22.9.08

A expansão

da família Marcelino continua. Não em número mas em dispersão geográfica: a minha irmã está oficialmente a residir na Áustria, mais precisamente em Viena.

Ainda que não possamos dizer que está para ficar, aqui só para nós confesso que gostaria que assim fosse. De alguma forma faz sentido, na tal lógica expansionista que sucessivas gerações têm, consciente ou inconscientemente, respeitado.

Para além disso, é uma grande oportunidade para ela se afirmar, para conquistar o espaço de que tanto precisa e para dar um salto qualitativo incontestável. Espero que ela também pense assim e resista à tentação de voltar atrás.

Nuno

18.9.08

despertar

Há dois meses que não escrevo um post. Primeiro por causa das férias, depois por causa de um atribulado regresso. Já estava a ficar nervoso.

Desde que voltámos, há pouco mais de um mês, que tempo parece nunca chegar para tudo o que precisamos de fazer. Decidimos que queríamos os nossos assuntos resolvidos antes do final do ano e metemos mãos à obra mas agora estamos a sofrer com isso.

E que raio temos nós entre mãos que seja assim tão exigente? Vejamos pois:
  • estamos a comprar casa: no período de 1 mês encontrámos casa, obtivemos empréstimo, assinámos o primeiro contrato (em Amesterdão há 2, um primeiro de compra e venda e um segundo de transferência de propriedade) e tratámos de tudo para o segundo; só nos falta a mudança e os móveis, mas para isso estamos dependentes do vendedor;
  • organizámos a festa de anos do Diogo, um sucesso tal que muitos outros pais declararam a intenção de copiar a ideia;
  • a Patrícia concluíu o seu paper para a conferência na qual vai ser oradora;
  • reintegrámos os miúdos nas escolas e negociámos um apoio para o Diogo e alguns amigos no ATL para os acompanhar com os deveres em francês;
  • estamos a apoiar a minha irmã (ai se ela lê isto...) na sua aventura austríaca;

isto tudo para além dos desafios profissionais de cada um (que, por motivos insondáveis, nesta fase têm sido os mais exigentes que alguma vez tínhamos vivido e que nos têm obrigado a longas noites e dias alucinantes) e das 1001 pequenas coisas que sempre surgem no dia-a-dia.

Enfim, apenas um primeiro post para anunciar tudo o que temos para contar.

Nuno

7.9.08

Tomás: a continuação do nome de família

Há muito tempo que não temos contribuído para o blog. Não porque não se tenham passado acontecimentos dignos de nota (as férias, o início da alfabetização do Diogo, as aulas de natação, a casa nova, a festa de anos do Diogo, a partida da Luísa para Viena de Áustria, os desafios profissionais que levam o Nuno a trabalhar 16 horas por dia – a estes voltarei mais tarde) mas porque os dias têm sido uma loucura e não dá para esticar mais.

No entanto, ocorreu o perfeito acontecimento para me levar a corrigir esta (imperdoável) falta de contribuição para o blog: o nascimento do Tomás. Foi nos últimos minutos da passada sexta feira que nasceu o meu segundo sobrinho de sangue: o Tomás. Há quem diga que isto de ser sobrinho de sangue é diferente de ser sobrinho de afinidade. Ainda não sei porque só tenho sobrinhos de sangue.

Não vi senão fotos e filmes dele mas pensava esta manhã o quanto é tão importante. Todos são, claro. Mas o Tomás, dentre esta nova geração que já são 4, é o único que poderá dar continuidade ao meu nome de família. Tem graça pensar que tão pequenote que és, com dias de vida, mas já se vem com esta expectativa e/ou bagagem nas costas.

E quanto um nome pode ser importante. Tanto que quando casei optei por não mudar o meu. Pareceu-me inadequado e absolutamente forçado que, de súbdito, passasse a ter outro apelido. No nome vem a história de família, os modos de fazer e ver as coisas. Seria muito estranho adoptá-lo sem mais. Para mim, e presumo também para aquele de onde o nome era originário, neste caso o meu sogro, que de repente se veria com mais um, que nada sabendo da sua história, usaria o nome do “clã”. Hoje em dia, apesar de não ter o nome do Nuno já não o considero tão invasor. Talvez por ser o apelido dos meus filhos, talvez por conhecer e entender um pouco melhor a família.

Mas voltando ao Tomás como aquele que poderá dar continuidade ao meu apelido: os meus filhos têm, claro, o apelido do pai. E a minha sobrinha mais velha, ainda que opte por manter o seu nome, em princípio perdê-lo-á como último apelido nos filhos. É portanto o Tomás a continuidade, como era o meu irmão para o meu avô paterno (dos seus 5 netos) aquele que poderia fazê-lo – e fez - , e agora, dos seus 6 bisnetos, é o Tomás o único que poderá continuar.

Que sejas muito bem vindo Tomás a este mundo de mistérios e encantos.

Patrícia