Este ano (potencial) e o próximo (confirmatório) anos são determinantes para os acessos às universidades que são muito (e cada vez mais) criteriosas nas escolhas dos seus alunos.
Desde muito nova
que a Catarina tem manifestado interesse por medicina: seja como médica
cantora, ou médica do espaço, neurocirurgia, pediatra mas sempre
medicina. Por isso, na escolha das cadeiras para a S6 (equivalente ao 11 ano em
Portugal), escolheu as “3 ciências”: Biologia, Química e Física e matemática
como “majors”, quer dizer como as cadeiras avançadas ou aprofundadas e que terá
de fazer no seu European Bac(calaureate) ou EB.
O EB é um
diploma educacional bilingue, que certifica que o aluno completou os seus sete
anos de estudos secundários numa escola europeia (ou acreditada), pelo Conselho
de Governadores da organização intergovernamental. O diploma é atribuído
pela realização, com sucesso, dos cursos e exames associados que exige que os
alunos completem um mínimo de 10 cadeiras e que sejam totalmente proficientes
em duas línguas europeias. É reconhecido como uma qualificação de
entrada na educação superior em todos os Estados Membros da EU, bem como, noutros
países.
A nota final do
exame do EB consiste em:
- 20% das notas
da S7 (próximo ano);
- 30% das notas
dos exames escritos de Janeiro;
- 15% dos exames
orais em Junho (se aplicável); e
- 35% dos exames
escritos em Junho.
A carga é pesada para os estudantes, sobretudo porque o sistema obriga não apenas a conhecimento sólido de todas as disciplinas mas também conhecimento especializado em determinados tópicos. Adicionalmente, os alunos tem de ter um fluência muito forte em duas línguas. E tanto mais quando a escolha da Makuks recaiu sobre as “3 ciências”.
As taxas de EB são
bastante elevadas – porque os alunos que não mostram potencial académico forte
o suficiente na S6 são encorajados a acabar os estudos secundários noutro sistema
para não chumbarem. E este filtro aplica-se ao longo de todo o percurso na escola secundária neste sistema –
ou seja, apenas alunos academicamente fortes ficam no sistema ao longo da educação
secundaria.
A média de todas
os EBs de todas as escolas Europeias está perto dos 76% e é extremamente difícil obterem
um resultado de 90% ou mais, o que reflecte a exigência do processo de exame e
o facto de que os alunos tem de ser muito sólidos num espectro muito alargado
de disciplinas, acrescidos do factor fluência bilingue a nivel de exame. A exigência bilingue
nos exames filtra deste sistema muitos estudantes monolingues, que não
conseguiriam passar.
Acresce referir
que muitas das universidades com rankings mais elevados fazem o filtro dos
estudantes na S6, com base nas notas, e condicional a que “defendam” os resultados
na S7. Ou seja, para as grandes universidades, os resultados que agora a Catarina
teve são o resultado inicial que olham para considerar os candidatos.
Isto tudo para pôr em
contexto os resultados brilhantes da nossa Makuks. A sua média final de S6 é de 9.06
(ou 90,6%) absolutamente brutal (e como acima referido, extremamente difícil).
Deixo o relatório
com os comentários dos professores (se carregarem na imagem conseguem ver com mais detalhe).
A mãe, muito
orgulhosa da sua menina, convida todos a celebrarem a nossa Makuks que, parece,
tem possibilidade de se candidatar a qualquer universidade que bem entenda.
Patrícia