24.10.10

Desenho da Cácá sobre o seu nascimento

Patrícia

Museu Histórico Judaico e Sinagoga Portuguesa

Hoje os meninos descobriram um pouco sobre a religião judaica e as influências portuguesas na sociedade, economia e cultura holandesas.

No Museu Histórico Judaico vimos os alguns objectos, ritos e histórias do judaísmo na Holanda. Falámos em termos como: sabath - sábado é dia de descanso porque, acreditam os judeus, que deus terá criado o mundo em seis dias e ao sétimo descansou; a tora (ou lei), a circuncisão que é feita ao oitavo dia de vida dos meninos (comentário do Di sobre o tema, “ainda bem que não sou judeu!”), mazzel tov (saudacao judia), rabinos, sinagogas, hebraico, candelabras com nove velas, holocausto, entre outras coisas.

Começámos pela parte preparada especificamente para crianças.


Depois aprendemos que em 1492 e 1497 os judeus foram expulsos de Portugal ou obrigados a converter-se ao catolicismo. Muitos dos judeus portugueses (sefarditas) fugiram para Antuérpia e Amesterdão.

Os judeus portugueses desempenharam um papel significativo no desenvolvimento cultural e economico dos Países Baixos, onde gozavam de uma liberdade de culto, de vivência e de expressão não possível na “muy” Católica Península Ibérica. A comunidade produziu rabinos, eruditos, filósofos, artistas, banqueiros, fundadores e directores das mais importantes companhias de comércio internacional.

Sendo uma comunidade importante, construíu em 1672 a Sinagoga (Esnoga) Portuguesa em Amesterdão. Uma das maiores da Europa que fica na Waterlooplein. Sóbria. Muito fria porque continua a não ter instalação térmica ou eléctrica. Ouvimos (no audio) que durante a Segunda Guerra mundial os candelabras chegaram a gelar porque não havia qualquer vivência no espaço.

Dão-se lá concertos actualmente e acendem mais de mil velas. Fiquei cheia de vontade de voltar para uma dessas ocasiões.

Patrícia

Brincadeiras de Outono – 2

Patrícia

12.10.10

Argentina - resultados

Foram bons. Os melhores da turma.


Pois, já sei, mamã muito babada. Podia lá ser de outra forma!

Patrícia

11.10.10

Arco-íris

Ela para mim - ˝Olha mamã, um arco-íris!˝

Eu para Ela - ˝A sério quiducha? Eu cá vejo dois... o da fonte e Tu...˝

Ela para mim - ˝Vamos sentar-nos e ficar a ver quando vai desaparecer?˝

Eu sentei-me na relva e e indiquei-lhe o colo. Ficámos as duas, uns minutos, a apreciar o arco-íris, as cores, o começo, o fim. E o arco-íris não se foi embora.

Patrícia

6.10.10

Outra vez NYC

Não ficou aqui registada a última viagem a New York City. Foi especial porque como os pequenotes estavam de férias de Verão em Portugal o Grandalhão foi ter comigo, e a dois tudo teve mais graça.

O tempo estava absolutamente extraordinário: calor como nunca faz em Amsterdão! Passeámos por NYC, visitámos os museus, restaurantes, lojas e os locais que quizémos. Imaginámos uma viagem a NYC com os pequenotes… Por sorte e à ultima da hora fomos convidados a juntar-nos a um barbecue no Brooklin que foi muito, muito agradável.

O Grandalhão foi sondado a mudar-se para NYC e ficou entusiasmado com a ideia. Eu não tanto, apesar de gostar da cidade.

Passados dois meses regresso. Novamente em trabalho. De Amesterdão a NYC são cerca de 5.800 kms. Voo num colossal boeing 777-200 ER (com capacidade para 318 passageiros), e a viagem dura 7 horas e meia. Não é impressionante a facilidade com que se aproximam os lugares nos dias que correm? Fico sempre abismada.

Ao que vou? A uma conferência organizada por uma big 4. Na realidade vou para fazer networking: representar a empresa; rever pessoas com quem trabalho e que conheci noutros momentos/viagens; conhecer novas pessoas e colocar uma cara em nomes que semanalmente contacto por e-mail ou telefone; aproveito também para fazer networking na casa mãe com os colegas deste e daquele departamento e com advogados com que trabalho nas novas aquisições.

Na conferência e novamente sinal dos novos tempos, almoço numa mesa com sócios ou directores de diferentes países como EUA, Holanda, Alemanha, Malásia e Canadá. Claro que isto não quer dizer que as pessoas terão essas nacionalidades, tal como eu não sou Holandesa, apesar de vir de Amsterdão.

O que me leva a longamente divagar sobre as minhas raízes, o que me tornei e claro, para onde vou. E, claro, a questão com que me debato desde que amamentei, pela primeira vez, o Campeão, e depois a Miminha: o que fazer para que a educação dos meus filhos seja a toda (ou sendo realista, o melhor possível) a prova?

Tantos projectos que fiz, faço e (espero) farei. Todavia, o principal que tenho em mãos, e de longo prazo, é a educação (tanto que está contido nesta palavra) dos filhotes. Educar por exemplo. Exigir deles, sim, porque tão pouco sou branda a exigir de mim.

Esta é a parte boa das viagens. Dá-me tempo (ainda que seja apenas entre um destino e outro) para me distanciar e reflectir.

Patrícia

Argentina

O Campeão é português. Está a ser educado no sistema de ensino francês. Vive na Holanda. Na escola tem uma forte componente de inglês (o ano passado com uma professora inglesa, este ano com uma professor australiana). A Miminha tem a mesma exposição.

Descobri que sociologistas contemporâneos categorizam estas crianças como “third-culture kids” (TCKs): a primeira cultura é a do berço - no nosso caso a portuguesa; a segunda é a cultura onde as crianças crescem – bom aqui o nosso caso já começa a levantar dúvidas, mas tenderia a dizer que é a cultura (em parte dos expatriados) francesa. A terceira, dizem os sociólogos, é a da mistura/amálgama das outras duas, elementos que são integrados por cada criança numa terceira cultura, única, de e para, cada um deles. Temos, portanto nesta fase, português, francês e a sua amálgama.

Agora temos de juntar o holandês e a pitada de inglês. Sobre a primeira, bom, é o pais onde vivemos há já tempo suficiente para entrar no dia a dia e, naturalmente, integramos alguns hábitos/formas de fazer as coisas. Depois a língua inglesa que é, antes do mais a nossa (leia-se dos pais) língua social na Holanda e que para mais é ensinada com força na escola por uma nativa. A cultura anglófona entra ainda também na vida do Campeão através de alguns amigos: americanos, irlandeses, ingleses.

Não sei se por essa razão, mas o Campeão tem-se mantido firme na classe avançada de inglês. Pois, a turma de meninos dos 8 aos 10 anos foi dividida em dois grupos: os mais avançados e os de conhecimentos mais básicos. Sem surpresa, na turma de inglês dos mais avançados estão os que falam inglês em casa com pelo menos um dos pais, ao passo que na turma de inglês mais básico estão, regra geral, os franceses puros.

E agora de volta ao título deste post: Argentina.

Não, o Campeão não está exposto á cultura Argentina. A Argentina aparece porque a professora de inglês mandou os meninos escolherem um país, estudarem-no e fazerem uma apresentação, escrita e oral, sobre o mesmo.

Claro que a primeira escolha do Di foi Portugal mas foi dissuadido pelo Papá com o argumento que poderia aproveitar a ocasião para abrir os horizontes e estudar um país que não conhecesse. Concordando com a sugestão, andou o Di de volta do Atlas e acabou por se decidir pela Argentina.

O país de pesquisa foi indicado numa terça feira e, na segunda e terça da semana seguinte, os meninos teriam de apresentar o trabalho. Ao Di coube-lhe na sorte segunda.

Resta acrescentar que os avós estavam de visita, e que o fim de semana estava bem preenchido com duas festas de aniversário e o futebol do Campeão…

Lá fizémos a pesquisa nas 3 grandes vertentes indicadas pela professora: factos, clima e cultura. Trabalhámos bem na cartolina, não tanto na apresentação oral por evidente falta de tempo.

E segunda feira o Di apresentou o seu trabalho: levou a cartolina e fez a apresentação oral. O trabalho ficou assim bonito.

Agora espero para ouvir os resultados.

Patrícia