27.9.09

Parada do elefante asiático

No Musemplein, encontrámos um museu ao ar livre. Chama-se Elephant Parade e visa sensibilizar as pessoas para o risco de extinção do elefante asiático (umas das características que o distingue do elefante africano é o facto das orelhas serem mais pequenas).

Foram pintados vários elefantes, das mais diversas formas e cores e, algures em Novembro, as obras de arte vão ser leiloadas revertendo os fundos a favor da preservação do dito animal.

A Miminha andou a explorar alguns deles tendo clara preferência por flores e corações...




Gostei do conceito: arte para todos usufruírem ligada a proteção dos animais.

Patrícia

Primeiro treino de futebol

Foi hoje. Às 8.45m de domingo estavámos, Campeão e eu (por clara concessão do Nuno que há-de ser o mais frequente acompanhante aos treinos), no balneário número 10 preparados para começar o treino.

O Nuno pode discorrer mais sobre a organização por detrás disto já que foi ele que a encontrou e tem mantido contacto. Sei que procura novos e talentosos futebolistas e treina miúdos a partir dos 7 anos.

No grupo do Campeão são 11 e, pelo que pude saber muitos deles jogam em clubes e treinam outros dias da semana, há cerca de 3 anos. É um investimento levado muito a sério por alguns pais... Para o Campeão hoje foi a primeira vez que teve um treino de futebol estruturado. Joga, na escola. Joga, no relvado de Magoito com o pai e o tio. Dá, quando em vez, toques na bola.

Os miúdos têm equipamento - patrocinado pela Nike – nós ainda estamos à espera. O treinador é profissional e, no treino que durou cerca de hora e meia, não houve um momento de descanso. Treinam, sobretudo, o controlo da bola nos pés. Correm com ela de um lado para o outro, driblam, levam a bola controlada em percursos predefinidos e chutam, e defendem. No fim do treino jogaram um pequeno jogo.

O Campeão esteve bem. Não, não é nosso desejo que seja o próximo Ronaldo. Gosta do desporto e achámos que faz sentido: é um jogo colectivo (individual já tem a natação) e popular, e o Campeão realmente mostra interesse. Está claramente motivado e quer aprender. Energia não lhe falta. Nunca "encostou" continuando sempre a treinar apesar de no fim do treino me ter dito que tinha sido "cansativo". No
caminho para casa vinha a treinar e já fez o pai prometer que à tarde vão treinar os dois.

Ficam algumas fotos. O Campeão está com o seu equipamento à Benfica que, pelo que sei, se tem portado bem neste início de época. Que seja um bom sinal!



Patrícia

26.9.09

A mais graciosa bailarina



Patricia

Actividades extra-escolares

Setembro é o regresso à escola e às actividades extra-escolares.

Não sou adepta de grandes ocupações porque os miúdos têm de ter tempo e espaço para fazerem o que quizerem (e nos espaço para respirar). Acho que o peso sobre os ombros dos nossos é, aliás, bastante elevado por causa da vida que levamos. Felizmente eles tiram de letra e por isso, merecem ter actividades por eles escolhidas. E são muito clássicas.

A Miminha iniciou-se no ballet. Volta e meia dançava com ela em casa e, como pediu teve, esta semana, a sua primeira aula. Estava absolutamente deliciada. O seu equipamento:

Já o Campeão quer futebolada, pelo que adquirimos as suas primeiras chuteiras para estrear amanhã.
Patrícia

20.9.09

sonho de Verão

E eis que, a modos de cereja no topo do bolo, o melhor Verão desde que chegámos a Holanda se completa com um Setembro a todos os títulos fantástico. Temos passado boa parte do tempo ao ar livre, a gozar as esplanadas e a rara luz desta bela cidade.

Com o mês quase a chegar ao fim ainda praticamente não vimos a chuva e a temperatura média tem rondado os 20 graus. Uma surpresa absoluta para quem se habituou a ver Agosto terminar com ares de Outono avançado. Uma verdadeira verrassing!!!

Nuno

17.9.09

Duas cabeças, duas visões - 2

O que se pode fazer com um queque:


Não é difícil adivinhar qual foi feito pelo Campeão e qual nasceu das mãos da Miminha.

Patrícia

o regresso

Depois de alertado várias vezes pela Patrícia para a minha ausência prolongada deste nosso espaço, fui hoje consultar os posts passados e confirmei que já passaram 2 meses desde que aqui deixei qualquer nota.

Claro que uma boa parte deste tempo foi passada em férias, durante as quais nunca visitamos o blog, mas ainda assim é chocante. Soa a falta de interesse, a alheamento. E no fundo talvez seja, não por achar que deixou de ser importante, mas porque deixou de cumprir uma das suas funções mais importantes: a de muro das lamentações.

Desde a sua criação eu tenho usado o blog como espelho das minhas angústias enquanto expatriado, dissertando sobre temas tão animados como a saudade, os males das sociedades holandesa e portuguesa ou as disputas familiares. Tenho ao mesmo tempo deixado para a Patrícia a componente de reportagem, que tanto interessa a família e os amigos.

Ela tem sido na verdade a alma deste espaço, alimentando-o com relatos do dia-a-dia e fotografias, sem contudo deixar de contribuir com a sua opinião sobre os mais variados temas. E eu tenho resumido as minhas intervenções aos tais considerandos esporádicos, escritos ao sabor da disposição do momento.

Ora acontece que, à medida que progredimos para a aceitação completa da nossa vida aqui, vou tendo cada vez menos pensamentos dignos de nota. Aos poucos deixei de reflectir sobre as diferenças, de questionar as nossas decisões e de sentir saudade. Estou confortável com a nossa posição, já não quereria mudar mesmo que pudesse e encaro com tranquilidade o futuro como vier, sabendo que felizmente está nas nossas mãos.

Por outras palavras, deixei de ter assunto para escrever aqui, pois tudo o resto está deliciosamente coberto pelos posts da Patrícia. E sem querer acabei por me posicionar mais como leitor do que como autor.

Não está certo, este projecto é comum e no futuro vou querer reler os textos e deliciar-me com os pequenos episódios da nossa vida. Por isso vou aplicar-me e voltar a escrever. Tenho apenas que reencontrar o meu espaço.

Nuno

16.9.09

Uma princesa moderna

Quando estive em Lisboa reuni-me com um grupinho simpático de amigos para beber um copo.

Porque tenho a posição de que não quero a minha filha a crescer com algumas histórias completamente ultrapassadas de princesas da Disney, em especial a da bela adormecida, disseram-me que sou “radical” e que devia “deixar a criança sonhar com esse mundo de fantasia”. Escusado será dizer que não me parece que crescer a pensar que “nasci sob um feitiço de uma fada má, me vou picar e adormecer (juntamente com todo o meu reino) e que passado um século um principe me encontrará, apaixonar-se-á por mim e ao me beijar interromperá o feitiço” possa ter algo de positivo.

O Campeão anda a ler agora uma história encantadora e feita para os dias que correm.
Não se perde a ideia de realeza e fadas do mundo fantástico mas a princesa tem um papel activo no seu sucesso. Faz muito mais sentido (mais actual) e é muito mais educativo.

Recomendo. É com estas histórias que vou educar a minha princesa!

Patrícia

Arroz doce

Nunca tive grande gosto pelas tarefas domésticas e lembro-me da minha avó me dizer que iria ser uma péssima esposa exactamente porque não cosia, cozinhava, sabia fazer uma cama “a sério” ou passava a ferro. Dizia-lhe, irritada, que havia de ter dinheiro para pagar a alguém que o fizesse por mim (e continuo a achar que, entre outros, foi e é, uma boa motivação para estudar e ter o meu sustento).

Em Portugal, e depois do Campeão nascer, pus em prática o meu plano de criança: era daquelas privilegiadas que tinha a sorte de ter uma empregada em casa o dia todo. Não tinha de me preocupar com nada (ou muito pouco) da lida da casa.

Mas a vida tem destas coisas e viémos para a Holanda. Durante os primeiros meses fomos acompanhados pela nossa Narcisa que nos assegurava tudo como em Portugal. Cá passou a ser empregada interna. Mas a combinação era por um período determinado de tempo, e a verdade é que ter uma interna significa não ter privacidade…

Acabámos por ficar na Holanda e sem Narcisa ou algo que se lhe pareça porque o conceito tal como o há em Portugal não existe aqui.

Ontem estive a coser uma mochila da Miminha que, logo no primeiro dia de uso, rebentou os elásticos. E agora acabei de cozinhar, pela primeira vez na vida, caldeirada e arroz doce – receita da minha prima – para o jantar. Tudo feito a gosto.

Se estiver tão bom como cheira, fico contente. Por agora contento-me com a reflexão sobre a minha vivencia de diferentes momentos, diferentes atitudes.

Patrícia

12.9.09

Festa de aniversário do Diogo na Holanda

Passado quase um mês sobre o seu aniversário, lá comemorámos com os amigos da Holanda, o sétimo aniversário do Campeão. De recordar que teve uma festa no dia de aniversário, no Algarve; uma segunda festa de aniversário no Magoito, o que fez desta a terceira festa.

Mas está certo. Fazer anos em Agosto não era uma benesse até termos descoberto esta solução. Convidar gente em Agosto para festas era sempre um fiasco. Agora tem os festejos em Portugal e depois, na abertura da escola, uma festa com os colegas, o que já começou a criar tradição: a festa do Campeão a abrir as actividades sociais escolares. Tanto mais que o Campeão convida toda a turma.

Este ano apareceram, para além da mana que foi a primeira convidada e com direito a convite, os amigos: Max; Callum; Maxime; Adrian; Marin; Sylvain; António; Lola; Elena; Julliete; Tara (e seu irmão Elliot que também se juntou à festa); Léa; Elly e; Alix.

Todos pareceram divertidos nas actividades do Little Gym:

- Atirar "a parede" ao chão é um must para o Campeão

- Saltar e dar cambalhotas no insuflável


- Andar na "roleta"



- Abanar o paraquedas

- Soprar as velas e cantar os parabéns em várias línguas

- E ter um verdadeiro ataque de prendas...

Uma festa em cheio!

Patrícia

As dunas de Ijmuiden

Descobrimos um novo passatempo que esperamos vir a fazer bastante em família nos anos vindouros: passear na natureza. Estando na Holanda, há que aproveitar o que o país tem para oferecer, de modo que fomos caminhar pelas dunas de Ijmuiden.

Os pequenotes adoraram. É verdade que tinham companhia, o que torna a aventura mais apetecivel, mas aguentaram-se bem para primeiro passeio. Exploraram a paisagem e fizeram tocas para os coelhos...


E não foram só eles que se divertiram. Para nós também foi muito agradável, ou seja, um passatempo que se pode vir a tornar frutífero para pequenos e graúdos.
A repetir.

Patrícia

5.9.09

Planos

Antes de mais o que é planear? É preparar uma série de acções que nos levarão a um predeterminado objectivo.

Ter planos de vida sempre foi algo que me fez alguma confusão. Acho que sobretudo porque a noção de se pretender saber o que se vai querer a médio/longo prazo contradiz, em si, toda a essência de dinâmica, de devir, que a vida representa. Depois acredito que a vida é, felizmente, bastante mais rica do que a nossa imaginação. Finalmente, os planos nunca correm exactamente como queríamos pelo que novamente estou em crer que o esforço que se coloca no absoluto e detalhado plano é, no minimo, inglório.

Ou então, ainda mais simples, nunca planeei a minha vida por provavelmente nunca saber bem o que queria (pese embora sempre soubesse com clareza o que não queria). Confesso que as pessoas que me diziam o seu sonho ser X e contarem atingi-lo na idade de Y ou daí a N anos, sempre me intrigaram. E há-as, que conheço exemplos delas.

Mas atenção que não sou de todo o protótipo do não ter planos e go with the flow. Tenho programas e planos (e controlo-os da(s) forma(s) que posso) mas não são ”de vida” e são de curto prazo, que são duas enormes diferenças. Aliás, eu não sou eu sem o meu calendário familiar, a minha to do list e todas as outras listas de todo o género!

Como já dizia o filosofo, nada em excesso. Por vezes é bom tê-los (os planos, apesar de os excessos também). Há também quem defenda o sloggan you don't need a plan, you need skills and a problem, que faz algum sentido.

Esta conversa toda para justificar os planos (de curto prazo) que ultimamente temos vindo a fazer. O objectivo sendo sentirmo-nos bem com a nossa vida e tirarmos proveito do facto de estarmos onde e como estamos. As acções são as próprias etapas ou datas.

Talvez isto seja próprio da fase de regresso e recomeço em que estamos. Ou talvez seja um sinal de mudança. Serão afinal só os burros não mudam? A ver vamos.

Patrícia

4.9.09

Primeiro dia de escola - 2009/2010

Quase dois meses de férias esteve o Campeão em Portugal. A Minúscula (que na realidade não honra de todo esta alcunha) esteve em Portugal 5 semanas.

Um parentesis a este post que na realidade é muito mais que um parentesis – MUITO OBRIGADA AOS NOSSOS PAIS – que enquanto avós mais uma vez tornaram memoráveis estas férias para os nossos tesouros. Cada um à sua maneira mas todos contribuindo para que as recordações sejam um enorme sucesso. E são estes momentos que fazem a nossa identidade e que ficam para sempre, sem que, aconteça o que acontecer, nos possam tirar. Nada melhor que momentos felizes em vez de prendas e prendinhas, quero dizer…

Os pequenos vieram, naturalmente, desformatados das férias. Mas, mais pega menos pega, tudo está a ir por onde deve.

Chegamos ao que na realidade quero contar. Dois dias de after school. Um dia da mamã. E o primeiro dia de escola!

Esteve um dia de inverno absolutamente horripilante. Mas não há chuva que os abale: saíram alegres, confiantes e contentes.

Para o Campeão foi o reencontro, sempre muito entusiasta, com os colegas e amigos. Imediatamente se pôs a brincar com este(a) e aquele(a), da sua idade e sexo, mais velho, mais novo. Pouco lhe importa. É, em estado puro, um animal social.

A Minúscula uma nova escola! Surpreendentemente, lá ficou com os seus novos professores (uma fala-lhe em inglês outra em francês) e com os seus novos colegas. Parece-me que é a única na situação de não saber nenhuma das línguas ali faladas. E, no entanto, honrosamente fez parte da minoria que não cedeu chorando com a separação dos pais.

Um luxo.

Patrícia