12.12.21

Amizades

Assim que se acabaram os exames da nossa Makuks, preparou-se para festa.

Chegou uma amiga de Madrid, onde agora mora, para passar o fim de semana e se divertirem.

Que bom poder celebrar com amig@s!

Patricia 



Into my Boy's Arms

Canta Kaleo

"Some days I can't face the world outside
I fall straight into my mother's arms

And some days, feels like no 
one's on my side
Then I look into my mother's 
eyes

Into my mother's arms
Oh, just, like a child
Just like a child
Into my mother's arms, where I
Where I shan't be harmed
Where I shan't be harmed

Mmm, some say, "You should 
never have to hide
If you just live within the light above"
But I know if you take away the light
if you take away the light, its all dark, is it not?

Ooh, into my mother's arms
Oh, just, just like a child 
Just like a child
Into my mother's arms, where I 
I don't have to hide
Show my weaker side

Mmm, say, "hush child, lay
your worries all aside
Just rest into your mother's arms"


 So que neste caso, e into my boy's arms.

<3

Patricia


6.12.21

Sinterklaas

O Sinterklaas passou a ser para mim, julgo que é seguro dizer para os quatro, uma tradição de família. Uma celebração da família nuclear, a quatro (ou cinco com o gato), sendo depois o Natal uma celebração de família alargada em Portugal: os pais, irmãos, tios, primos e amigos.

Este ano, resolvemos que apesar das restrições ainda do Covid, seria engraçado estendermos esta celebração a juventude e convidamos os companheiros de apartamento do Champs – Elvis e Valentin – e ainda a Matilde.

Mantivemos como prato principal as almondegas – sendo que este ano havia as tradicionais almondegas de carne e as vegetarianas – acompanhado não por esparguete mas por puré de batata. Peppernoten, chocolates, prendinhas…

Muito educadamente vieram com a energia e alegria que caracteriza os jovens, nos trouxeram um colorido bouquet de flores, vinho e um bolo de chocolate – jovens encantadores e bem formados, e animaram a noite com conversa das tradições (de natal) em suas casas.

Um jantar muito agradável com a geração que se prepara para dominar o mundo. Cabe as gerações anteriores lhes passar o saber e os propulsionarem para que sucedam. Vamos lá!


Depois das prendinhas distribuidas, resolveram jogar as cartas


E depois de sairem, trocámos as nossas prendas. Livros parece ser o tom dominar o mundo das prendas, apesar de haver outras coisinhas.





Patricia

28.11.21

A nossa árvore de Natal

O Natal é sempre um marco para nós e não há natal sem árvore.

Eu e o Grandalhão estávamos à porta de casa para sair e ir buscar a árvore, e eis que aparece, do outro lado da porta, o Champs. Fiquei tâo contente!!!!!!!!

Não , não estava a espera. Sabia que tinha ido a Groeningen visitar amigos e que voltaria para Haia. Não pensei que parasse aqui e nos viesse ajudar com a árvore. Mas assim foi.

Infelizmente, azares que acontecem, a bola de natal que trouxemos de Berlim, depois de procurarmos 3 dias, partiu-se antes mesmo de ser colocada na árvore. Enfim, acontece.

Estamos prontos para iniciar os festejos. Venha o Natal!

Patricia

22.11.21

Arrepiados Algarvios em Amesterdão

Gulosa como sou, adoro a doçaria conventual portuguesa, baseada nos ovos, açúcar, e canela e/ou limão, e como tal, tendo a esquecer a doçaria mais a Sul, baseada nas amêndoas, laranjas, figos, alfarrobas e que é, também ela, um paraíso para o palato.

No fim de semana, vi um amigo a postar uns belos biscoitos. Hoje deu-me a receita e não é que é super simples? Gluten free (mas não vegan) e com 4 ingredientes apenas: amêndoas trituradas (250gr); açucar amarelo (o mesmo peso das amêndoas); 2 claras de ovo (1 por cada 100/125gr de amêndoa) e raspa de um limão. E so misturar tudo - vi numa receita que se pode bater as claras em castelo mas eu não fiz assim -, criar a forma de bolacha moldando com as mãos, colocar num tableiro em papel vegetal, decorar com uma amêndoa inteira e levar ao forno (temperatura baixa) até estar cozinhado. Voila!  

O Grandalhão, que deve ir buscar meio aos seus genes algarvios meio a sua historia pessoal, o encanto pelas amêndoas, os meninos e eu deliciámo-nos.

 Patrícia


20.11.21

Casa de revista

 O nosso apartamento de Lisboa tem estado arrendado todos estes anos. Até inicio deste, em que ficou de novo liberto.

Ponderámos se haveríamos de vender ou, novamente arrendar. Acabámos por decidir que, por enquanto, vai ser o nosso poiso em Lisboa. Um sitio para ficarmos à vontade, a nosso gosto, que os meninos podem também usar com os seus amigos.

Temos a mega sorte de não uma, mas pela segunda vez na vida desta casa, o sogro tomar conta das operações e transformar a casa. Não houve divisão que escapasse ao seu crivo, do chão ao tecto. Até se ve o antigo chao aos quadrados vermelhos e brancos de quem nos vendeu ;-)

Está um mimo, uma casa de revista – elegante, luminosa e espaçosa. E de mobilias, já temos o básico (também assegurado pelo sogro). 




Falta agora dar-lhe vida. 

No que me diz respeito, vai ser bem gozada!  

Obrigada António!  

Patrícia

14.11.21

Notas soltas

No final de Fevereiro de 2020, o Grandalhão, a Makuks e eu, estávamos em Portland a preparar uma mudança de continente. Em Março de 2020, o vírus SARS-CoV-2 foi considerado uma pandemia – surto de um vírus a nível mundial - e as fronteiras fechadas, fechando-nos a possibilidade de concretizar esse plano. Incrédulos do impacto que teria, durante cerca de ano e meio sustivemos a respiração e ficamos a espera da reabertura das fronteiras dos EUA ao mundo, em modo de espera.

Ao longo da historia da humanidade houve várias epidemias, dizimando populações e civilizações mas regras geral relativamente confinadas no espaço. O facto de vivermos num mundo global, fez com que o surto deste vírus altamente infecioso se espalhasse por todo o planeta.

No final de Dezembro de 2020, a vacina da Pfizer foi a primeira a ser aprovada contra este vírus, havendo neste momento 9 vacinas aprovadas globalmente, mesmo se em diferentes regiões. Na Europa, a Pfizer, Astrazeneca, Moderna e Janssen são as mais usadas. Um trabalho hercúleo de administração massiva de vacinas, com atrasos na distribuição e complicações na organização foi posto em curso, tendo-se optado por prioridade aos trabalhadores de primeira linha no combate ao vírus, aos mais fragilizados, e depois a população mais activa e saudável. Por fim, os jovens. Reaprenderam-se regras de higiene e de distanciamento social. Em Julho, o Grandalhao, o Champs e eu estávamos vacinados. A Makuks seguiu-se em Setembro. Já se sabe muito mais do que se sabia quando tudo começou, pese embora as teorias negacionistas do vírus e/ou anti-vax.

Claro que a ameaça de uma reviravolta da pandemia continua no ar com  o surgimento alarmante de novas variantes do vírus, que podem escapar da resposta imune, reduzindo a eficácia das vacinas.

Á data de hoje, pelos números do John Hopkins, a nível da população mundial, foram reportados 3,2% casos, resultando na morte de 0,064% da população de 7.9 mil milhões de humanos. Não querendo desrespeitar o sofrimento daqueles que foram directamente afectados por esta tragédia vendo pessoas próximas a sucumbir a este vírus, não posso deixar de observar que, numa perspectiva numérica, isto é quase nada. Sim, bem sei, vidas não são números e uma perda é uma tragédia para os próximos.    

Passaram 20 meses desde o fecho das fronteiras dos EUA até à data da sua reabertura em 8 de Novembro. E nesse mesmo primeiro dia, se apresentou o Grandalhão em Schipol para a travessia aérea: Amesterdão, Seattle, Portland.  Corajoso, achei. E lá foi, segundo conta, a ponte aérea foi tranquila. Agora a fazer as suas coisas por Portland e com o plano de voltar em breve.

Por aqui, cá continuamos no dia a dia. A Makuks na sua vida escolar e social – sexta feira trouxe amigos cá para casa a noite e eu recolhi-me para o quarto para os deixar a vontade. Ontem fomos as duas a Haia tomar o pequeno almoço ao sítio já do costume – tem graça como vamos escolhendo os nossos locais preferidos nas diferentes cidades - com o Champs.

Ainda nos rimos um bocado com a coincidência da prevalência de acontecimento nos sobrolhos direitos nos filhos: a Makuks tem a sua cicatriz de guerra e o Champs agora terá também por causa do seu râguebi.  

E à tarde, fomos ao centro de Amesterdão fazer umas comprinhas. A iluminação de natal já decora a cidade e o ringue de patinagem já está em pleno funcionamento em frente ao Rijksmuseum. Isto apesar de na sexta ter sido declarado outro “lockdown” parcial nos Países Baixos por causa do aumento de contágios. Um lockdown à holandesa, claro.

À espera que o Grandalhão, também meu Espalha-Natal, regresse e dê inicio a época do Natal - que para nós começa com o Sinterklaas - pondo os CDs da época, fazendo a árvore, vendo o Polar Express, preparando postais e prendinhas.  

E é hoje que chega, da sua casa em Espanha, o Sinterklaas a Amesterdão, acompanhado pelos Piet e trazendo presentes, letras de chocolate e pepernoten para a criançada. O dia da chegada é celebrado com uma parada colorida pelas ruas da cidade e uma chuva de doces, e a festa permanece no dia-a-dia de todos até a sua celebração no dia 5 de Dezembro.

Mal posso esperar!

Patrícia

12.11.21

Makuks – relatório de Outono (S6)

 Aqui estamos chegados a mais um ano, este ainda mais importante termos académicos para a Makuks, já que no inicio do próximo ano escolar terá de começar a apresentar candidaturas a Universidades, que a escolherão ou não com base nos resultados obtidos este ano, e a confirmar no ultimo ano do ensino secundário, claro.  

As escolhas dela não são as mais fáceis: as 3 disciplinas nucleares de ciências naturais (biologia, química e física) e matemática 5. Um destes dias dizia-me que tiveram uma reunião de turma que os colegas se queixavam do peso dos trabalhos e matéria e a acusar ansiedade com a aproximação dos primeiros exames, agora em Dezembro. Na sua forma muito pragmática, dizia-me que não entendia as queixinhas e lamúrios: “então, acabaram de fazer as escolhas, não sabiam ao que iam?!

Começa o ano com uma média de 9, que é um excelente ponto de partida. Confortável mas com espaço para, querendo, crescer.

Deixo as notas e comentários dos professores, para não falhar a tradição, e ficam para memória futura.

Não posso deixar de me deliciar com o comentário do professor de filosofia, questionar-me porque lhe dará 8,5 o professor de química (se teve 10 no único teste feito na disciplina até agora e escreve que a Makuks participa nas aulas), estou curiosa com ética.   

Vai criadora do mundo em chocolate, o futuro é teu!

A mamã sempre muito orgulhosa,

Patrícia

3.11.21

Berlim

As férias de Outono tem sido momentos de companhia e bons passeios: quando os meninos eram pequeninos e não tínhamos férias que chegassem vinham socorrer-nos os avós paternos (2010, 2011, 2016) e maternos (2009, 2012, 2013), foi neste período de férias escolares também que fomos buscar os gatinhos (2011); visitámos Roma (2014); Londres (2015); NY (2017). Em 2019 tivémos a companhia do meu mano e sobrinhos em Amesterdão.

Há muito tempo no pensamento, estas ferias de Outono foi a vez de visitar a capital da Alemanha, nas margens do rio Spree. Berlim já foi também a capital do reino da Prússia (1710), do Império Alemão (1871-1918), da República de Weimar (1919-1933), do Terceiro Reich (1933-1945). A cidade foi destruída por inúmeros bombardeios nos meses que antecederam o final da segunda guerra mundial, tendo a maioria dos edifícios ficado em escombros. Depois da guerra, as tropas americanas, inglesas, francesas e soviéticas reuniram em Potsdam e dividiram a cidade em quatro sectores, que acabaram por se reduzir a dois sendo a cidade dividida por um muro construído pelos soviéticos: de um lado Berlim Oriental (dominado pelos soviéticos) e do outro Berlim Ocidental, um enclave no território da RDA e dominado pelas outras três forças (1961-1989). Berlim foi palco de intensa actividade, nomeadamente espionagem, durante a Guerra Fria com uma das maiores crises e alta tensão ocorrendo no Bloqueio de Berlim (1948-1949). Em 1989 dá-se a queda do muro de Berlim e, em Outubro do ano seguinte, a reunificação alemã, retomando Berlim o estatuto de capital da República Federal Alemã e sendo sede do Bundesrat (o Conselho Federal alemão).

É uma global, diversa e liberal. Prolífera em infraestrutura de transportes e portanto fácil de visitar. A cidade listava em terceiro lugar das cidades mais visitadas da UE, no período pré-Covid.

A distância entre Amesterdão e Berlim é de cerca de 645kms, que percorremos em pouco mais de 6 horas num comboio directo. Em termos de controlo Covid, as máscaras eram obrigatórias em locais públicos e interiores (transportes, lojas, etc). Rimo-nos da alta eficácia alemã a ler a olhos nus e com ar muito compenetrado os nossos códigos QR de vacina – não validados por máquina ou confirmados com documentos de identidade…

Ficámos as 4 noites no Indigo muito perto da Alexanderplatz – a um custo muito acessível, limpo e prático mas claro, não sendo  o hotel uma experiência em si. Mas facilmente encontrámos experiências muito positivas na vibe da cidade, street food (wurst curry), pequenos almoços, cafés, almoços e jantares.

As diferentes agendas, calendários, interesses e tempo limitado fizeram-nos passar o ingresso em museus ou espetáculos. Andámos muito pela cidade, partilhando companhia, boas gargalhadas, conversas, observações, reflexões, planos e alinhamento. A Kiks fez um esforço grande para acompanhar porque estava engripada, sendo notória a sua capacidade de orientação e pragmatismo. Focou-se nas muitas representações do urso espalhadas pela cidade. Já o Champs teve de retirar-se em alguns momentos para seguir aulas ou apresentar projectos – várias vezes me encantou com o seu conhecimento histórico-politico da cidade que visitámos, extensivamente contando-me a história com detalhe e pormenor. O Grandalhão, companheiro de vida e mais esta viagem, deliciado nas suas experiências fotográficas e reflexões. E eu, deliciada por ter este imenso privilégio que é ter a companhia destas três pessoas tão diferentes e tão maravilhosas.  

Nos passeios passámos por

- Porta Bradenburg




- Checkpoint Charlie



- Memorial aos judeus assassinados na Europa


- Berlim Catedral (Dom), Ilha dos Museus, Torre TV e tantos outros










- O parque Großer Tiergarten


Os jantares, pequenos almocos, almocoes e lanches... Sendo um dos jantares foi com colegas do Nuno da empresa (Jens & Isabelle + Yorik), seguido de um rooftop bar – Monkey Bar mesmo junto ao Zoológico. E um dos lanches um fondue de chocolate na magnifica Rausch









Ah, a bola de Berlim







Seguindo a tradição, comprámos uma bola para a decoração da nossa árvore de natal.

Tão bom!

Patrícia