10.3.19

O vestido da Makuks



A nossa Makuks é uma menina desportiva e informal. Tem sido assim nos últimos anos. Tal não foi minha surpresa quando, nas férias de natal do ano passado, ao andarmos as compras, ela entra numa loja de vestidos bem justinhos e começa a experimentar vários e arrojados. No momento aquilo foi meio choque para mim mas quis apoiar a sua iniciativa porque ela dizia que “não se sabia ver de vestido”, que na escola não poderia usar algo assim (por motivos óbvios)  e que não tinha nada mais formal para ir a certos eventos como um jantar especial ou a “première” do filme que estão a fazer na natação e para a qual as meninas serão convidadas.

E assim, no meio de muitos que ela experimentou, lá a dirigi para aquele que achei mais clássico de todos, preto e compramos o vestido. Dois meses e tal passado e nunca mais se pensou nisso. Até ontem, dia de uma festa de aniversario de uma colega da escola e para o qual os participantes na festa, se resolveram vestir mais formal, em especial algumas meninas – percebi isto porque fui levar a Makuks e as amigas a Bergen e no carro ia dizendo que se tinham mutuamente comprometido a usar vestidos e que estavam umas a espera que as outras vestissem para não se sentirem “over dressed”.

E assim foi. Algumas das meninas que moram em Amesterdao vieram ter ca a casa onde acabaram de se preparar para a festa, e depois la as levei (com algum atraso) a festa em Bergen.

Estavam muito bonitas. Em especial, a minha Makuks.




Fotos da festa, nao tenho. Apenas as apanhei a caminho.
Patricia

Francis Fukuyama - Identity: The Demand for Dignity and the Politics of Resentment



Francis Fukuyama é o autor de muitos artigos e livros sobre politica internacional. Tornou-se conhecido por causa do seu livro The End of History and the Last Man? Publicado em 1992 e relacionado com as previsões no pós guerra fria. Para mim, o seu livro mais marcante foi Our Posthuman Future: Consequences of the Biotechnology Revolution que li ha muitos anos atras e reli há 2 ou 3 anos (porque apesar de escrito em 2002, se mantem actual).  

Fukuyama, agora com 67 anos, veio a Amesterdão (parece que pela quarta vez) para apresentar o seu novo livro: Identity: The Demand for Dignity and the Politics of Resentment, publicado no final do Verão do ano passado. Este Professor americano, formou-se nos clássicos e tem um Ph.D. em Harvard, em Ciência Politica.

Eu, o Grandalhão e o Campeão fomos vê-lo, na Aula Magna da Universidade de Amesterdão, esta passada sexta feira.  O Grandalhao e eu ja o tínhamos visto, creio que em Maio de 2011, quando apresentava o seu livro The Origins of Political Order.

Na altura, achei-o muito impressionante. Gigantesco. Não tive a mesma sensação anteontem – sim, claro, uma pessoa com um saber enorme – mas talvez esteja cansado, ou o tema não fosse tão apaixonante, o simplesmente o facto de que hei-de ter mudado expectativas entre 2011 e 2019.

O evento passou-se na (lindissima) antiga igreja Luterana, no canal Singel, numero 411, em Amsterdão que foi construída em 1632-1633 e que e agora propriedade da Universidade de Amesterdão – a sua Aula Magna. De relembrar que o Luteranismo foi um movimento religioso iniciado por Martin Luther (alemão) no inicio do seculo XVI numa tentativa de reformar a Igreja Católica e Apostólica Romana.  Esta “tentativa” foi muito bem sucedida e tornou-se a forca motora da reforma protestante e espalhou-se por todo o norte da Europa, incluindo a Holanda, e na verdade, moldando aquilo que a Holanda se tornaria (e é) hoje.
 

 


O que Fukuyama nos apresentou anteontem foi o seu novo livro centrado na ideia de Identidade  a explicar os fenómenos populistas que temos vindo a assistir nos últimos anos – fenómenos que não são necessariamente racionais mas que estão a relacionamos com um pedido de reconhecimento de identidade que une grupos com diferentes interesses no mundo de hoje. Que vários dos lideres que tem ganho preponderância na politica actual, tem tendências nacionalistas e autoritárias e que ameaçam destruir ou pelo menos destabilizar a ordem (económica e jurídica) internacional. Num momento em que muitos interesses são defendidos por inúmeros grupos e há uma grande dispersão de defesa de direitos, a politica encontra-se sempre numa inercia por causa da necessidade de consenso. Essa inercia causa uma grande frustração porque decisões e ações não são tomadas por forma a resolver assuntos, assim criando o ambiente propicio para o aparecimento de “homens de Acão”. Estes lideres, carismáticos, procuram estabelecer uma conexão com “o povo”, que e usualmente definido numa linha de identidade nacionalista de forma que oferecem uma chamada irresistível para um grupo, excluindo uma grande parte da população. Esta chamada que se pensava vir de uma racionalidade económica e, defende Fukuyama, mais uma necessidade de reconhecimento de grupos que não pode ser saciada ou explicada só por razoes de índole económica mas que, devido a tendência autoritária dos lideres, ameaça a democracia.

Uma ideia que tem sentido. E apesar do professor não estar na sua melhor forma, foi uma hora interessante de apresentação seguido de um debate. Um privilegio assistir ao vivo.

Patricia

Campus dum cliente

Os filhos gozam mas este e um dos projectos em que tenho estado envolvida a desempenhar as funcoes que presentemente tenho: o campus da sede de um Banco. Fui a cerimonia de "ground breaking" quando nao havia nada a nao ser edificios a demolir, e agora esta a tomar forma e e um projecto realmente engracado.

Em Marco de 2018, numa visita

Em Abril de 2018, tambem numa visita

No final de Fevereiro de 2019, numa visita


Muitas horas de trabalho mas vai ficar spectacular e uma das bandeiras da LCN.

Patricia 

9.3.19

Concerto Zaz


No dia 12 de Fevereiro a Zaz, cantora contemporânea francesa, deu um concerto em Amesterdão e o Grandalhão, a Makuks e eu fomos assistir a parte. 

Demain c'est toi
Si jamais j'oblie

Passe, passe, passeras, la derniere resteras
Nao foi perfeito - era um dia da semana. Chegamos a casa e tivemos de sair a correr, sem jantar como deve de ser, com bilhetes nao sentados, e algum cansaco e mal estar geral do Grandalhao e da Makuks. Mas eu fiquei contente. Deu para ver a primeira parte do espectaculo e de ouvir algumas das musicas que eu gosto dela. 

Patricia

44

Tal como o ano anterior tirei o dia de ferias para ter toda a tranquilidade do mundo. Fui ao meu ioga. E depois a uma SPA. 

Recebi muitos mimos, carinhos e prendas, e as lindas rosas da foto abaixo dos pequenotes.
E o dia acabou com um jantar maravilhoso no Izakaya.





 
Muito bom.

Patricia