O Diogo foi numa viagem da escola para Texel, a maior das
Ilhas Frísias
na Holanda do Norte. As actividades da ilha são a agricultura, a pesca e o
turismo.
A viagem (de
Bergen para Texel) foi de bicicleta
(pelas dunas), na sua Batavius Dragon. O Di ía preparado
para os 6 graus e previsão de chuva para todo o dia de
partida mas, pelo que conta, não apanharam chuva pelo caminho. Ele
e seus colegas percorreram 50kms (inicialmente estavam estimados 40kms mas
houve um qualquer desvio imprevisto) de bicicleta e o Di confessou-me, no dia
seguinte ao da viagem, estar cansado – com as pernas e o rabo doridos.
Ainda no dia da chegada fizeram uma viagem nocturna, a pé,
nas dunas e na praia. O objectivo era observar a fauna e flora nocturnas, bem
como os faróis
e a comunicação
entre eles. O Di estava estoirado e, também por isso, não fala com grande entusiasmo desta
noite.
No dia seguinte, quarta feira, visitaram o “Juttersmuseum”. Trata-se de um museu que expõe tudo aquilo que é encontrado na praia e reciclado.
Havia armas, muitas garrafas, e muitos outros objectos. Tudo grátis, não parava o guia de comentar. Também havia casas que mostracam como antigamente se vivia, que em muito
variava devido à profissão.
À tarde partiram num barco TX-10 para o mar de Wadden
(ou Waddenzee »). O barco pesca camarão que é imediatamente cozido a
bordo, para depois vender. O barco tem duas grandes redes de pesca (uma de cada
lado) que, uma vez atiradas ao mar fica cerca de 30 minutos debaixo de água. Um
avez as redes levantadas, a carga é despejada numa espécie de máquina dentro do
barco onde se faz a separação de peixes e camarões. O peixe é separado e
atirado ao mar – infelizmente muitas vezes já morto. Os meninos salvaram muitos
dos peixes, retirando-os da máquina e devolvendo-os ao mar ainda com vida. Entretanto,
as muitas gaivotas acompanhavam o barco, na esperança de apanharem alimento,
enquanto os meninos exprimentaram os camarões cozidos.
Regressaram, mais uma
vez de bicicleta, à pousada da juventude onde relaxaram, jantaram e jogaram vários
jogos em grupo.
Na quinta
feira de manhã foram ao « Slufter ». O
Suflter é uma praia, com dunas e marés muito intensas e marcadas, cada 6
horas. A maré estava vazia. Andaram pela praia,
tentaram (sem sucesso) com uma rede apanhar camarões numa espécie de ribeira de água e, parte mais divertida da manhã, saltaram e rebolaram nas dunas.
À tarde foram ao Centre Ecomare onde viram focas, animais parecidos com golfinhos, raias e peixes diversos. Um centro que acolhe animais marinhos necessitados e, uma vez preparados, devolvidos ao seu meio natural.
Nessa noite tiveram uma festa dançante mas aparentemente sem sucesso. Quase todos preferiram divertir-se a fazer guerras de almofadas no corredor a dançar. E um grupo de cerca de 10 ficou à conversa até bastante tarde.
Na manhã seguinte, malas feitas e entregues à carrinha,
fizeram-se de novo à estrada e percorreram outro caminho
(este perto da autoestrada) de bicicleta de regresso à escola. Apesar
do Di não ter uma bicicleta com mudanças, estava sempre no pelotão da frente. A 500 metros da escola caíu, e esfolou o
joelho e o ombro. Mais uma cicatriz (ou medalha) para contar uma história.
Diogo e
Patrícia