25.3.09

Desencontrados

Tem sido assim nas últimas semanas: muitas vezes ora estou eu, ora o Nuno em casa com os filhotes porque o outro está a viajar em trabalho, num jantar ou num serão. Temos tido menos tempo juntos devido às exigências profissionais e às compensações que são necessárias para manter o nível do resultado: os prazos não mudam e tem de se conseguir fazer tudo na melhor das perfeições.

Antes da exigência profissional vem a da maternidade, que não dá tréguas e, depois das profissionais vêm as exigências sociais. Tempo para "o casamento", neste momento, não há.

Claro que é uma loucura. Sei disso. Mas as coisas são o que são.

E assim ando, a reiventar-me constantemente nos meus diversos papéis, na ânsia de responder a todas as partes. Um destes dias peço-te novamente em casamento.

Patrícia

22.3.09

Celebrar a chegada da Primavera

A Primavera chegou sexta-feira e hoje resolvemos ir procurar sinais da sua chegada. Tivémos muita sorte porque esteve sol e, apesar de nuvens aqui e ali, o dia estava óptimo para um passeio pelo bosque.

Preparámos um piquenique, mochila às costas e lá nos aventurámos.

A Catarina levou o seu cestinho de verga para apanhar coisas. O Diogo, o seu espírito de aventureiro. Lá descobriram folhas a começar a despontar nos ramos das árvores, algumas flores, cogumelos.

O que mais gostaram, no entanto, foi de construir uma cabana. Mãos ao trabalho a apanhar ramos caídos no chão.


Demorou mas ficou uma bela cabana com o trabalho de todos. Um verdadeiro espírito de equipa com o resultado fantástico. Foi divertido. Ficam as foto para o provar.


Que o bom tempo seja muito benvindo para nos tirar deste período de quasi-hibernação.

Patrícia

20.3.09

Back to basics

Mais importante do que a obsessão pelas capacidades académicas que os meus filhos possam ter e desenvolver, interessa ajudá-los a desenvolver a capacidade de se relacionarem com os outros.

E isto inclui tanto. Por isso é fundamental desenvolver e preparar os filhotes para a sua autonomia (que não, não é sinónimo de desapego): promovendo auto-confiança, a tomar decisões e saber lidar com as suas consequências, a respeitar os outros que são tão diferentes.

Mas para isso é necessário que se sintam confortáveis, em segurança e confiantes, ou seja, são necessárias rotinas, sobretudo emocionais.

Surpresas são bem-vindas – para não se habituarem a um modelo rígido que lhes faça crescer o sentimento de absoluto controlo que, todos sabemos, não temos sobre a nossa vida - e vamos fazer, em breve, uma que vão adorar!

Patrícia

18.3.09

Haja paciência

Sempre assumi que paciência não é um forte meu. Alturas houve em que me esforçei por me tornar mais paciente, noutras aceitei o facto e pronto.

Ter filhos é o teste máximo à paciência. Sobretudo quando não me facilito a vida. Exemplo, rejeitamos o carrinho de bebé desde muito cedo com os nossos filhotes porque entendemos que eles devem explorar o que os rodeia e acompanhar-nos - às vezes vejo putos com 7/8 anos em carrinhos - acho o cumulo já que os meus deixaram, pouco depois de começarem a andar - cerca do ano e meio -, o dito carrinho. Mas às vezes, vezes como esta manhã, tenho vontade de me arrepender, de enfiar a Catarina no carrinho e fazer a minha vida, e acabou!

Quando ela fica para trás, faz birras, depois de uma hora a ficar para trás e recusar o que lhe peço e eu carregada como uma mula com as compras, bolas, o quanto tenho vontade de me retratar!

Patrícoa

Duas cabeças: duas visões

No fim de semana fomos ao jardim zoológico, como já aqui relatei.

Hoje resolvemos fazer um "trabalho" sobre o tema com desenhos, cortes e colagens. E o resultado foi:

Diogo



Catarina



Patrícia

15.3.09

Leitura

Sei que sou parcial e olho para o Diogo com os olhos de uma mãe muito orgulhosa. Hoje ele leu o livro Nadadorzinho de uma ponta a outra, sozinho e com fluidez. O livro que temos em casa está escrito em português, claro.


Achei impressionante, tendo em conta que começou a aprender a ler há 6 meses, em francês.

Patrícia

Dordrecht

Este fim-de-semana foi diferente. Pelo menos parte dele foi. Tivemos o habitual programa das compras e natação do sábado de manhã. Mas o fim da manha de sábado foi diferente já que comemos rissóis acabados de fritar. Pois, isto parece não ser nada, mas para quem anda “a seco” dos gostos gastronómicos da mãe pátria – até dá vontade de chorar quando de repente se tem o gosto.

Fomos jantar com um casal amigo: ele francês, ela holandesa mas de origem indo-chinesa: três filhos que falam francês e holandês, em idades que permitem fácil interacção com os filhotes. O jantar correu muito bem com gastronomia francesa. E dormimos num hotel muito simpático – Villa Augustus. Os pequenotes adoraram o conceito de beliche com cama de casal duplo em baixo e em cima, eu gostei especialmente da fuga da rotina e do céu azul.



De manhã, tomámos um belíssimo pequeno almoço no hotel. Plantam lá os legumes e vegetais que depois usam na confecção dos pratos e o pão era maravilhoso. Demos uma volta pela cidade onde vimos prédios inclinados para a frente, como se estivessem a querer cair.



E lá partimos para um dia no zoo de Roterdão onde pudemos ver um elefante bebé entre tantos outros animais. Cansativo mas muito simpático.





Patrícia

8.3.09

tira-teimas

Sou do Benfica
E isso me envaidece
Tenho a genica
Que a qualquer engrandece
Sou de um clube lutador
Que na luta com fervor
Nunca encontrou rival
Neste nosso Portugal.

(Refrão - Repete uma vez)

Ser Benfiquista
É ter na alma a chama imensa
Que nos conquista
E leva à palma a luz intensa
Do sol que lá no céu
Risonho vem beijar
Com orgulho muito seu
As camisolas berrantes
Que nos campos a vibrar
São papoilas saltitantes.

Nuno

assépticos

Ontem foi dia de natação. Eles saiem sempre esfomeados da piscina e por isso tentamos sempre levar um lanche para os acalmar até chegarmos a casa.

Desta vez levámos maçãs e bolachas. Quando dei uma maçã a cada um, a Catarina virou-se para o Diogo e exclamou em tom choroso: "Não consigo abrir isto!".

Tivemos que explicar que é para comer mesmo assim, à dentada. Só acreditou quando viu o irmão, que adora maçã, devorar a sua. E aí aceitou comer o fruto dessa forma tão arcaica, tão distante das fatias sem casca que as educadoras lhe estendem várias vezes durante o dia.

Nós já crescemos com uma noção muito reduzida das formas originais de obter os alimentos, mas estes miúdos de hoje ainda acabam a pensar que a comida nasce no supermercado ou que é produzida algures dentro de um computador.

Nuno

6.3.09

what a beautiful day!!!

O céu está limpo e o sol brilha!
Não deixa de estar frio mas é um consolo voltar a ver luz natural.

Os primeiros sinais da Primavera. Nunca imaginei vir a sentir tanto a falta da luz e do calor.

Nuno