As notas reflectem
um sistema de ensino obsoleto e há muito ultrapassado: estimulam a competição ao
invés da cooperação; o individuo e não o grupo; tendem para a media ou mesmo
para o mais lento, ao invés de darem gás a quem tem capacidade para acompanhar;
a competência (seja ela qual for) adquirida face ao programa ao invés do método
para identificar, analisar e resolver um (qualquer) problema. Ainda não
conseguimos inventar outro método.
Ainda assim, o
sistema educativo tem o mérito de nos “formatar” para a vida em sociedade. Aprendemos
que há sempre os penduras, que as pessoas tem diferentes aptidões e interesses
e também diferentes pontos de partida. E capacidades analíticas, intelectuais, empáticas,
artísticas diferentes.
Para
contextualizar, estamos no meio de uma pandemia. Numa continua incerteza sobre
onde/como vai ser o nosso futuro que tem vindo a ser adiado. Ela, em plena adolescência
e tendo perdido a presença diária do irmão, assim consequentemente alterando a dinâmica
familiar. Podia ficar deprimida. Podia-se encolher e esconder e deixar estar.
Eu, sabendo tudo isto
e não admitindo reduzir a filhota as notas (que sequer são capazes de
representar o colosso que é), não posso deixar de me juntar aos
professores a celebrá-la: na forma como embarca e responde aos desafios
que lhe são postos sob diversas perspectivas, na solidez, na curiosidade, na constância,
na consistência, no humor (e sarcasmo), na sempre excelência que põe em
tudo em que se envolve.
O que eles dizem:
Um colosso!
Patrícia