No dia seguinte, ficámos por Porland a ver a cidade e seus museus.
Fomos ao Portland Art Museum, onde vimos arte dos americanos nativos – índios – e mais contemporânea
De Claude Monet
Gostei, em particular, do trabalho de Raqib Shaw - nascido na India em 1974 e a trabalhar do Reino Unido combinando influencias Europeias com as sul asiaticas e com pormenores espectaculares:
1 - Arrival of the Horse King
2 - Ode to the last Moon when the Nightingale was set free
3 - Blossom Gatherer
E depois fomos ao Oregon Historical Society.
Ao jantar tivémos a simpática companhia da Nicola no Bamboo Sushi.
Numa viagem de 10h30m, para vir ter com o Grandalhão
a Portland, vi 4 filmes e meio e não preguei olho. Para meu grande luxo,
tinha-te à
minha espera, no aeroporto.
Logísticas despachadas, esperava-nos ao fim do dia um concerto
da grande lenda dos EUA: Neil Diamond, no seu concerto de 50 anos de carreira. Isto patrocinado pela Nike, no seu camarote nr.
34 no Moda Center.
Impressionantes 2 horas de concerto dados por uma pessoa de
76 anos. Aliás,
comentei com o Nuno ao chegar ao concerto que claramente a geração
de fãs
dominante seria a geração dos nossos pais, ou até mais velha. Havia gente de
bengalas, em cadeira de rodas e clara dificuldade motora mas ali estavam, à
espera do Neil, e ao rubro no concerto. Pensava
que era um Marco Paulo americano mas foi interessante porque é
um cantor que arrasta uma multidão de fãs (mais de 100 milhões
de discos vendidos) e representa décadas da cultura Americana. Dizia um
colega do Nuno que não havia sexta feira que não ouvisse o “Sweet Caroline”
ou algo do género.
Aprendemos também que o Red, red wine é
um original deste artista (apesar de todos associarmos aos UB40).
Na madrugada seguinte, pedi ao Grandalhão
para irmos até à costa para poder, finalmente, conhecer o Oceano Pacífico.
Tinha estado perto este ano, no Japão, mas nunca aconteceu irmos à
costa, e fazia parte do meu bucket list. No (muito americano) Ford alugado, fizémos
um belo passeio até Cannon Beach, uma das mais belas praias do mundo segundo o
“National Geographic”. A praia é, de facto, lindíssima.
E aí,
formalmente, conheci o Oceano Pacífico.
Gelado.
Na praia encontra-se a Haystack Rock que é
um santuário
de vida selvagem e como tal preservado. Tivémos a sorte de passear na maré
vazia e ver de perto alguma da sua vida selvage – inclusive os gigantescos mexilhões!
Daí continuámos em passeio pela costa até à
pequena cidade pescatória de Garibaldi, onde comemos “fish & chips” ” – eu comi
ostras fritas - no melhor restaurant do “county”. Não comia fritos há
tanto tempo que fiquei por aí em comida nesse dia – e comida é
sempre servida em desmesuradas porções neste país.
Regressados à cidade fomos à Powell – um livraria
gigantesca – onde estivémos um bom bocado a escolher livros.
A nossa lindinha teve a sua estreia na escola secundária também
com um ano escolar fantástico e uma média de 9 em 10. A mais nova da
turma e com melhores notas. Um assombro!
Ao fim de 2 meses estava completamente habituada à
escola, rotinas (bem mais pesadas) e a fazer amigos pelas diferentes secções
de línguas
que a escola tem. Os professores, sempre com comentários muito agradáveis
em relação
à
sua atitude e trabalho.
Também a nossa miminha não se limita à escola e se aplica na sua
actividade - natação sincronizada - onde progride e aprende a fazer magia na
água.
A mãe, tão sempre cheia de orgulho que pode rebentar.
À beira dos seus 15 anos de vida, o nosso Campeão
completou mais um ano escolar fantástico com uma média de 8,7 em 10. Colosso!
Este ano começaram os exames (notas B) – altura em que sempre
questiona porque é preciso estudar e se o que se estuda tem alguma valia. Independentemente
do que conclui, a entrega é, consistentemente, irrepreensivel.
Mais importante, tem o seu círculo de amigos que cultiva e
nutre e que está na fase de experimentação natural da plena adolescência
Paralelemente aos bons resultados na escola, fez mais um ano
do seu raguebi e afirmou-se como titular na equipa. O corpo transforma-se em resultado:
está
um calmeirão
cheio de força
(que eu faco questão de explorar para ir às compras) e com um corpão.
Na véspera dos meninos partirem para as merecidas férias
grandes em Portugal, fomos ao Izakaya (reserva feita pelo Grandalhão).
Um restaurante/bar no coração de Amesterdão dedicado à cozinha japonesa e onde todo
o detalhe conta.
A comida era uma delícia para os sentidos. Sete pratos, ambiente
de sexta feira à noite: gente descontraida e arranjada, o DJ na sala, os
barmans a fazerem cocktails.
Pena que não tenhamos ficado para a sobremesa. A voltar.
Hoje é domingo. Resolvemos ir tomar o pequeno-almoço
no que mais há de parecido com o nosso Portugal - que por magia de atraccão do universo, veio parar "a esquina" de nossa casa.
Depois fomos dar um passeio pelo parque a fazer horas para
que abrisse a loja de DIY porque a Makuks queria comprar “patafix”.
Acabámos por não encontrar a “patafix” e trazer material de
desenho, que a Makuks adora desenhar.
Comprámos:
- um caderno para
desenhos e um estojo especial para material de desenhar;
- lápis especiais a carvão e canetas com diferentes espessuras;
- lápis especiais para fazer retratos (e para os tons de pele das diferentes raças);
A Makuks comprometeu-se a fazer um desenho por dia,
durante as férias.
Apesar de ainda não estar oficialmente de férias, já começou o seu projecto.
Mais um talento da nossa Makuks.
Ah, e já me esquecia da outra aquisicão para mais uma das suas paixoes: gelados! A ver se não nos esquecemos de meter na mala para as merecidas ferias.