28.10.18

NYC - 22 a 26 Outubro

Mais uma vez em trabalho, fui a NYC. Uma cidade especial em vários sentidos.

Esta vez foi um pouco mais simpático porque não estava sozinha e havia o resto da equipa europeia, de forma que estava tudo em modo de celebração – havia sempre jantares e noitadas (para os que quisessem).

Cheguei no domingo e jantamos em grupo num restaurante turco. Nada de especial como escolha de restaurante. Engraçado foi termos ido a um bar depois de jantar onde passava nos ecrãs futebol americano e um jogo de basquete. E na jukebox, musica dos anos 80, que me fez sentir em casa.
Para pequeno almoço, escolhi o Pain Quotidien – que eu gosto e me dava energia para uma boa parte do dia (a comida em NYC é muito gorda e eu regra geral fico fora) – quase todos os dias.
Na terça feira, depois de um dia de trabalho no escritório de NY
tivémos um jantar num sitio especial de NYC: “21 Club”, (21 W 52nd St, 10019 New York). Em 1922, muito antes de identidades falsas e quando o álcool foi banido nos EUA por causa da Lei Seca (período entre 1920 e 1933 durante o qual o fabrico, transporte e venda de bebidas alcoólicas para consumo foram banidos a nível nacional). A Lei Seca tinha como objectivo salvar o pais de problemas relacionados com a pobreza e violência. Mas o efeito causado pela lei foi totalmente o contrario do que era esperado. Ao invés de acabar com o consomo de álcool e com problemas sociais, a lei gerou a desmoralização das autoridades, o aumento da corrupção e explosões de criminalidade, com o enriquecimento das mafias que dominavam o contrabando de bebidas alcoólicas. O ponto de encontro das pessoas que queriam beber eram bares clandestinos, localizados no subterraneo para nao chamarem a atenção. O Clube 21 era um deles e tornou-se um lugar lendário para os nova-iorquinos da época e gerações vindouras.  

Quase um século mais tarde, o Clube 21 ainda carrega o dar de um “speakeasy old School”. Ficámos num calabouço fechado, transformado em sala (que para entrar se tem de passar pela cozinha) onde está (e estava) bebida então contrabandeada e fomos servidos por um sommelier que introduziu vinhos diferentes com cada um dos diferentes 8 pratos apresentados.  

Quarta feira foi o ponto alto, com a reunião anual para os investidores da LCN, que foi feita mais uma vez no Business Harvard Club de Nova York, aberto desde 1865. Um sucesso.
 A biblioteca





A equipa LCN  
E na sexta, depois de almoço e antes de ir para o aeroporto para um voo tardio, fugi do escritório e fui dar um pequeno passeio no Rockefeller Center e no Central Park. NY é sempre uma cidade especial e eu estava desesperada por um pouco de verde.









 No Rockefeller Center, as fontes estavam cobertas por aboboras


Num efeito bastante engracado.

Bom passear. Melhor ainda regressar a casa.

Patrícia

20.10.18

Outono

Desde o inicio do Verão que me tenho disciplinado a ir a pé para o escritório de manhã. Tenho muita sorte porque é perto e para mais o caminho é por um parque, pelo que adoro porque é tranquilizante. 
Todas as estações do ano são bonitas, mas a cores de Outono, na Holanda, são de tirar a respiração. Ontem de manhã, o parque estava assim:



Que privilégio!
Patricia

Makuks - a treinadora (fotos)

Hoje foi a segunda sessao de treino da Makuks, algumas fotos




Tem jeito,

Patricia

14.10.18

Cirque du Soleil – Toruk


Hoje fomos ao Ahoy em Roterdão ver o nosso sexto espetáculo do Cirque du Soleil. Começámos com o Totem (2010), depois o Corteo (2012), o Kooza (2014), o Quidam (2015) e o último tinha sido o Amaluna (2016).

Fui eu que comprei os bilhetes há já uns meses valentes. O Campeão não estava satisfeito: que já viu vários, que isto lhe impedia de ficar até mais tarde na festa de ontem a noite, etc. Fico aborrecida, claro, mas dei o desconto, está na fase de reclamar, de achar que sabe melhor e de não querer ir connosco aos espetáculos. E é assim mesmo, faz parte da idade e mal seria que quisesse fazer coisas (só) connosco nesta fase da vida em que tem tantos encantos e distrações e um mundo inteiro para descobrir.

Mas eu gosto de ir a espetáculos. Gosto e pronto, não é preciso justificar. Mais, acho que faz parte da educação proporcionar-lhes espetáculos / eventos / concertos / passeios na natureza. Faz tudo parte. E achei que este, inspirado no filme Avatar que vimos juntos e gostamos, teria graça.
Mas tenho de conceder. De todos os Cirque du Soleil que vimos, este foi o que ficou mais aquém. Em termos de coreografia, cenário, figurinos, maquilhagem, luz – ao nível do que o cirque do soleil nos tem habituado. Todavia, o espetacular no cirque do soleil é que saímos do recinto (eu pelo menos) a pensar que aquelas pessoas tem capacidades sobre humanas, que fazem coisas que nem nos meus sonhos me atreveria a pensar fazer – e desta vez não senti, de todo, esse deslumbramento com as capacidades físicas / atléticas do grupo. Claro, são ginastas / acrobatas e flexíveis mas nem sequer ficamos com a sensação de que eram do nível mais elevado.  

Foi entendimento unânime. Que sirva de lição para passarmos o próximo espetáculo… De qualquer forma, não num futuro assim tão longínquo, o Campeão estará longe daqui e livre das minhas escolhas de cultura / entretenimento.

Patrícia   

Makuks – FX


Durante a semana a Makuks estava toda contente porque a professora de ciências, que adora o Campeão, foi dizer numa aula do Campeão que a Makuks só tinha tido A(s) – ou seja, a melhor nota a ciências.

Na quinta feira, escreve-me uma mensagem, a dizer que tinha tido um FX. “FX, o que é isso?” perguntei eu, também por mensagem. “Quer dizer que tive tudo errado!” Tentei ligar-me mas não que quis atender e la foi para a sua natação.

Ao fim do dia, cansada, estava destruída e quebrou. O Grandalhão, com toda a paciência do mundo, explicou-lhe que tinha sido uma troca. O teste era sobre conversão de medidas e que claramente lhe estava a faltar uma base, e por isso tinha errado. Minha pequenina, ficou tão desolada.

Já entendeu tudo e certamente volta ao trilho num instante. A professora já a descansou a dizer que há muitos testes (pelo menos um por semana) e para ela não se preocupar.

A verdade é que é bom que isto aconteça. Obriga-a a manter a humildade: entender que todos temos limitações e fraquezas e agir de acordo com essa consciência, é um valor fundamental a aprender.

Patrícia

Makuks – a treinadora

Esta semana a Makuks começou a treinar o grupo de meninas iniciadas na natação sincronizada.

Perguntaram se alguém estaria interessado e 3 meninas se voluntariam, entre as quais a Makuks. Significa que fica mais uma hora aos sábados, a treinar as ditas meninas.

A ela foram-lhe atribuídas 3: uma holandesa, uma que fala inglês e uma menina que ao que parece tem origem portuguesa. Parece-me fazer sentido atribuírem-lhe as mais internacionais, se é que foi o critério, porque ela muda facilmente de língua se for preciso.

Vinha toda contente, porque as meninas são muito queridas, apesar de preocupada porque uma, dizia, parecia que nem sabia nadar e só aguentou meia aula – ela esquece-se, estar horas numa piscina sem pé não e é para qualquer um(a), e certamente exige treino e força que demora a construir.

Um orgulho de menina.

Patrícia

8.10.18

Campeão - vida politica & Bruxelas

Este ano, creio que depois da experiência em Oxford, o Campeão despertou para a vida politica activa. Há muito que demostra interesse para politica internacional e geopolítica, intimamente ligado com história dos dois seculos anteriores, e em particular do seculo passado, sobre a qual sabe bastante.  

Tem sido delegado de turma ou subdelegado quase todos os anos, e este ano decidiu concorrer a Presidência da Associação de Estudantes da escola. Não ganhou. Eram 5 candidatos e ele ficou em terceiro lugar. Ganhou um rapaz que e da turma de finalistas (o Campeão e pré-finalista) e a escola tem tradição de eleger os que estão de saída e não mudou a tradição.

Mas hábil diplomata que é, assegurou uma boa relação com o candidato que ganhou, de tal forma que, uma vez terminada a eleição, o candidato lhe atribuiu diferentes papéis, entre os quais tesoureiro e responsável pelo comité desportivo. Escusado será dizer que o Campeão está muito satisfeito e activo na sua vida politica escolar.

No fim de semana passado, o Campeão foi passear a Bruxelas em representação da escola europeia holandesa da qual faz parte. Na reunião de escolas estavam representadas 12 escolas europeias, a saber:

- Bergen, na Holanda;

- Luxemburgo (as duas escolas);

- Varese, de Itália,

- Bélgica – 5 escolas: 4 de Bruxelas e uma de Mol

- Frankfurt e Munique, da Alemanha e

- Alicante, de Espanha.

A foto de grupo que consegui (está cada vez mais difícil) fica em baixo (… altos para trás, já se sabe).

Foi a Bruxelas sozinho (ou com outros 2 colegas - sem adultos a supervisionar), marcou o seu comboio e o seu hotel e tratou das suas coisas. Disse também que foi a uma discoteca e bebeu a sua primeira cerveja legal já que na Bélgica pelos vistos cerveja é permitida a partir dos 16 anos. Vai ter mais 3 destes eventos ao longo do ano escolar – o filho podia ser um menor emancipado – responsável pelas suas acções antes da idade legal e civilmente capaz. Se fosse preciso, não teria hesitação nenhuma em lhe dar autorização para a emancipação (apesar de esperaria que não por casamento…).

Foi, fez o que tinha a fazer, e voltou. Sem sobressaltos ou acontecimentos de maior.

Como diz o Grandalhão, está pronto para o mundo (estará o mundo pronto para ele?). Só nos resta deixá-lo ir, e fazê-lo saber que estamos aqui, sempre de braços abertos, e que queira voltar.

Patrícia