27.4.19
Mais uma competição da Makuks
Enquanto isso, eu
e a Makuks ficámos para mais uma competição dela. Esta era
importante, sobretudo porque na ultima, numa das figuras, ela (e algumas das
suas colegas) fez mais meia volta do que devia e por isso teve um zero, o que a
deixou devastada. Por isso esta era importante para (re)ganhar confiança.
26.4.19
més que un club
Até a mais desinteressada das pessoas pelo mundo do futebol já ouviu falar do FC Barcelona, clube bandeira da Catalunha, e do Messi, o seu jogador talismã e para muitos o melhor de sempre a pisar os relvados do desporto-rei. Mais que um clube como dizem os locais, el Barça é não só uma referência futebolística global incontornável mas praticamente uma religião para as gentes da cidade e da região, e se a tal ousadia me posso permitir num contexto reservado de partilha entre família e amigos, Messi é reverenciado como um deus pelos adeptos do clube.
Há muito que pretendia levar o Diogão a ver um jogo do Barça. Ou melhor, queria levar todos mas sei que para ele seria especial pela ligação que sempre teve com o futebol. O clube é patrocinado pela Nike e tenho o privilégio de poder aceder a bilhetes especiais no camarote da empresa, desde que peça com antecedência e evite os jogos de maior procura. Assim fiz e calhou-nos em sorte o desafio contra a Real Sociedad, equipa de meio da tabela da primeira divisão do campeonato espanhol. Talvez por não ser um jogo grande e talvez porque era na Páscoa, foi possível reservar 4 bilhetes e em Janeiro já tinha garantido as entradas para o jogo marcado para Abril.
Desde essa altura começámos a planear a viagem em família. Para grande azar e surpresa, a liga alterou o calendário à ultima hora e o jogo foi antecipado por um dia. Isto em conflito directo com a competição de natação da kiks e quando já tínhamos vôos e estada marcados. Faltar à natação era impensável para a nossa campeã, perder a oportunidade de ver o jogo parecia um sacrilégio, o Diogo até já tinha dito aos amigos todos que lá ía, mas dividirmo-nos dava uma sensação de vazio para quem sempre usufruíu destes momentos em conjunto.
Ficámos divididos e demorámos uns dias a decidir. Foi a Patrícia quem, como tantas vezes acontece, desemperrou a geringonça ao declarar tão generosamente que preferia que fôssemos só o campeão e eu do que faltarmos todos. Muito lhe custou porque sei bem quanta vontade tinha de ir. A única condição que impôs foi que eu registasse fotograficamente todos os momentos. Assim fiz.
O jogo em si foi uma treta. Os jogadores do Barça estava em ritmo de contenção, a reservar-se para outras andanças mais exigentes, e fizeram o mínimo necessário para assegurar os 3 pontos. Ficou a experiência do estádio, de ver o Messi ao vivo, da loucura da loja em que quase não se conseguia mexer, do tratamento VIP, e do fervor desportivo, social e político de uma região em convulsão.
Uma boa memória para ele e para mim.
Nuno
Há muito que pretendia levar o Diogão a ver um jogo do Barça. Ou melhor, queria levar todos mas sei que para ele seria especial pela ligação que sempre teve com o futebol. O clube é patrocinado pela Nike e tenho o privilégio de poder aceder a bilhetes especiais no camarote da empresa, desde que peça com antecedência e evite os jogos de maior procura. Assim fiz e calhou-nos em sorte o desafio contra a Real Sociedad, equipa de meio da tabela da primeira divisão do campeonato espanhol. Talvez por não ser um jogo grande e talvez porque era na Páscoa, foi possível reservar 4 bilhetes e em Janeiro já tinha garantido as entradas para o jogo marcado para Abril.
Desde essa altura começámos a planear a viagem em família. Para grande azar e surpresa, a liga alterou o calendário à ultima hora e o jogo foi antecipado por um dia. Isto em conflito directo com a competição de natação da kiks e quando já tínhamos vôos e estada marcados. Faltar à natação era impensável para a nossa campeã, perder a oportunidade de ver o jogo parecia um sacrilégio, o Diogo até já tinha dito aos amigos todos que lá ía, mas dividirmo-nos dava uma sensação de vazio para quem sempre usufruíu destes momentos em conjunto.
Ficámos divididos e demorámos uns dias a decidir. Foi a Patrícia quem, como tantas vezes acontece, desemperrou a geringonça ao declarar tão generosamente que preferia que fôssemos só o campeão e eu do que faltarmos todos. Muito lhe custou porque sei bem quanta vontade tinha de ir. A única condição que impôs foi que eu registasse fotograficamente todos os momentos. Assim fiz.
O jogo em si foi uma treta. Os jogadores do Barça estava em ritmo de contenção, a reservar-se para outras andanças mais exigentes, e fizeram o mínimo necessário para assegurar os 3 pontos. Ficou a experiência do estádio, de ver o Messi ao vivo, da loucura da loja em que quase não se conseguia mexer, do tratamento VIP, e do fervor desportivo, social e político de uma região em convulsão.
Uma boa memória para ele e para mim.
Nuno
25.4.19
Barcelona
Espanha,
enquanto pais unificado, surge com o casamento dos Reis Católicos (Isabel de
Castela e Fernando II de Aragão), no final do seculo XV (1469). Os reinos
tinham aspirações diferentes: o reino de Aragão, dedicado ao comercio graças
aos seus portos dinâmicos, como Barcelona e possessões em Itália e o de Castela
que aspirava afirmar-se na Europa – e souberam afirmar-se e funcionar como um íman
a atrair Leão e Navarra (no combate aos mouros e ao então reino de Portugal).
Mas a divisão
histórica de Espanha, unificada pela monarquia e pela fervorosa religião católica,
ainda se faz sentir de forma marcante. O artigo segundo da Constituição Espanhola
reconhece e garante “o direito a autonomia das nacionalidades e regiões que compõem
o Estado”, isto e, as Comunidades Autónomas. Esta decisão baseia-se na premissa
da “unidade indissolúvel da nação espanhola, pátria de todos os espanhóis”.
Assim, a divisão politica e administrativa de Espanha
tem a forma de 17 comunidades autónomas, a saber: Andaluzia, Aragão, Astúrias,
Baleares, Pais Basco, Ilhas Canarias, Cantábria, Catalunha, Castela-Mancha, Castela e Leão, Estremadura,
Galiza, La Rioja, Comunidade Autónoma de Madrid, Região de Múrcia, Navarra,
Comunidade Valenciana.
Cada
comunidade autónoma é uma entidade territorial dotada de autonomia legislativa e
competência executiva, bem como da faculdade de se administrar mediante
representantes próprios. Esta foi a solução encontrada para as reivindicações democráticas
das diferentes nacionalidades e as relações com o poder central que nem sempre são
pacificas. Basta pensar na Catalunha, Pais Basco ou Galiza.
Das 17 Comunidades
Autónomas, 8 delas - Galiza, Pais Basco, Andaluzia, Ilhas Canarias, Catalunha, Aragão,
Comunidade Valenciana e Ilhas Baleares – possuem a condição de Nacionalidades Históricas
(sinonimo de nação com uma identidade linguística e cultural colectiva
diferenciada do restante de Espanha), reconhecidas na Constituição,
traduzindo-se num maior poder e capacidade de decisão e soberania com respeito
as outras comunidades.
Isto para
enquadrar a cidade que visitamos: Barcelona, a capital da Catalunha e a segunda
cidade mais povoada de Espanha. E uma região com sabidas e claras tensões nacionalistas.
Barcelona foi
fundada como uma cidade da Roma Antiga e, durante a idade media, tornou-se a
capital do Condado de Barcelona. Devido a sua localização geoestratégica, o seu
porto sempre foi importante no comercio do mediterrâneo. Durante a guerra civil
espanhola (1936-1939), no conflito entre a facção (vencedora) nacionalista com
os conservadores aristocráticos de Franco a qual se opunham os republicanos,
Barcelona ter-se-á posto do lado dos republicanos, sofrendo pesadamente as consequências
quando as forcas franquistas se consagraram vencedoras e Franco instaurou a
ditadura.
O próprio clube
de futebol – F. C. Barcelona – se tornou um símbolo da cultura catalã e do
nacionalismo catalão, sob o lema "Més que un club" (Mais que
um clube), a reivindicar uma rebeldia e insubordinação ao governo central.
Recentemente,
o Governo Regional da Catalunha convocou, para 1 de Outubro de 2017, um
referendo sobre a independência da Catalunha. A pergunta era: “Quer que a
Catalunha seja um Estado independente em forma de republica?” Provocador. Claro
que o Governo Central espanhol se opõe ao separatismo catalão e diz que o mesmo
foi ilegal e o Tribunal Constitucional de Espanha anulou a resolução do Governo
Regional da Catalunha para convocar o referendo, declarando ser este inconstitucional
porque falta de consentimento do Governo Central. Mas o governo catalão invoca
o direito a autodeterminação.
O referendo
foi votado e o sim ganhou com 92%. Nessa base, Carles Puigdemond (Presidente da
Generalidade da Catalunha) declarou a independência catalã de forma unilateral.
Pedindo no entanto algumas semanas para o efeito da declaração se tornar
efectivo, e dando tempo para dialogo. Foi demitido, no final do mesmo Outubro,
pelo Governo Central Espanhol. Em todo o lado se vê apoio ao separatismo mas parece-me
um tema com raízes históricas pesadas e bem mais complexo do que possa parecer.
O que aconteceria
se a Catalunha se tornasse efetivamente um estado independente? Para começar, a
Comunidade internacional (com especial prevalência da EU) teria de reconhecer a
separação, o Estado da Catalunha teria de criar governo, fronteiras, moeda. Só
por si já seria uma tarefa hercúlea. Isto no meio de uma não aceitação por
parte da Espanha Central (e consequentemente a EU). Mesmo porque outras regiões
de Espanha – o Pais Basco e a Galiza – estariam muito atentos ao processo que é,
notoriamente, muito complexo.
Em termos económicos,
é considerada uma das regiões mais ricas da Europa. As industrias de energia, química
e metalurgia são as mais fortes na região, a par do turismo. \
Em termos arquitetónicos,
a cidade conta com bons exemplos do estilo gótico, é sempre associada a Gaudi
(exponente máximo do modernismo catalão). Picasso, Miro e Salvador Dali são ainda nomes relacionados
com Barcelona, apesar de não termos visto nada deles.
Patricia
19.4.19
Warsawa
Fui já a Varsóvia
3 ou 4 vezes na vida. Nunca tinha visitado a não ser ir do aeroporto para as reuniões
sair para jantar por perto e regressar ao aeroporto.
Tive de ir a Varsóvia
numa segunda feira e já tinha uma viagem marcada para o Luxemburgo na terça, de
modo que resolvi ir no voo de meio da tarde de domingo para não ser tudo a
esticar e chegar já tarde no domingo. Cheguei
as 5 da tarde, e o sol punha-se as 7 e pouco, de modo que feito o check in no
hotel, resolvi meter-me num táxi para o centro da cidade para ver algo que
fosse enquanto ainda havia luz.
Piotr, o taxista,
simpático e conversador, deixou-me na praça central.
Varsóvia foi
quase totalmente reduzida a pó durante a segunda guerra mundial. Foi reconstruída,
da forma que se conseguiu. Na praça, vê-se o palácio (o edificio vermelho), igrejas e a colorida traça
de Varsóvia.
Entrei numa
igreja e claramente se via que era católica, dourada, rica e opulenta como as
de Portugal, Espanha e Itália. Muito diferentes das de Amesterdão.
Decidi regressar
ao hotel a pé. Perto da
universidade encontrei-me com a escultura de Copérnico, de origem Polaca. Também
de origem Polaca era Marie Curie e, claro, Chopin.
Ao passear pelas
ruas, sente-se as diferentes influencias e épocas da cidade na arquitetura e
nos pormenores – e o dinamismo que tem tido: a época antiga, a influencia soviética
e uma tentativa de modernização recente com bastantes edificios e arranha ceus.
As ruas limpas, arranjadas. As pessoas amigáveis apesar de me terem dito que se fecham muito sobre si próprias. O pais tem cerca de 40 milhões de pessoas e Varsóvia (juntamente com outras grandes cidades) representam uma parte pequena da população total do pais.
Os Polacos são
trabalhadores e de uma ética profissional com padrões muito elevados.
Tecnicamente fortes (mas sem a arrogância da vizinha alemã).
Na segunda feira
visitei os escritórios da administração fiscal polaca. Nitidamente influenciados
pela época soviética, na arquitectura do edifício bem como nos modos dos
inspectores: ouviram-me (e claramente entenderam) em inglês mas responderam
sempre em Polaco. Uma experiencia sociologicamente interessante.
Patricia
Os 13 anos da Makuks
Os rapazes
estavam os dois fora: o Campeão em Itália (a representar a escola na semana de
Eurosport) e o Grandalhão em Oxford (a fazer parte de um painel numa conferência).
A combinação foi
que as prendas enviadas pelos avós eram abertas de manhã e as
dos cá de casa seria ao fim do dia, quando o Grandalhão já cá estivesse. Eu e a Makuks
encontramo-nos de manha cedo, as 6.30 na sala para abrir as prendas dos avós que
a Makuks gostou muito.
De resto o dia
foi normal: A Makuks foi para a escola e para a natação e eu para o trabalho –
tinha cá potenciais investidores de Israel. Felizmente fui comprar carne de manha
cedo para fazer a lasanha que ela queria.
Ao final do dia estávamos
os três. Não houve bolo. Cantamos os parabéns num gelado de baunilha com molho quente
de frutos silvestres. E a Makuks abriu as suas prendas.
Estava feliz.
E eu também. Por ter
esta maravilha de pessoa a dar-me a volta aos planos há 13 anos.
Patricia
6.4.19
Concerto Ajeet Kaur
No dia 29 de
Marco fomos (eu e o Grandalhao) ver Ajeet Kaur no De Duif, uma Igreja lindíssima que foi restaurada
há pouco tempo e que acolhe espetáculos e eventos.
Patricia
Ajeet Kaur é uma artista que canta cânticos sagrados e que eu
pessoalmente gosto. O ambiente e as presenças eram, só por si, uma experiencia sociológica
bastante interessante. Em baixo fica o video que gravei bem como mais dois das suas cancoes que gosto.
Gostei muito.
A Pomba (De Duif) em Prinsengracht 756, 1017
LD Amsterdam, data de 1857-1858 e segue o estilo de construção neoclássico.
Era uma igreja Católica Romana, e a a última missa oficial foi realizada em 1974.
Depois disso, o prédio foi ocupado por um grupo de acção de um grupo de
paroquianos que defenderam a conservação e restauração de "De Duif".
A igreja foi restaurada entre 1999 e 2002. Atualmente, o prédio está disponível para concertos, cultos, congressos, recepções e outras cerimonias
A igreja foi restaurada entre 1999 e 2002. Atualmente, o prédio está disponível para concertos, cultos, congressos, recepções e outras cerimonias
Uma igreja foi construída em 1795 no local onde a refinaria de açúcar "Het Fortuyn" foi incendiada. Esta igreja substituiu a igreja escondida Peace Dove ("het vrede-duifje") na vizinha Kerkstraat.
Imagens que gostei no interior:
Patricia
Todos Rembrandt no Rijksmuseum
Este ano, a
marcar os 350 anos da morte de Rembrandt van Rijn, provavelmente o mais
conhecido pintor holandês da história, celebra-se o ano
Rembrandt na Holanda.
Patricia
Rembrandt (1606-1669)
viveu em Amesterdão na época áurea e conheceu rápido sucesso enquanto pintor de
retratos dos seus contemporâneos (individuais ou em grupo), de mais de 100 auto-retratos
(também vistas como biografias ou leituras psicológicas do pintor) e de pinturas
sacras, sobretudo cenas da bíblia.
As obras deste
mestre da pintura são feitas usando a técnica do chiaroscuro (jogo forte entre
luz e sombras que da um efeito impressionante as pinturas – dai ser chamado o
mestre das luzes e sombras.
O Rijksmuseum
preparou uma exposição que nos brinda com muitos dos quadros e gravuras que Rembrandt
criou, e eu e o Grandalhão fomos ver.
Patricia
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