O Grandalhão embarcava numa grande aventura, e nós acompanhámos o
primeiro mês para nos juntarmos 6 meses mais tarde com malas e bagagens.
Lembro-me que viajámos no dia seguinte ao jogo
Portugal-Holanda, em que Portugal ganhou por 1 golo. Lembro-me de no avião
termos estado à conversa com um ex-piloto da TAP, sua mulher e seus filhos (já na
Universidade) que não paravam de elogiar o comportamento do Campeão e da Makuks
(então com 3 meses completos). De termos chegado ao que nos pensávamos ser hora
de jantar à pequena vila onde iríamos ficar, de ter ido pôr as malas no hotel e
de não haver cozinhas abertas na vila – jantámos, a gosto do Campeão, crepes
gelados nesse dia.
Para o Grandalhão, foi um mês de adaptação. Para mim (em
licença de maternidade) e para os meninos, de descoberta de um mundo que passaria a ser o deles.
Ficámos. Fomos ficando. E com propostas para voltar para
Portugal, EUA, Tel Aviv, entre outras, decidimos ficar novamente. Faz este mês 10 anos e aventuras que só nós podemos saber. De diferentes maneiras, a Holanda tornou-se parte de cada um de nós.
Patrícia