha).

Uma delícia vê-lo e ouvi-lo ler.

E justiça lhe seja feita que lê em francês e português. Um luxo.

Patrícia

Natacao

Hoje o Diogo foi "promovido" para a seccao superior da natacao. Isto da-lhe direito a nadar na piscina mais profunda, sem pe.

Andavamos semi-angustiados com isto havia semanas. O melhor amigo dele, que anda na natacao com ele, fez a passagem ha varias semanas mas a professora teimava em manter o Diogo no nivel abaixo. Sem que conseguissemos ver razao para isso, sobretudo quando olhavamos para os miudos da tal aula superior e nao viamos qualquer talento adicional.

Na semana passada a professora prometeu que esta seria a ultima semana neste nivel inferior. Estavamos portanto algo ansiosos pela confirmacao da promocao. E ficamos destrocados quando no final da aula ela nao veio falar connosco para anunciar a passagem.

Como e habito, eu perdi-me nas minhas habituais consideracoes - sera que ele deve de facto ficar para tras mais tempo, se calhar e melhor assim e outras coisas que tais - enquanto a Patricia pegou o touro pelos cornos. Foi-se a ela e disse-lhe que os miudos da aula acima nao eram melhores que o nosso. A professora anuiu e concordou que o Diogo vai para a aula dos grandes.

E o mais engracado e que a Patricia ainda achou que tinha que me dizer que ela nao o tinha deixado passar por pressao. Que ja tinha decidido antes enviar um e-mail a anunciar isso. Como se eu me importasse com detalhes desses.

Nuno

12.6.09

O que faz de uma pessoa um bom líder?


"Será a sua integridade?
Será os seus conhecimentos?
Será a sua força interior?
Sim, algo assim. Mas, o que realmente distingue um bom líder, é ter seguidores

Se foste escolhido, é (pelo menos devia ser) porque os elementos do teu grupo estão prontos para te seguir, com entusiasmo, enquanto estiveres à altura das suas expectativas. Por isso, está nas tuas mãos.

1ª Dica: Ter uma visão para o grupo - Todos os grandes líderes da história do mundo tinham uma visão daquilo que queriam para os seus países, negócios ou organizações, mostrando entusiasmo e paixão. Assim, o líder também deverá ter uma visão para o seu grupo, aquilo que ele deseja para o grupo enquanto o liderar. A visão é como um sonho, um conjunto de objectivos e ideias para o grupo, que o líder deseja que o seu grupo atinja.

2ª Dica: Mostrar a tua visão aos elementos do grupo - Se a visão for apenas do líder, será uma visão egoísta e não terá valor nenhum. Para o sucesso, é preciso que os restantes elementos do grupo conheçam essa visão e concordem com ela. Assim, motivados para o mesmo que o líder, a probabilidade do sucesso é bem maior. Mas, é preciso convencer os elementos do grupo, e nada melhor para isso do que mostrar entusiasmo e descobrir o que entusiasma mais cada um deles.

3ª Dica: Passar das ideias à acção - Muitas pessoas sonham mas não são capazes de ir mais além que sonhar. Os grandes líderes conseguem passar das ideias à acção. Para concretizar ideias e sonhos é preciso traçar objectivos, planear o que se vai fazer e manter todos os elementos igualmente entusiasmados e motivados".

Este texto encontrei na net e achei interessante partilhar. Parece tão simples mas quando uns tem visão outros tem entusiasmo, quando uns so sonham outros so agem. Não precisamos todos de ser líderes. E esse equilíbrio é que é importante transmitir. Espero que os filhotes (e já agora nos tambem) entendam em cada momento o seu papel no mundo - tantos agem tanto acima do que na realidade valem e outros tantos duvidam muitissimo das suas capacidades.

Patrícia

3 anos e 2 meses

E em nova visita ao Consultatiebureau confirmámos que a Catarina mede exactamente 1 metro e pesa 15 kgs. Está acima da média (não sei se a referência é europeia ou holandesa) em ambas as medidas. Num ano cresceu 9 cms e aumentou de peso 2 kgs. Disse a Enfermeira que conduziu a "consulta" que ela esta optima.

Comentou o facto de as fraldas já terem sido deixadas ao qual anotei que de noite ainda não, ou seja, ainda as usa. Fazemos, é verdade, o jogo de cada manhã verificar se a fralda está seca ou molhada, mas ainda não tive coragem para lhe tirar de vez as fraldas (pampers - o Diogo usava dodot). Estou a contar com o Verão – leia-se Portugal - e as férias para esse exercício.

Falámos ainda do desenvolvimento da linguagem. Perguntava a Sra. se a Miminha é entendida por estranhos - estou a ser vaidosa (normal?) mas a Miminha não balbucia umas coisas: ela FALA com clareza (ou como se diz em bom português: com as letras todas), com várias palavras e perfeito entendimento por parte de estranhos, e já agora, para que a imagem fique completa, com absoluta determinação para que não restem dúvidas sobre o que quer. Aliás, ela fala ao telefone com pessoas em Portugal e todos a entendem.

Fez também o teste de visão e tudo óptimo.

Patrícia

10.6.09

Dia de Portugal, de Camões E DAS COMUNIDADES PORTUGUESAS

Quando vivia em Lisboa o dia de Portugal, 10 de Junho, era tão-só um belo feriado que, no meio de outros - o Santo António pelo menos - era a fase de estágio para o início de um prazenteiro Verão, no qual se viveria numa sensação de quase "dolce fare niente". As comemorações eram a seca da televisão ficar a acompanhar desfiles ou paradas e um discurso do Presidente da República que nunca tive interesse ou pachorra para ouvir, tal era o aborrecimento.

Depois de casar ganhámos a "tradição" de ir, nesta semana de feriados, ao Algarve, em jeito de abertura da época.

Hoje vivo fora do país. E sinto o dia de maneira diferente. O dia é de Portugal, de Camões e das comunidades portuguesas - comunidade à qual agora faço parte. Registe-se que as Comunidades Portuguesas só passaram a ser parte deste dia desde 1978 para homenagear os 5 milhões de emigrantes portugueses (ou mais) que vivem longe da pátria.
(…)
Por mares nunca de antes navegados
Passaram ainda além da Taprobana
Em perigos e guerras esforçados,
Mais do que prometia a força humana,
E entre gente remota edificaram
Novo reino, que tanto sublimaram.

(…)

Camões, Lusíadas, Canto I.

E há, entre alguns emigrantes portugueses - aqueles que fazem parte da arrogante farsa do "Star Tracker" aqui na Holanda, pelo menos, - a pretensão de que há os bons emigrantes, pessoas novas, educadas e que vieram explorar o mundo para abrir horizontes e elevar a ideia de Portugal, e a outra população, os "emigras", de outras gerações ou de outras educações. Ora os "emigras" fazem algo para celebrar o seu dia do país. Pois entendam bem, aos olhos dos que ficaram, somos todos emigras. E para mim, com muito orgulho, que não é uma vida fácil.

Estando longe de ser nacionalista, sinto em mim este apelo de "entre gente remota edificar novo reino".

Pelo que fiquei contente por receber, como aconteceu, um e-mail de um colega a dizer "Happy Portugal day!".

Patrícia

A fada dos dentes (sempre) apareceu

e deixou, na noite em que caiu o primeiro dente do Campeão, a seguinte carta debaixo da sua almofada:
- Envelope

- Página inicial

- Interior da carta

O Campeão ficou radiante com a visita da fada, estava mesmo feliz por esta lhe ter deixado uma carta, ainda por cima parecendo estar contente com ele. Por momentos suspeitou que pudesse ter sido eu, mas depois achou que não podia ser porque eu não tinha aquela caneta verde... "E é verdade, se fosse eu assinava mamã, ou Patrícia, e não fada dos dentes", disse-lhe.

Na noite seguinte a fada deixou um livrinho para que, com uma moeda, ele raspasse as páginas e daí aparecessem dinossauros. Ele adora dinossauros e a fada, como é mágica, sabia. Nesse dia caíu o segundo dente de cima. A fada lá o visitou outra vez trazendo uma caneta que é um microscópio e um telescópio ao mesmo tempo. Que sorte. Eu não me lembro de haver fadas dos dentes quando os meus dentes cairam. Ou pelo menos não levava os dentes porque os meus pais guardavam-nos (presumo que ainda os tenham) numa caixinha preta pequenina com a tampa transparente.

Está tão giro desdentado!

Patrícia

7.6.09

Das mais belas declarações de amor

recebi hoje, às 7.04 AM do meu Didi, pela ocasião do dia da mãe em França.


Estou tão babada...


E ainda vinha com uns belos e coloridos sabonetes com diferentes formas que ele andou a fazer.

Sou a mãe mais sortuda do mundo!!!!!

Patrícia

As pinturas da Catarina

Tudo obra dela. E quase, quase sem sair dos traços.


Muito bem!

Patrícia

Plasticina

Alguns dos nossos trabalhos de quarta-feira:





Patrícia

2.6.09

Portugal no seu melhor - II

Portugal, ou o que dele vem, pode ser maravilhoso.


Alimentemo-lo de positivismo, confiança e optimismo.

Patrícia

Portugal no seu melhor

Não é sarcasmo antes uma afirmação: Uma Mulher ao leme.



Patrícia

Será que hoje a fada dos dentes nos vem visitar?

Os dois dentes do maxilar superior do Campeão andam a abanar há uns tempos. Fica até estranho, com os dois dentes tortos, e a morder as maçãs que ele nunca abdica com os dentes de baixo ou do lado.

Hoje apareceu com três esfoladelas (os dois joelhos e um cotovelo), próprio de rapaz da sua idade e, sem um dente. O esquerdo.

Não deu por ele a cair. Tenho a certeza que o tinha quando o deixei na escola esta manhã. O que fará a fada dos dentes esta noite? Será que ela vem sem ter qualquer moeda, quer dizer, dente para a troca. Ou virá ainda assim.

O Campeão espera que ela venha e lhe traga dinheiro. Perguntei para quê. "Para não termos de ir ao Banco", respondeu. Até parece que ele é do tempo em que não havia internet banking, e que se passavam horas nas filas dos bancos. Lembro-me de passar algumas secas nos bancos, em pequenina.

O que acontecerá?

Patrícia

parkeervergunning

é o nome que os holandeses dão à licença de estacionamento atribuída aos residentes em cidades como Amesterdão, em que a procura é maior do que a oferta.

E a boa notícia é que, ao fim de 2 anos e meio a morar nesta cidade e depois de ter passado os últimos 19 meses a estacionar longe de casa e a pagar parque, foi-nos atribuída a tal licença. A partir de ontem passámos a poder estacionar livremente na nossa zona, a qualquer hora do dia ou da noite, sem nos preocuparmos com os custos do estacionamento.

Pagamos um valor fixo mensalmente (uma absoluta ninharia a comparar com os preços praticados para os visitantes) e podemos ter o carro por tempo indeterminado em qualquer ponto dentro da nossa área de residência - qualquer ponto pré-definido como lugar de estacionamento, pois aqui a tolerância para o estacionamento proibido é simplesmente nula e as multas são extravagantes.

Isto pode não parecer grande conquista mas para nós a importância deste acontecimento é fenomenal. Desde que temos o carro vivemos preocupados com esta questão. O estacionamento é muito caro em Amesterdão (na nossa zona custa €3 por hora) e as multas por falta de pagamento altíssimas (€50), portanto a escolha não é fácil.

Arriscávamos com frequência, encontrámos zonas mais distantes com regimes mais favoráveis, pagámos uma série de multas, nas férias deixávamos o carro no escritório e toda uma série mais de truques de sobrevivência. Mas a verdade é que o tema nos agastava e a chegada da licença foi uma das melhores notícias dos últimos tempos.

Nuno

1.6.09

estupefacto

Foi como fiquei ao ver o video da entrevista da Manuela Moura Guedes a Marinho Pinto, Bastonário da Ordem dos Advogados. Muito sinceramente, não sei o que aquilo reflecte. Recuso-me a aceitar que seja um espelho do país ou sequer de um segmento da população. Agarro-me à convicção que é uma questão individual, no caso provavelmente de duas questões individuais.

Não sou grande adepto da TVI e quero acreditar que não faço parte do seu público-alvo. E o excerto que vi daquele telejornal confirmou essa convicção. Suporto quase incondicionalmente a liberdade de imprensa mas o tom brejeiro da entrevista levou-me a questionar a necessidade de impor algumas barreiras a essa liberdade.

A sensação que tenho neste momento é que a democracia em Portugal não funciona bem. A suspeição tomou conta da sociedade: políticos que controlam e se recusam a ser controlados, jornalistas acossados que usam o quarto poder de forma discricionária, juízes e ministério público calados, e em pano de fundo um sentimento incontornável de mal-estar.

Sempre ouvi dizer que o exemplo vem de cima. Como pode haver confiança na justiça se o primeiro-ministro salta incólume de escândalo em escândalo? Portugal referencia o exemplo dos seus congéneres europeus mas o nosso comportamento aproxima-nos irreversivelmente do continente africano.

Eu percebo que as alternativas políticas são assustadoras mas há princípios que importa não perder de vista. Se o povo português não se fizer ouvir nas próximas eleições é mais uma vez sinal de que merece a sorte que tem.

Nuno