Já pus a foto no facebook mas não chega. O momento exige mais, muito mais.
O nosso Diogo confirmou o seu lugar de titular scrum-half na equipa ´mini´ de râguebi de Amesterdão e marcou o seu primeiro ensaio em competições oficiais. No final do torneio os companheiros de equipa, reconhecidamente exigentes e impiedosos, dedicaram-lhe uma salva de palmas pelo desempenho ao longo dos 3 jogos do dia. Foi o único a receber tal dedicatória hoje e mereceu-a por inteiro, tal foi o brilhantismo da exibição.
Voltando umas linhas atrás, o que é um scrum-half? Em português o termo é ´médio de formação´ e trata-se de um elemento de ligação entre a defesa e o ataque, responsável entre outras coisas pelo comando dos avançados e pela colocação da bola em jogo após o ´scrum´ (daí o termo em inglês), ie a formação ordenada em que as duas equipas disputam a bola com os pés até esta se libertar pelas mãos do tal médio de formação.
Jogo fascinante este. Tenho aos poucos aprendido a não só apreciar como a admirar as suas inúmeras qualidades. Dinâmico, emotivo, aguerrido...mas leal, justo, correcto. Como se diz, um jogo de carroceiros jogado por cavalheiros. E a razão é simples: se as regras não forem respeitadas as lesões são inevitáveis e graves. Todos sabem disso e levam esta condição à letra, ainda que isso signifique corrigir um companheiro ou castigar um pupilo.
Falava então do scrum-half, lugar ocupado pelo Diogo. Uma posição pivotal na condução do jogo. Nas mãos do médio de formação está a orientação do jogo, a velocidade do conjunto e a condução da primeira linha de defesa (o ataque). Um médio de formação tem que ter visão de jogo, voz de comando, perfeição no passe e velocidade nas pernas para quando é preciso furar e surpreender.
Não é uma posição fácil mas o campeão parece predestinado. Testaram-no noutras mas não foi feliz. Precisa de estar lá, no meio da acção, para se sentir útil. Nas linhas, onde o puseram de início, é muito isolado e esquecido - perde-se, distrai-se, irrita-se com os egoístas que não lhe passam a bola e acaba por se desmotivar. Mas aqui, bem no centro do remoinho, sente-se vivo e dá tudo de si. Parece saber instintivamente o que fazer com a bola e todos o aceitam naturalmente.
Fico por aqui, sei que pareço babado. Mas depois de quase 1 ano a acompanhá-lo a treinos e torneios, sei do que falo pois observo. E o mais importante é que tem verdadeiro prazer em jogar, retira energia de cada momento no campo, faz desporto e aprende lições cruciais de companheirismo e perseverança. Hoje jogou 1,5 horas seguidas sempre a um ritmo alucinante e no final continuava a lutar por cada bola com toda a alma.
E o pai cá estará para seguir os seus jogos e fazer o magnífico sacrifício de o levar aos treinos às 3as e 5as à tarde.
Nuno
O nosso Diogo confirmou o seu lugar de titular scrum-half na equipa ´mini´ de râguebi de Amesterdão e marcou o seu primeiro ensaio em competições oficiais. No final do torneio os companheiros de equipa, reconhecidamente exigentes e impiedosos, dedicaram-lhe uma salva de palmas pelo desempenho ao longo dos 3 jogos do dia. Foi o único a receber tal dedicatória hoje e mereceu-a por inteiro, tal foi o brilhantismo da exibição.
Voltando umas linhas atrás, o que é um scrum-half? Em português o termo é ´médio de formação´ e trata-se de um elemento de ligação entre a defesa e o ataque, responsável entre outras coisas pelo comando dos avançados e pela colocação da bola em jogo após o ´scrum´ (daí o termo em inglês), ie a formação ordenada em que as duas equipas disputam a bola com os pés até esta se libertar pelas mãos do tal médio de formação.
Jogo fascinante este. Tenho aos poucos aprendido a não só apreciar como a admirar as suas inúmeras qualidades. Dinâmico, emotivo, aguerrido...mas leal, justo, correcto. Como se diz, um jogo de carroceiros jogado por cavalheiros. E a razão é simples: se as regras não forem respeitadas as lesões são inevitáveis e graves. Todos sabem disso e levam esta condição à letra, ainda que isso signifique corrigir um companheiro ou castigar um pupilo.
Falava então do scrum-half, lugar ocupado pelo Diogo. Uma posição pivotal na condução do jogo. Nas mãos do médio de formação está a orientação do jogo, a velocidade do conjunto e a condução da primeira linha de defesa (o ataque). Um médio de formação tem que ter visão de jogo, voz de comando, perfeição no passe e velocidade nas pernas para quando é preciso furar e surpreender.
Não é uma posição fácil mas o campeão parece predestinado. Testaram-no noutras mas não foi feliz. Precisa de estar lá, no meio da acção, para se sentir útil. Nas linhas, onde o puseram de início, é muito isolado e esquecido - perde-se, distrai-se, irrita-se com os egoístas que não lhe passam a bola e acaba por se desmotivar. Mas aqui, bem no centro do remoinho, sente-se vivo e dá tudo de si. Parece saber instintivamente o que fazer com a bola e todos o aceitam naturalmente.
Fico por aqui, sei que pareço babado. Mas depois de quase 1 ano a acompanhá-lo a treinos e torneios, sei do que falo pois observo. E o mais importante é que tem verdadeiro prazer em jogar, retira energia de cada momento no campo, faz desporto e aprende lições cruciais de companheirismo e perseverança. Hoje jogou 1,5 horas seguidas sempre a um ritmo alucinante e no final continuava a lutar por cada bola com toda a alma.
E o pai cá estará para seguir os seus jogos e fazer o magnífico sacrifício de o levar aos treinos às 3as e 5as à tarde.
Nuno