Assim que se acabaram os exames da nossa Makuks, preparou-se para festa.
Chegou uma amiga
de Madrid, onde agora mora, para passar o fim de semana e se divertirem.
Que bom poder celebrar com amig@s!
Patricia
Assim que se acabaram os exames da nossa Makuks, preparou-se para festa.
Chegou uma amiga
de Madrid, onde agora mora, para passar o fim de semana e se divertirem.
Que bom poder celebrar com amig@s!
Patricia
<3
Patricia
O Sinterklaas passou a ser para mim, julgo que é seguro dizer para os quatro, uma tradição de família. Uma celebração da família nuclear, a quatro (ou cinco com o gato), sendo depois o Natal uma celebração de família alargada em Portugal: os pais, irmãos, tios, primos e amigos.
Este ano,
resolvemos que apesar das restrições ainda do Covid, seria engraçado estendermos
esta celebração a juventude e convidamos os companheiros de apartamento do Champs
– Elvis e Valentin – e ainda a Matilde.
Mantivemos como prato principal as almondegas – sendo que este ano havia as tradicionais almondegas de carne e as vegetarianas – acompanhado não por esparguete mas por puré de batata. Peppernoten, chocolates, prendinhas…
Muito
educadamente vieram com a energia e alegria que caracteriza os jovens, nos
trouxeram um colorido bouquet de flores, vinho e um bolo de chocolate – jovens encantadores
e bem formados, e animaram a noite com conversa das tradições (de natal) em
suas casas.
Um jantar muito agradável com a geração que se prepara para dominar o mundo. Cabe as gerações anteriores lhes passar o saber e os propulsionarem para que sucedam. Vamos lá!
Patricia
O Natal é sempre um marco para nós e não há natal sem árvore.
Eu e o Grandalhão
estávamos à porta de casa para sair e ir buscar a árvore, e eis que aparece, do
outro lado da porta, o Champs. Fiquei tâo contente!!!!!!!!
Não , não estava a espera. Sabia que tinha ido a Groeningen visitar amigos e que voltaria para Haia. Não pensei que parasse aqui e nos viesse ajudar com a árvore. Mas assim foi.
Infelizmente,
azares que acontecem, a bola de natal que trouxemos de Berlim, depois de procurarmos
3 dias, partiu-se antes mesmo de ser colocada na árvore. Enfim, acontece.
Patricia
Gulosa como sou, adoro a doçaria conventual portuguesa, baseada nos ovos, açúcar, e canela e/ou limão, e como tal, tendo a esquecer a doçaria mais a Sul, baseada nas amêndoas, laranjas, figos, alfarrobas e que é, também ela, um paraíso para o palato.
No fim de semana, vi um amigo a postar uns belos biscoitos. Hoje deu-me a receita e não é que é super simples? Gluten free (mas não vegan) e com 4 ingredientes apenas: amêndoas trituradas (250gr); açucar amarelo (o mesmo peso das amêndoas); 2 claras de ovo (1 por cada 100/125gr de amêndoa) e raspa de um limão. E so misturar tudo - vi numa receita que se pode bater as claras em castelo mas eu não fiz assim -, criar a forma de bolacha moldando com as mãos, colocar num tableiro em papel vegetal, decorar com uma amêndoa inteira e levar ao forno (temperatura baixa) até estar cozinhado. Voila!
O Grandalhão, que deve ir buscar meio aos seus genes algarvios meio a sua historia pessoal, o encanto pelas amêndoas, os meninos e eu deliciámo-nos.
Patrícia
O nosso apartamento de Lisboa tem estado arrendado todos estes anos. Até inicio deste, em que ficou de novo liberto.
Ponderámos se haveríamos de vender ou, novamente arrendar.
Acabámos por decidir que, por enquanto, vai ser o nosso poiso em Lisboa. Um
sitio para ficarmos à vontade, a nosso gosto, que os meninos podem também usar
com os seus amigos.
Temos a mega sorte de não uma, mas pela segunda vez na vida desta casa, o sogro tomar conta das operações e transformar a casa. Não houve divisão que escapasse ao seu crivo, do chão ao tecto. Até se ve o antigo chao aos quadrados vermelhos e brancos de quem nos vendeu ;-)
Está um mimo, uma casa de revista – elegante, luminosa e espaçosa. E de mobilias, já temos o básico (também assegurado pelo sogro).
Falta agora dar-lhe vida.
No que me diz respeito, vai ser bem gozada!
Obrigada António!
Patrícia
No final de Fevereiro de 2020, o Grandalhão, a Makuks e eu, estávamos em Portland a preparar uma mudança de continente. Em Março de 2020, o vírus SARS-CoV-2 foi considerado uma pandemia – surto de um vírus a nível mundial - e as fronteiras fechadas, fechando-nos a possibilidade de concretizar esse plano. Incrédulos do impacto que teria, durante cerca de ano e meio sustivemos a respiração e ficamos a espera da reabertura das fronteiras dos EUA ao mundo, em modo de espera.
Ao longo da historia da humanidade houve várias epidemias,
dizimando populações e civilizações mas regras geral relativamente confinadas
no espaço. O facto de vivermos num mundo global, fez com que o surto deste vírus
altamente infecioso se espalhasse por todo o planeta.
No final de Dezembro de 2020, a vacina da Pfizer foi a
primeira a ser aprovada contra este vírus, havendo neste momento 9 vacinas aprovadas
globalmente, mesmo se em diferentes regiões. Na Europa, a Pfizer, Astrazeneca,
Moderna e Janssen são as mais usadas. Um trabalho hercúleo de administração massiva
de vacinas, com atrasos na distribuição e complicações na organização foi posto
em curso, tendo-se optado por prioridade aos trabalhadores de primeira linha no
combate ao vírus, aos mais fragilizados, e depois a população mais activa e saudável.
Por fim, os jovens. Reaprenderam-se regras de higiene e de distanciamento
social. Em Julho, o Grandalhao, o Champs e eu estávamos vacinados. A Makuks seguiu-se
em Setembro. Já se sabe muito mais do que se sabia quando tudo começou, pese
embora as teorias negacionistas do vírus e/ou anti-vax.
Claro que a ameaça de uma reviravolta da pandemia continua
no ar com o surgimento alarmante de
novas variantes do vírus, que podem escapar da resposta imune, reduzindo a eficácia
das vacinas.
Á data de hoje, pelos números do John
Hopkins, a nível da população mundial, foram reportados 3,2% casos, resultando
na morte de 0,064% da população de 7.9 mil milhões de humanos. Não querendo
desrespeitar o sofrimento daqueles que foram directamente afectados por esta
tragédia vendo pessoas próximas a sucumbir a este vírus, não posso deixar de
observar que, numa perspectiva numérica, isto é quase nada. Sim, bem sei, vidas
não são números e uma perda é uma tragédia para os próximos.
Passaram 20 meses desde o fecho das fronteiras dos EUA até
à data da sua reabertura em 8 de Novembro. E nesse mesmo primeiro dia, se
apresentou o Grandalhão em Schipol para a travessia aérea: Amesterdão, Seattle,
Portland. Corajoso, achei. E lá foi,
segundo conta, a ponte aérea foi tranquila. Agora a fazer as suas coisas por
Portland e com o plano de voltar em breve.
Por aqui, cá continuamos no dia a dia. A Makuks na sua
vida escolar e social – sexta feira trouxe amigos cá para casa a noite e eu
recolhi-me para o quarto para os deixar a vontade. Ontem fomos as duas a Haia
tomar o pequeno almoço ao sítio já do costume – tem graça como vamos escolhendo
os nossos locais preferidos nas diferentes cidades - com o Champs.
Ainda nos rimos um bocado com a coincidência da prevalência
de acontecimento nos sobrolhos direitos nos filhos: a Makuks tem a sua cicatriz
de guerra e o Champs agora terá também por causa do seu râguebi.
E à tarde, fomos ao centro de Amesterdão fazer umas comprinhas. A iluminação de natal já decora a cidade e o ringue de patinagem já está em pleno funcionamento em frente ao Rijksmuseum. Isto apesar de na sexta ter sido declarado outro “lockdown” parcial nos Países Baixos por causa do aumento de contágios. Um “lockdown à holandesa”, claro.
À espera que o Grandalhão, também meu Espalha-Natal,
regresse e dê inicio a época do Natal - que para nós começa com o Sinterklaas -
pondo os CDs da época, fazendo a árvore, vendo o Polar Express, preparando
postais e prendinhas.
E é hoje que chega, da sua casa em Espanha, o Sinterklaas
a Amesterdão, acompanhado pelos Piet e trazendo presentes, letras de chocolate e pepernoten para a criançada.
O dia da chegada é celebrado com uma parada colorida pelas ruas da cidade e uma
chuva de doces, e a festa permanece no dia-a-dia de todos até a sua celebração no
dia 5 de Dezembro.
Mal posso esperar!
Patrícia
Aqui estamos chegados a mais um ano, este ainda mais importante termos académicos para a Makuks, já que no inicio do próximo ano escolar terá de começar a apresentar candidaturas a Universidades, que a escolherão ou não com base nos resultados obtidos este ano, e a confirmar no ultimo ano do ensino secundário, claro.
As escolhas dela
não são as mais fáceis: as 3 disciplinas nucleares de ciências naturais (biologia,
química e física) e matemática 5. Um destes dias dizia-me que tiveram uma reunião
de turma que os colegas se queixavam do peso dos trabalhos e matéria e a acusar
ansiedade com a aproximação dos primeiros exames, agora em Dezembro. Na sua
forma muito pragmática, dizia-me que não entendia as queixinhas e lamúrios: “então,
acabaram de fazer as escolhas, não sabiam ao que iam?!”
Começa o ano com
uma média de 9, que é um excelente ponto de partida. Confortável mas com espaço
para, querendo, crescer.
Deixo as notas e
comentários dos professores, para não falhar a tradição, e ficam para memória
futura.
Vai criadora do
mundo em chocolate, o futuro é teu!
A mamã sempre
muito orgulhosa,
Patrícia
As férias de Outono tem sido momentos de companhia e bons passeios: quando os meninos eram pequeninos e não tínhamos férias que chegassem vinham socorrer-nos os avós paternos (2010, 2011, 2016) e maternos (2009, 2012, 2013), foi neste período de férias escolares também que fomos buscar os gatinhos (2011); visitámos Roma (2014); Londres (2015); NY (2017). Em 2019 tivémos a companhia do meu mano e sobrinhos em Amesterdão.
Há muito tempo no
pensamento, estas ferias de Outono foi a vez de visitar a capital da Alemanha,
nas margens do rio Spree. Berlim já foi também a capital do reino da Prússia
(1710), do Império Alemão (1871-1918), da República
de Weimar (1919-1933), do Terceiro Reich (1933-1945). A cidade foi destruída por
inúmeros bombardeios nos meses que antecederam o final da segunda guerra
mundial, tendo a maioria dos edifícios ficado em escombros. Depois da guerra,
as tropas americanas, inglesas, francesas e soviéticas reuniram em Potsdam e
dividiram a cidade em quatro sectores, que acabaram por se reduzir a dois sendo
a cidade dividida por um muro construído pelos soviéticos: de um lado Berlim
Oriental (dominado pelos soviéticos) e do outro Berlim Ocidental, um enclave no
território da RDA e dominado pelas outras três forças (1961-1989). Berlim foi
palco de intensa actividade, nomeadamente espionagem, durante a Guerra Fria com
uma das maiores crises e alta tensão ocorrendo no Bloqueio de Berlim (1948-1949).
Em 1989 dá-se a queda do muro de Berlim e, em Outubro do ano seguinte, a reunificação
alemã, retomando Berlim o estatuto de capital da República Federal Alemã e
sendo sede do Bundesrat (o Conselho Federal alemão).
É uma global, diversa e liberal. Prolífera
em infraestrutura de transportes e portanto fácil de visitar. A cidade listava em
terceiro lugar das cidades mais visitadas da UE, no período pré-Covid.
A distância
entre Amesterdão e Berlim é de cerca de 645kms, que percorremos em
pouco mais de 6 horas num comboio directo. Em termos de controlo Covid, as máscaras
eram obrigatórias em locais públicos e interiores (transportes, lojas, etc). Rimo-nos
da alta eficácia alemã a ler a olhos nus e com ar muito compenetrado os nossos códigos
QR de vacina – não validados por máquina ou confirmados com documentos de identidade…
Ficámos as
4 noites no Indigo muito perto da Alexanderplatz – a um custo muito acessível, limpo
e prático mas claro, não sendo o hotel
uma experiência em si. Mas facilmente encontrámos experiências muito positivas na
vibe da cidade, street food (wurst curry), pequenos almoços, cafés, almoços e
jantares.
As diferentes
agendas, calendários, interesses e tempo limitado fizeram-nos passar o ingresso
em museus ou espetáculos. Andámos muito pela cidade, partilhando companhia,
boas gargalhadas, conversas, observações, reflexões, planos e alinhamento. A
Kiks fez um esforço grande para acompanhar porque estava engripada, sendo notória
a sua capacidade de orientação e pragmatismo. Focou-se nas muitas representações
do urso espalhadas pela cidade. Já o Champs teve de retirar-se em alguns
momentos para seguir aulas ou apresentar projectos – várias vezes me encantou
com o seu conhecimento histórico-politico da cidade que visitámos, extensivamente
contando-me a história com detalhe e pormenor. O Grandalhão, companheiro
de vida e mais esta viagem, deliciado nas suas experiências fotográficas e reflexões.
E eu, deliciada por ter este imenso privilégio que é ter a companhia destas três
pessoas tão diferentes e tão maravilhosas.
Nos passeios passámos
por
- Porta
Bradenburg
- O
parque Großer Tiergarten
Ah, a bola de Berlim
Seguindo a tradição,
comprámos uma bola para a decoração da nossa árvore de natal.
Tão bom!
Patrícia