Esta semana a
Makukia esteve com gripe e, como o Grandalhão andava por Porland, fiquei com ela, em casa, de
segunda a quarta feira. O ritmo de trabalho não tem sido minimamente aceitável e,
apesar de estar em casa supostamente para cuidar da Makukia, tive de trabalhar
bastante.
Entre o cuidado à minha
lindinha, fiz muitas chamadas, - só segunda foram 7 conferências ,
respondia a e-mails e produzia trabalho, toda esta semana até para
lá de tarde à noite. Mas lá cuidei para ir parando
e dando a devida atenção/entretenimento, a quem estava aborrecido, porque
doente, em casa. Banho de imersão, jogar às cartas, cuidar.
Eu sentada no chão do seu
quarto com o computador nas pernas. Ela, relendo a carta que a fada dos dentes
lhe deixou no dia em que lhe caiu o primeiro dente. Perguntou-me: “mamã, a
fada dos dentes é mesmo verdade?”. Gelei – aconteceu o mesmo com o
Di, sempre comigo! Deixei o computador e fingi não ter ouvido. Voltou à
carga. Tomei a mesma posição do que com o Di “queres MESMO saber?”, disse. Ela
respondeu que sim e eu, dizendo-lhe que não podia mentir, lá lhe contei que a fada
dos dentes, durante estes anos, fui eu.
Chorou. Partiu-me
o coração. E depois perguntou pelo pai natal. Chorou ainda mais. E pelo Sinterklaas...
Expliquei que a
magia existe e que o espírito de todos estes, existe. Para mim, para nós, faz
parte.
Passou o dia e,
ao fim da tarde, veio a Laura. Ela contou-lhe da sua triste descoberta, ao que
a Laura respondeu “mas, triste porquê? não é tão bom saber que vives no dia a dia com a
fada dos dentes e com o pai natal?”
Bonita
perspectiva. Salvou-me a face.
Patrícia