Fim de semana prolongado de Páscoa e fizémo-nos a caminho de Bruxelas. Fomos visitar uns amigos que já lá vivem há dois anos.
Almoçámos num restaurante com um ambiente bem Belga, La Bécasse, com 136 anos de existência. Nunca lá teríamos ir dar sozinhos, apesar de estar localizado bem perto da Grand Place.
Apesar do frio (teima em nevar ainda que estejamos às portas de Abril), visitámos a Grand Place (com edificios fantásticos e onde vimos o erro arquitectonico da porta da Prefeitura de Bruxelas) e o Manneken Pis. A estátua, mínima, de uma fonte que é um menino a fazer chichi, é (vai-se lá saber porquê) um dos símbolos de Bruxelas. E para nossa maior desilusão, estava vestida (!!). No canto onde se encontra a fonte estão as 3 grandes casas de chocolate (Leonidas, Godiva e Neuhaus), a tentar os muitos turistas.
Depois deambulámos pela cidade mais um pouco, entrando nas lojas de chocolate, banda desenhada, gauffres.
Seguimos no final do dia para Antuérpia onde passámos a noite, perto do Porto.
O ambiente desta cidade é bastante diferente do de Bruxelas. Claramente marcado por séculos de comércio internacional. Encontra-se muita historia de Portugal ligada a este porto e descobrimos que, no início do século XVI e após a chegada à Índia, os portugueses transferiram para ali a feitoria que na Idade Média mantinham em Bruges. Este facto revelou-se da maior importância para a cidade. Com os portugueses, instalou-se igualmente forte colónia mercantil espanhola, passando os negócios das coroas ibéricas a fazer-se maioritariamente por ali. Assim, ao longo do século XVI, Antuérpia tornou-se um centro da "economia do mundo".
Para alem do mais, a prosperidade da cidade prosseguiu ao longo desse século, atraindo assim inúmeros judeus, expulsos de Portugal na sequência da implementação de política antissemita desencadeada pelo governo português, intimamente ligada à religião católica, que nesse período se pautava pelo braço forte da Inquisição, atraídos por grandes oportunidades de enriquecimento. Essa comunidade de exímios mercadores e artesãos enriqueceu o negócio da indústria dos diamantes e, consequentemente, a própria cidade, que passou a contar com a colaboração de artífices especializados no trato comercial.
Em Antuérpia visitámos o forte, igrejas, o museu maritimo, uma exposição de instrumentos musicais e dança, e claro passeámos pelas ruas.
Regressámos a casa cansados mas ainda com alguma energia para fazer a tradicional caça aos ovos...
Um fim de semana bem passado a ver coisas novas e, no fim, sempre contentes por regressar a casa.
Patrícia
Almoçámos num restaurante com um ambiente bem Belga, La Bécasse, com 136 anos de existência. Nunca lá teríamos ir dar sozinhos, apesar de estar localizado bem perto da Grand Place.
Apesar do frio (teima em nevar ainda que estejamos às portas de Abril), visitámos a Grand Place (com edificios fantásticos e onde vimos o erro arquitectonico da porta da Prefeitura de Bruxelas) e o Manneken Pis. A estátua, mínima, de uma fonte que é um menino a fazer chichi, é (vai-se lá saber porquê) um dos símbolos de Bruxelas. E para nossa maior desilusão, estava vestida (!!). No canto onde se encontra a fonte estão as 3 grandes casas de chocolate (Leonidas, Godiva e Neuhaus), a tentar os muitos turistas.
Depois deambulámos pela cidade mais um pouco, entrando nas lojas de chocolate, banda desenhada, gauffres.
Seguimos no final do dia para Antuérpia onde passámos a noite, perto do Porto.
O ambiente desta cidade é bastante diferente do de Bruxelas. Claramente marcado por séculos de comércio internacional. Encontra-se muita historia de Portugal ligada a este porto e descobrimos que, no início do século XVI e após a chegada à Índia, os portugueses transferiram para ali a feitoria que na Idade Média mantinham em Bruges. Este facto revelou-se da maior importância para a cidade. Com os portugueses, instalou-se igualmente forte colónia mercantil espanhola, passando os negócios das coroas ibéricas a fazer-se maioritariamente por ali. Assim, ao longo do século XVI, Antuérpia tornou-se um centro da "economia do mundo".
Para alem do mais, a prosperidade da cidade prosseguiu ao longo desse século, atraindo assim inúmeros judeus, expulsos de Portugal na sequência da implementação de política antissemita desencadeada pelo governo português, intimamente ligada à religião católica, que nesse período se pautava pelo braço forte da Inquisição, atraídos por grandes oportunidades de enriquecimento. Essa comunidade de exímios mercadores e artesãos enriqueceu o negócio da indústria dos diamantes e, consequentemente, a própria cidade, que passou a contar com a colaboração de artífices especializados no trato comercial.
Em Antuérpia visitámos o forte, igrejas, o museu maritimo, uma exposição de instrumentos musicais e dança, e claro passeámos pelas ruas.
Regressámos a casa cansados mas ainda com alguma energia para fazer a tradicional caça aos ovos...
Um fim de semana bem passado a ver coisas novas e, no fim, sempre contentes por regressar a casa.
Patrícia