30.1.09

Saudades

Esta madrugada, quando falei com a miminha ao telefone, fiquei com o coração do tamanho de um M&M. Amarelo – para contrastar a alusão a um doce.

O Papá estava a deixar-te no infantário onde não querias ficar – efeitos ainda da experiência no hospital e dos miminhos dos avós - creio. Depressa o Grandalhão passou o telefone ao Diogo dizendo: “diz coisas alegres à mamã”. E ele assim fez. São uns docinhos vocês, estou cheia de saudades de todos.

Estou quase, quase a caminho.

Patrícia

29.1.09

A Manhattan Girl

Cá estou. Pela primeira vez na vida. Não me sinto, todavia, uma estranha. Provavelmente fruto de tantas e tantas imagens sobre NY que já vi em filmes e séries ao longo da minha vida.



Cheguei, em primeira classe – no avião li ”A viagem do elefante” de José Saramago (e sem qualquer problema nas alfândegas onde dizem que são brutos como a pior das portas), e tive logo uma aventura com o táxi: a taxista conduzia como uma louca (bem pior que o meu irmão nos bons velhos tempos do Mini Morris ao som de Joe Satriani – para aqueles que me entendem). Tive medo. Ora, como se não bastasse já ser noite e estar a entrar numa cidade gigantesca, o carro pifou. E onde? Dentro de uma ponte fechada, com a bacana a dizer-me “ I cannot take you to your destination. But your hotel is just a few blocks away”. Disse-lhe que não, que me arranjasse uma solução. Lá acenou para outro táxi que me deixou no hotel. Uff!

Cansada mas com vontade de conhecer a cidade lá fui dar uma volta. Como estou na 6ª Avenida, passeei pela 5ª e 7ª. A 5ª é a das lojas (onde é que aqui não é?) e a 7ª é a da Times Square: só luzes e ecrãs, a broadway e, claro mais lojas.

Aborrecida, por ter de jantar sozinha. Fui a um MacDonalds. Rápido, limpo e já está, quarto. Jet lag. 4 AM e rebolo na cama. Nada a fazer a não ser trabalhar. E depois, a horas decentes lá me fui apresentar ao serviço da nova empresa, no Rockefeller Center. E estou, por esta semana, num cubiculo igualzinho ao do Sr. Incrível quando trabalha na companhia de seguros.

Trabalhei imenso. Almoçei, como boas vindas, num sitio girissimo. E ao fim do dia fui dar mais uma volta a pé. Está frio, não se pense que se aguenta muito sem entrar nas lojas. Das tampas de esgoto na estrada até sai fumo, tal é o frio. Não há remédio há que parar nas lojas para aquecer. Que perdição! Calhou-me entrar na Disney… A Catarina já tem (apesar de ainda não saber) um vestido da pequena sereia, e o Diogo um jogo. Nessa noite, comprei uma sandes e salada de fruta e vim jantar no quarto de hotel. E foi o que fiz melhor: apanhei na TV um daqueles filmes que me fez chorar imenso e que adoro ver enfiada por baixo de um cobertor.

No dia seguinte, o dia de trabalho foi ainda mais pesado. Nem pausa para almoço. É de enfiada. Mas sobre trabalho não há muito que contar porque tudo está bem (a minha diversão é encontrar – e já encontrei - montantes para a empresa recuperar e que pagam várias vezes – sem exagero – o meu salário anual – com estes dias já justifiquei a minha contratação – espero que se lembrem na altura do bónus...) e normal.

Saí novamente a horas de jantar. Ora, já de noite não dá para ir sozinha passear pelo central park, ou a estátua da liberdade, empire state building e etc. Fui a uma livraria espectacular – Barnes and Noble -, na 5ª Avenida. E com fominha, porque não tinha almoçado, lá me deixei de esquisitices e fui jantar a um simpático restaurante italiano.

Esta manhã acordei (novamente cedo demais mas não tão cedo) e as ruas estavam brancas. Já tinha escrito que está frio? Ficam umas fotos… Branco, no passeio e aquele sujo de neve que acho horrível na estrada – isto lembra-me sempre de Viena que por certo teria gostado muito mais se tivesse ido noutra estação do ano. Imensos homens e máquinas nas ruas a limpar a neve e salgar os passeios.





Novo dia de trabalho árduo – sobretudo tendo em conta que as quartas-feiras são o meu dia livre. Das 8 AM as 7.45 PM, non stop. E lá sai, novamente para o meu passeio pós-laboral. Desenganem-se se pensam que por estar sózinha não me divirto. Fui passear para a Times Square. Resolvi ir jantar ao Hard Rock Cafe onde estive a bater o pé e cantarolar as músicas enquanto comi, ao balcão, um belo hamburguer, uma coca-cola e um hag & daz de chocolate. E depois, mais passeio pelas ruas, entrei no Toys R Us onde tirei estas fotos do Empire State Building e Estátua da Liberdade – feito em legos – que é ainda mais giro. O ex-libris da noite foi, no entanto, o M&M’s World. Que loucura de loja! Até cheira a chocolate e tudo. O pudor impediu-me de tirar fotos mas os meus olhos filmaram tudo.





E cá estou, no quarto de hotel, a escrever para mais tarde recordar.

Patricia

21.1.09

Sleep over

O Diogo tem estado activo nesta modalidade de socialização: adora ser convidado para dormir em casa de amigos e de trazê-los para dormir cá em casa.

Já dormiu em casa do Callum, do Max e do Gonçalo e da Sara.

E cá em casa já dormiram o Max, o Gonçalo e a Sara e, a noite passada o Mathieu. Correu bem, sobretudo tendo a mãe dito que era a segunda vez que ele dormia sem os pais e que as duas outras vezes tinha chorado na hora de dormir (note-se que uma das vezes foi com os primos). Mas não chorou e adormeceu tranquilamente no beliche dos pequenotes. E divertiram-se à grande, os companheiros que em breve serão separados pelas contingências da vida dos pais (neste caso do Mathieu).

Patrícia

Sofá(s)



O velho, que comprámos em 2002, “grávidos” do Diogo, sem dinheiro e a pensar que teria de resistir a leite derramado e a miúdo(s). Aguentou-se bem.



O novo, encomendado em Outubro e chegado hoje. E onde esperamos passar bons (e cómodos) momentos em família

Patrícia

Visitas

Chegam amanhã as primeiras visitas do ano: os meus pais que muito pacientemente me vêem apoiar já que vou uma semana em treino para New York e é muito complicado para o Nuno aguentar sozinho os horários das escolas, e o dia-a-dia por mais de 2/3 dias.

Felizmente sempre que tenho viajado tenho conseguido planear as coisas de modo a pedir (e obter) reforço. A primeira vez foi da minha cunhada, quando fui às Maurícias. Quando fui a Hamburgo eles estavam em Lisboa. Também fui a Lisboa mas fui e regressei no mesmo dia para evitar complicações. E finalmente, quando fui ao Cairo, vieram os meus pais. Não sei bem se se deve colocar estas visitas na qualidade de “visitas” mas ficam, para memória futura.

Só nesta casa já tivemos a visita (a dormir) da minha sogrinha, da minha cunhada e da Teresinha.

Se bem me lembro, na outra casa recebemos a visita dos meus sogros (várias vezes); pais (várias vezes); irmão e família (uma vez por ano); cunhada (acho que foi quem mais nos visitou no total); o meu amigo André (quando estava destacado na Alemanha); o amigo do Nuno, Tovar e sua namorada; a Marta que já nos visitou na Holanda duas vezes com o Miguel, uma sozinha e outra com a Esmeralda; e a Nádia e o Ricardo.

O Diogo hoje perguntava quem mais virá este ano. Dois dias depois dos meus pais partirem chega a Luísa com o Ricardo. Depois disso é uma incógnita.

Patrícia

Uma noite com a miminha no VU Medisch Centrum

Depois do nos vomitar em cima umas vezes (ao Nuno só acertou nas mãos e camisa, a mim foi mais sério, na barriga e na cara) decidimos levar a Catarina ao hospital. Tinha caído no princípio da tarde quando se pendurou no armário para tirar uma saia. Chorou imediatamente e queixou-se da mão esquerda e da cabeça. Na altura não nos preocupou muito e passou a tarde inteira a brincar. Mas depois começou a murchar e adormeceu. O episódio dos vómitos deu-se quando acordou. Assustados que pudesse ser um traumatismo craniano, porque nenhum de nós assistiu visualmente à queda, decidimos levámo-la ao hospital.

Era já por volta das oito e meia da noite de domingo e dirigimo-nos às urgências. As urgências dos hospitais aqui não se distinguem pelas salas apinhadas de doentes de todo o tipo. Há a recepção onde se mostra o seguro e conta a história ou queixa do paciente. Imediatamente fomos levados para o “cantinho das crianças”. Vem um enfermeiro saber o que se passou, depois outro fazer testes porque é um caso de neurologista, depois outro tirar a febre e medir a tensão, e regressa novamente o que fez testes para nos dizer que apesar dela estar bem, por prevenção, ficaria as próximas 24 horas no hospital a ser acompanhada.

Quem já passou por isto de ameaça de traumatismo craniano sabe que o mais importante é a criança saber quem é, localizar-se, e ter consciência e memória das coisas.

Fiquei com a Catarina (foi a primeira vez se omitirmos as duas primeiras noites da vida da miminha). O Nuno e o Diogo voltaram para casa. Fomos levadas para um quarto no piso 9 ala B do hospital. Tinham a cama da Catarina e uma daquelas que está na parede para não ocupar espaço para o acompanhante da criança. Era um quarto individual e não uma enfermaria.

De hora a hora vinha uma enfermeira. Passaram três por nós: uma quando chegámos, cujo nome não me recordo, que imediatamente foi revezada pela Pietra que apenas teve o reforço da Luce pela manhã. Todas elas muito simpáticas. Todas elas a cumprir o que o médico mandou: acordar a Catarina de hora a hora, fazer-lhe perguntas para verificar que ela está consciente, verificar a reacção da retina e medir-lhe a tensão.

Apesar da cama para acompanhante, anichei-me com a Catarina na sua. E assim passámos uma noite agitada. A cada hora a acordava e lhe fazia perguntas como: “quem fez hoje anos? qual é o nome das avós? como se chamam os animais das avós? como se chamam as tuas professoras? e ela, sonolenta e maldisposta, chegou a responder-me “não quero responder, já te disse!”.

Ora a meio da noite a miminha começou a ficar quente. Medida a temperatura estava com febre. Deram-lhe um paracetamol e disseram que a febre não teria nada a ver com um eventual traumatismo craniano.

Rigorosamente passadas 24 horas do momento em que dissemos que ela caiu, deram-nos alta. Primeiro fazendo-lhe testes para ver se respondia a tudo bem. Estava óptima e só queria vir para casa mas em casa, continuou a febre.

Terça-feira, estando na terceira semana do meu novo emprego, não quis faltar pelo segundo dia consecutivo. Tentámos deixá-la no infantário onde nos disseram que havia um vírus e imensos miúdos (e mesmo pessoal) estavam em casa doentes com vómitos e febre. Estou agora convencida que a má disposição teve a ver com a “virose” e não com a queda. E como resistiu a ficar o Nuno lá aquiesceu e ficou com ela em casa de manhã.

Prioridades são prioridades. Mais um ponto a favor da minha nova empresa que compreendeu e foi humana. Menos um ponto na do Nuno, que recebeu um SMS do sócio, depois de ter enviado uma mensagem a dizer que tinha a filha de dois anos no hospital que “não era um bom timing porque tinham a visita de não-sei-quem na empresa”. Desculpem lá qualquer coisinha. Para a próxima, programamos melhor!

Patrícia

18.1.09

O meu mano

O cota de 37 anos com quem cresci. É com ele que tenho a relação mais duradoura e mais testada da minha vida. Claro que os meus pais têm o mesmo tempo de relação comigo que fui a última a nascer (a minha mãe mais porque a gravidez é vivida pelas mães como por mais ninguém) mas acho que não os testei tanto quanto o fiz com o meu irmão. Pais são pais e estão acima de qualquer coisa. O meu irmão porém, é a pessoa que tem passado comigo pela vida, no mesmo timing, na mesma geração, nas aventuras, nas zangas, lutas, negociações e pazes, nos medos, nas más e boas escolhas, nas amizades e inimizades, nos amores e desamores, nas competições, nos limites, nas descobertas, conquistas e desilusões.

Hoje foi o seu aniversário e não estive em viva pessoa a celebrá-lo com ele. Não é a primeira vez. Lembro-me de pelo menos 5 anos que seguramente não estive fisicamente com ele no apagar das velas do bolo de aniversário. Mas estive, e estou, sempre presente. De coração.

Parabéns! Que contes muitos e bons. E que este seja (pela positiva) inesquecível!

Patrícia

Mãos de mágico

Casei-me com um homem que tem maõs de mágico. E as mãos são o reflexo externo da alma.

És muito querido!

Patrícia

17.1.09

Habituação

Hoje à tarde, pela primeira vez em bastante tempo, não conseguia perceber em que dia do mês estamos. Mas não no detalhe, era mesmo no geral: só sabia que estamos algures no segundo terço de Janeiro.

O que leio nesta desorientação é muito positivo: estou tão confortável e adaptado que os dias já passam naturalmente.

Nuno

14.1.09

Segundo aniversário

Eu, o Diogo e a Catarina completamos hoje dois anos de residência na Holanda. É, entre tantas outras, mais uma data a assinalar.

Patrícia

13.1.09

Partilha


Mais ou menos de dois em dois meses digo aos meninos para fazerem uma selecção dos brinquedos com que já não brincam mas que estão em condições para outros meninos brincarem. Feita a selecção, entregamos a alguém que lhes dê uso. Actualmente é, regra geral, ao casal que nos limpa a casa que os envia para a Argentina, donde um deles é originário. Juntamente com brinquedos vão também as roupas que deixaram de servir mas que estão em condições de ser usados por outras crianças.

Hoje recebemos fotos dos meninos com os brinquedos nas mãos. Juntamente com as fotos vinha a seguinte mensagem:“Queridos amigos Devan, Linda , Karen , Amanda ,Patricia ,Lucia y Elsbeth gracias por dar una alegria a niños y tambien a sus padres. Yo soy Mariana reprensento a la Iglesia Metodista Pentecostal Argentina Fiorito BS.AS Arg. gracias a Dios y a utds los regalos se pudieron entregar. Disculpen si tal vez he tardado. Sepan enterder que la tecnologia hoy en dia no es mi fuerte les agradescos por sus enormes corazones y se que la bendicon de Dios estara sobre sus vidas.
Megustaria decirles que algunos de los papeles de los regalos ancido cambiandos ya devido que la duana de el correo argetino reviso alguno de ellos...
Amigos: Algo acerca de ciertos niños alguno de ellos tienen enfermedades terminales como cancer, bronqueolitis,neumonia ects.. cuento con sus oraciones por un milagro en la vida de ellos.
Dios les bendiga


Há pouco tempo também demos uma cama que foi enviada para os Camarões. Está agora a ser usada num hospital. E começámos este processo ainda em Portugal onde entregávamos roupa e brinquedos no Hospital Dona Estefânia, onde o Diogo esteve internado, e bem vimos que os brinquedos são muito apreciados pelos meninos que lá estão.

Não sou religiosa. Não é para contribuir com o meu dizimo que o faço. É apenas por uma questão de partilha e redistribuição. Se há coisa que me faz confusão é o apego que as pessoas têm às coisas. Coisas que são muito úteis e que por isso faço questão que continuem a ser usadas ao invés de ficarem a apanhar mofo num caixote totalmente perdido. Bem sei que há coisas com valor afectivo, essas são mantidas, claro.

Enfim, com esta atitude constante esperamos poder abrir alguns sorrisos, ajudar algures alguém e criar nos filhotes uma forte consciência de que são privilegiados mas que têm a responsabilidade de partilhar o que têm.

Patrícia

12.1.09

Catarinês

Ontem a Catarina queixou-se de dores no pesqueixo (referindo-se ao queixo).

Já ninguém me pode ouvir com esta mas achei simplesmente delicioso.

Nuno

11.1.09

A curiosidade insaciável dos porquês


Segundo uma pesquisa que fiz, a fase dos "porquês" surge habitualmente por volta dos 3/4 anos no chamado período pré-operatório, tal como o denominou o psicólogo Jean Piaget no estudo do desenvolvimento infantil. Nesta fase a criança inicia a capacidade para criar imagens mentais na ausência do objecto e da acção (função semiótica) além de atribuir "personalidade" aos objectos (animismo). Estas duas características fazem com que a criança tenha uma grande necessidade de compreender os limites e as particularidades do mundo que a rodeia porque de facto está a ver e sentir mais do que consegue compreender.

Embora esta fase possa surgir mais tardiamente, normalmente a partir dos 4 anos os porquês são habituais e reflectem uma curiosidade por vezes insaciável perante o mundo. Esta é uma fase muito importante para o desenvolvimento cognitivo da criança.

Ora ambos os filhotes andam com o porquê na boca:

Minúscula – (dois anos e nove meses) quer saber tudo e a cada situação com que se se depara remata com um “porquê?”. Acho cedo, e por isso andei a fazer a pesquisa sobre a idade dos porquês. Mas mais uma vez não é de surpreender visto ela ser uma pequenota precoce em tudo.

Minorca – (seis anos) tem porquês algo mais complexos e refinados, claro. No outro dia perguntava “o que é Deus?”. E a pergunta surgiu depois da explicação do episódio da arca de Noé. Mais difícil de explicar se torna quando não é um conceito que ele oiça no dia a dia.

Sempre gostei disto nas crianças. Gosto do quanto nos surpreendem e gosto de responder. Claro que quando idealizo a situação não é bem no meio de várias tarefas e com o tempo apertado para ir fazer logo outra a seguir – mas isso é o nosso quotidiano.

Nunca ignorar a questão (e sim ouvi-la com atenção), responder com a verdade e devida adequação ao que eles estão preparados para receber, deve ser a preocupação. Mas às vezes não é fácil - sem preparação para aquilo que aí vem e tempo para reflexão sobre como abordar a questão - responder da melhor forma.

Às vezes dá vontade de dizer “espera aí que vou fazer uma pesquisa, discutir com o papá a maneira como abordar esse assunto e logo te respondo com uma boa história, enquadramento, etc”. Não dá. Bombardeiam e querem imediatamente resposta pronta e satisfatória.

Não posso dizer que não sou permanentemente desafiada.

Patrícia

Andar sobre água

foi o que fizémos hoje, ao caminhar nos lagos gelados do Vondelpark.

Patrícia

7.1.09

A Catarina hoje esteve em grande

 

























E não, não foi só uma vez....

Patrícia

Manto branco

Uma breve nota para contar que hoje, quando acordámos e olhámos pela janela vimos um leve manto branco sobre a rua, as árvores, as bicicletas, os telhados, os carros... Não é muito comum aqui e tem sempre graça ver. Agora que escrevo, princípio da tarde, sinto que foi como se tivesse visto um arco-iris. É fogaz e deixa-me sempre maravilhada.

A neve, a que a Minúscula chama de brilhante e com a qual se andou a divertir esta manhã a deixar pegadas, já derreteu. - Pena que não tirei fotos para partilhar. - Mas a sensação de encantamento perdura ainda em mim e nos pequenotes.

Patrícia

1.1.09

Ano novo

Entrámos hoje em MMIX do calendário gregoriano (escrevi em numeração romana para ser mais coerente com a origem do calendário porque na numeração decimal é 2009). Vai ser um ano de 365 dias e, portanto, não bissexto. No calendário chinês, este é o ano do búfalo.

Vai ser um ano de múltiplos desafios a nível mundial. Muito é esperado do presidente dos Estados Unidos da América – Barack Obama -, a empossar dia 20 de Janeiro. Muitos estão receosos com a recessão económica e todos falam da crise financeira.

Acho que temos de olhar para o ano que chegou nos olhos, com optimismo e confiança. A maior parte das coisas não serão como esperamos (sobretudo se não formos prudentes e humildes com as expectativas): algumas serão melhores outras piores, claro. Esperemos que as primeiras superem as últimas!

Como disse Woody Allen, “nós somos a soma das nossas decisões”. Em cada escolha abdicamos de outra e assim vamos construindo as “nossas vidas”. Qualquer alternativa é válida e/mas há sempre um preço a pagar. Nada a fazer porque é sempre preciso escolher. Tentemos então ser “bons decisores” e fazer deste ano um ano de bonita vivência e recordações memoráveis.

Feliz 2009!

Patrícia