28.12.09

Aventuras das férias de Natal

Tem sido umas quantas entre a agitações das compras e das visitas a tanta gente!

Começou na própria sexta-feira em que viémos. O Grandalhão tinha ido em trabalho para Paris na quarta-feira com regresso marcado para a sexta-feira às 14h. O nosso vôo, de Amsterdão para Lisboa, partia às 19h. A mala ficou na quinta-feira ainda por acabar porque havia mais do que tempo. Ora, este início de inverno tem sido rigoroso por toda a Europa e a torre Eiffel estava coberta de branco. Por isso os vôos andavam cancelados, atrasados. Recebi uma chamada a dizer que as indicações do vôo para Amsterdão tinha desaparecido do ecrã do aeroporto. Faltava acabar as malas, descê-las (uma delas com 30 kgs) por escadas do 3 andar, apanhar os meninos do after school, apanhar um táxi para o aeroporto para a fila do check-in, depois a do controlo, e esperar que o Grandalhão chegasse a tempo para o embarque. Tudo fizémos e o Grandalhão aterrou de Paris às 18h, directo para Lisboa.

Foi também uma aventura a ida ao ballet. Tinha prometido à minha sobrinha, agora com 6 anos, levá-la ao ballet. Pensávamos que o espectáculo era à tarde mas quando vimos os bilhetes era à noite. Muito mais encantador mas também mais complicado com 3 pequenotes com idades compreendidas entre os 3 anos e meio e os 7. Lá fomos numa noite de tempestade, ver a Giselle. Acharam graça à orquestra e impacientes esperavam que as enormes e pesadas cortinas vermelhas abrissem. Quando o espectáculo começou ficaram de boca aberta, encantados a ver os movimentos, as luzes, a coreografia. Acompanharam com entusiasmo a primeira parte, espantados por ser uma história dançada. A homenageada estava fascinada. Pouco depois do intervalo, o Campeão adormeceu e logo de seguida a Miminha comecou a dizer que queria ir para casa. Seguiu-se, provavelmente por contágio, a prima que também se começou a anichar em mim. Era altura de partir.

A terceira aventura de que me lembro foi a do dia Natal. Fomos passá-lo à “casa nova” dos meus pais, no concelho de Torres Vedras. Ora, também fruto de uma tempestade os postes de electricidade foram cortados e não havia electricidade na casa. Foi um Natal muito charmoso (tirando a desmesura de prendas), com todos de volta da lareira, da mesa a jogar cartas, com a criançada a fazer jogos para se entreterem, iluminados para o jantar com nada mais do que a luz de velas. Não houve televisão. Não havia aparelhagem. Na casa nova, um Natal à antiga de absoluto convívio.

Quarta aventura destas férias - da qual ainda não sabemos o desfecho e novamente causada pelo mau tempo - devíamos estar no Funchal para a passagem de ano. Devíamos ter apanhado o vôo às 19.05h. Devíamos mas por más condições climatéricas o vôo foi atrasado e depois cancelado. Duas horas de fila no aeroporto (depois do check-in, depois do controlo, depois da espera, e da nova fase da espera já com o avião em atraso). Um autocarro para um hotel em Lisboa. Um quarto de hotel para os quatro. Agora na cama do hotel espero que amanhã o tempo melhore para não nos estragar o fim do ano.

Patrícia

16.12.09

Jantar de Natal da escola

Ainda hoje, houve outra festa. A escola resolveu organisar um jantar de Natal. Assim cada menino/a foi convidado a participar sendo pedido que vestissem a rigor e trouxessem, claro está, uma contribuição para o jantar.

O Campeão, aquando perguntado pela professora o que queria trazer disse pizza. E assim foi que não quizemos ser desmancha prazeres...
A Miminha, ajudou-me a fazer e levou para a sobremesa um cheiroso (a baunilha e canela) arroz doce, decorado para a época como é bom de ver. Foi uma correria que só visto mas tudo correu bem. As salas de aula de ambos estavam muito acolhedoras à luz de velas, com decorações feitas pelos pequenotes e tudo muito excitado com a ocasião. Depois de jantar ainda foram dançar ao ginásio...

E assim foi, exaustos e felizes ferraram no sono.

Patrícia

Miss Charm

Hoje foi dia de ballet para a Miminha. Como todas as quartas-feiras. Normalmente entra a Miminha e eu fico com o Campeão na sala de espera. Hoje, porém, foi uma aula aberta e vim absolutamente deliciada.

Ela é mesmo a Miss Charm. E não é só comentário de mãe (muito) babada, ora vejam.





Devido mérito seja dado às professoras que conduzem a aula com muita imaginação, expressividade e ritmo. No ballet todavia, sem graciosidade, nada a fazer. A Miminha esteve espectacular (ou é enviesamento meu?)!

Patrícia

9.12.09

Responsabilidade social

O título é muito abrangente, bem sei. Neste caso, refiro-me à preocupação que todos cá em casa temos com o problema da poluição, a falta de água e comida, as alterações climáticas que se veem verificando em todos os cantos do nosso mundo.

Em casa todos temos essa preocupação, e tentamos ser conscientes no tempo dos duches, em fechar sempre a torneira enquanto esfregamos as mãos ou os dentes, em produzir pouco lixo (nos EUA 45% da comida preparada não é consumida e vai para o lixo - a Europa está nos 25%) e separá-lo, diminuir o consumo de energia, usar o carro conscientemente (o Grandalhão nem quer carro e tem-me tentado converter à idea do greenwheels), entre outros.

Na escola, naturalmente, abordam também parte destas questões e os pequenotes andam alerta para elas. Assim, esta manhã, lá fomos comprar os produtos de limpeza da casa (roupa, loiça etc) que “não poluam mais os nossos rios e oceanos” e sejam biodegradáveis. Não devia fazer publicidade, bem sei, mas a bem da responsabilidade social, fá-lo-ei: usamos produtos da ECOVER – para quem quizer espreitar o site www.ecover.com.

E eis que assim contribuimos para o bem do nosso planeta.

Patrícia

8.12.09

Sensibilidades

Continua o debate em torno do comportamento da Catarina de manhã. Por razões por vezes insondáveis, continua a lidar mal com a chegada à escola. Isto ao fim de 3 meses e depois de já ter dado mostras de integração a vários níveis.

Já no infantário era igual, também lá alternava períodos de tranquilidade com outros de rejeição sumária. Ao fim de algum tempo conseguimos detectar um padrão: se, ao chegar de manhã, estivesse lá uma das professoras preferidas, ficava serena e até feliz; caso contrário começava numa choraminguice pegada.

No liceu o caso parece ser muito semelhante. Ela tem 2 professores diferentes: um homem (que é também o director da escola) que dá as lições em Francês e uma mulher que as dá em Inglês. Às Segundas e Terças, dias do professor, fica sempre tristonha; às Quintas e Sextas, dias da professora dos cabelos compridos, fica bem.

É claro que sabemos que a coisa passa pouco depois de sairmos. Mas também temos consciência que não fica bem, apenas se acomoda por não ter outra hipótese. Sim, é verdade, é o que fazemos todos, mas claramente há alguns que se dão melhor com isso. Basta ver o filhote, que todos os dias parte disparado para a escola quase se esquecendo de se despedir de nós.

E hoje custou-me ficar a vê-la, depois de se despedir de mim à janela, virar-se para a sala e não saber para onde ir. Acabou por se sentar num banquinho, à espera de algo. Possivelmente do final do dia.

Nuno

6.12.09

Nome escrito pela própria

e sem modelo para copiar, aos 3 anos e oito meses.

Patrícia

2.12.09

Warszawa

Domingo e segunda passados estive em Varsóvia em trabalho.

Fiquei impressionada com a modernidade do aeroporto e a hospitalidade dos habitantes (nao esquecer que a Polónia só faz parte da UE desde 2004). Mas mais do que tudo, fiquei agarrada à demografia (38,7 milhoes de habitantes), geografia (montanhas, lago, mar, florestas inexploradas) e história do país. A Polónia está no centro da Europa e faz fronteira com 7 países: Russia, Lituânia, Belarus, Ucrânia, Eslováquia, Republica Checa e Alemanha - e ainda tem uma fronteira marítima para o mar Báltico. Historicamente, as fronteiras têm mudado com bastante frequência, sobretudo fruto da situação geográfica e do enclave Alemanha/Russia que temtrazido ao país vários conflitos.

Sobre Portugal, discute-se á boca cheia sobre a periferia do país em relação à Europa. Pois bem, estejamos gratos por nunca ter sido invadidos, arrasados, humilhados e nunca as nossas cidades terem sido devastadas em 85% (como a cidade de Varsóvia foi durante a segunda guerra mundial).

Varsóvia renasceu das cinzas da segunda guerra mundial. Os Polacos decidiram recontruir a cidade (ao invés de transferirem a capital para uma cidade que tenha ficado menos afectada pela guerra) para demonstrarem a sua invenciabilidade "podem-nos arrasar mas voltaremos a renascer". Achei bonito o empenho e hospitalidade daquele povo. O orgulho equilibrado na sua história e o esforço que todos estão a colocar nos futuro do seu país e povo.

Será certamente um local a voltar com tempo para explorar.

Patrícia

Saint Nicolas

Dia 5 de Dezembro, no próximo sábado, parte o dito santo e os seus ajudantes. Esse é o dia da grande festa de família na Holanda.

Entretanto tem havido celebrações por todo o lado e, no liceu, resolveram fazer a festa hoje. As preparações já haviam começado na sala de aula, cada classe trabalhando o tema com canções e trabalhos manuais - dos quais os chapéus com que hoje vinham na cabeça, divertidissimos, é mais um exemplo.

Tambem ficam os registos fotograficos da passagem do Saint Nicolas na escola.


Haja festa - para nos fazer esquecer do frio que está lá fora.

Patrícia

À beira da extinção

Antes que este blog morra por falta de participação minha, resolvi dedicar 5 minutos do meu dia a esta causa.

E o que tenho eu para contar hoje? Que tal falar sobre os desportos do campeão?

Como é sabido por quem acompanha os nossos posts, o nosso Diogo agora joga futebol aos Domingos numa escola a sério. Tem evoluído imenso, e quem teve hipótese de o ver no início ficaria surpreendido se o revisse agora. De todos os miúdos, é claramente aquele que progrediu mais. Tal não significa que seja o melhor do grupo mas ninguém se atreveria a pedir-lhe ou esperar tal coisa.

Estamos pois imensamente orgulhosos do nosso filhote (para não variar...). Como de costume, aventurou-se num mundo difícil, entrou de cabeça erguida quando vários outros recuaram e triunfou.

Mas quando pensamos que a coisa ainda agora começou, eis que nos surpreende ao olhar já para substitutos. Primeiro foi o karate, agora o râguebi: cada vez que ouve falar de outro desporto vagamente interessante, quer largar o futebol e lançar-se de cabeça na novidade.

Sei que estou sempre a desenhar semelhanças, talvez disparatadas, mas até nisto se parece comigo. Embora ele comece mais novo. Vai ser o nosso grande desafio com o Diogo: ensinar-lhe perseverança, explicar-lhe que tem primeiro que acabar o que começou.

Porque, e como sempre disse em relação a ele, só não consegue aquilo que não quiser ou que se desinteressar.

Nuno

28.11.09

Começaram os preparativos para o Natal de 2009

Cheira intensamente a pinho em nossa casa. Entregaram-nos hoje o encomendado pinheiro de Natal. Foi dia de tirar as decorações da caixa e pôr mãos à obra, desta vez contando com a ajuda dos meus sogros.

Em NY comprei uns penduricalhos dos Simpsons já a pensar neste dia. O Campeão dizia que cada membro da família era representado pelos Simpson (so no papel que tem na familia que temos muito pouco da familia americana...) e que cada um teria a tarefa de colocar o seu na árvore.

E assim foi. Ao som de música de Natal decorámos a nossa árvore.

A Miminha colocou a Lisa, o Campeão o Bart, o Grandalhão o Homer, eu coloquei a Marge e, como não há terceiro filho, para evitar guerras, a sogrinha colocou a Maggie.

É sempre um momento mágico. E um crescendo que culmina na véspera de Natal.

O resultado palpita agora na nossa sala

Eis o Natal entrado pela porta de nossa casa. Boas festas!

Patrícia

25.11.09

Técnica para conquistar o mundo

Soubessem

- Alexandre o Grande

- Júlio Cesar

- Napoleão Bonaparte

- Adolf Hitler

- entre tantos outros conquistadores que poderia listar

desta suave técnica de conquistar o mundo, e a nossa história seria bem mais suave.

Be aware!

Patrícia

22.11.09

Patinar no gelo

O Campeão foi convidado para celebrar os 7 anos da Lola numa pista de patinagem ao ar livre.

Tinham uma monitora para lhes ensinar os básicos e depois era uma questão de prática.

Assisti a montes de desequilíbrios

E alguns espalhanços

Depois de tanto treino e frio, cantaram os parabens e beberam um belo chocolate quente.

Mais uma festa original com momentos de diversão pura.

Patrícia

21.11.09

Os Swarte Piet estão em assalto

Domingo passado o Sinterklass e os seus ajudantes Swarte Piet chegaram à Holanda. Fomos ver a sua chegada à Dam.

Assaltam as casas para distribuirem presentes e são muitos:

Na Dam, encerrada ao transito, todos acenam e cantam
"Dag Sinterklaasje dag dag
Dag dag Zwarte Piet
Dag Sinterklaasje dag dag
Luister naar ons afscheidslied
",
e a Catarina não perde o mote:



Distribuem pequenos bolinhos - os pepernoten - que o Diogo recebeu satisfeito

Com esta encenação toda até eu acredito que ele anda aí!

Desde a sua chegada os pequenotes têm recebido, volta e meia, pequenos mimos no saco da chaminé, por bom comportamento.

Sempre em festa até à passagem de ano!

Patrícia

Budapeste

Esta semana fui em trabalho a Budapeste.

Na correria de sempre e que já aconteceu este ano com Paris, Estugarda e Dortmund: ir de madrugada para o aeroporto de Schipol (desta vez ainda estava a tentar aceder ao lugar marcado no bilhete de avião e o avião começa a andar com a hospedeira a dizer-me "sente-se onde houver lugar"), chegar ao destino, apanhar um táxi directamente para o escritório onde me vou reunir com alguém, almoçar em reunião (mesmo ao estilo holandês), apanhar de novo um táxi para o aeroporto internacional do sitio, em stress para não perder o avião e, regressar ao fim do próprio dia.

Vejo das cidades (quando os escritórios não são em parques de escritórios) o ambiente pela janela do táxi. De Budapeste trouxe a imagem dos eléctricos antigos como os de Lisboa e dos autocarros também movidos a electricidade. Construção diferente da holandesa e mais próxima da portuguesa nos materiais utilizados (até vi um placard da Mota Engil). E chego a casa, destruída.

Entre reuniões, conferecence calls, deadlines de entrega de trabalhos, visitas de colegas/clientes de outros locais e necessidade de os acompanhar, muita logística, coordenação e ginástica tem sido precisas nos últimos tempos. Faz-me lembrar de que quando estava em Portugal e via que me ía atrasar, telefonava para o Nuno e se também ele estivesse atrasado, para a minha mãe ou sogra a pedir que ficassem com os pequenotes para a Narcisa poder sair a horas. E entre elas e a Narcisa, havia sempre quem assegurasse. Fácil, fácil.

Patrícia

13.11.09

A fabulosa mente humana

Li há uns tempos (e estou convencido que falei sobre isso neste blog) que a mente humana só aceita uma qualquer situaçao quando esta se torna inevitável. O cúmulo do pragmatismo e um resumo perfeito do ser humano.

Usámos este dado científico como elemento decisório na compra da nossa casa em Amesterdao e a verdade é que funcionou exactamente como previsto: a casa vem funcionando como âncora e ajudando-me a criar raízes nesta cidade que agora já vejo como minha.

Qual nao foi o meu espanto quando um colega sul-africano me confidenciou anteontem que o mesmo lhe aconteceu com a sua casa. Isto porque partilhei esta descoberta com ele quando comprámos a nossa, alguns meses depois foi a vez dele avançar e desde aí vem vivendo precisamente o mesmo processo: de 'estou cá por 5 anos ' passou para 'nao faço ideia de quanto tempo ficarei por cá'.

Uma (neste caso duas) andorinha nao fazem a Primavera mas os nossos casos parecem confirmar a ciência.

Nuno

Gente zangada

Talvez por ter estado apenas de passagem, desta vez vi em Lisboa algo que me tem escapado: gente zangada. Muita gente zangada. Em poucas horas assisti a 3 pessoas aos berros ao telefone em plena rua.

Mas esquecendo os exemplos casuais, angustia-me a regra. Olhos no chao, queixa pronta, azedume irreparável. Diz o povo que em casa onde nao há pao todos ralham e ninguém tem razao. Pois, assim se está por norma agora.

Nuno

De fugida

Mais uma breve passagem por Lisboa em trabalho. Pouco mais de 24 horas entre aterragem e descolagem mas tempo suficiente para ver a família, jantar no Fogo de Chao, gozar a temperatura amena em passeio nocturno, tomar o galao ao ritmo das reportagens do i, despachar as reunioes pela manha e almoçar divinalmente na Casa Gallega.

A isto chamo eu nos tempos que correm a passagem ideal por Lisboa. Para completar o ramalhete faltaria apenas uma paragem no Bairro e/ou no Lux mas desta vez faltou-me a energia. Fica para o Natal, que está aí mesmo a porta.

Nuno

11.11.09

Sint Maarten

11 de Novembro, dia de São Martinho. Em Portugal, nesta data, comem-se castanhas e bebe-se água pé (ou pelo menos assim era no meu tempo, ou melhor, antes da ASAE...).

Na Holanda, celebra-se o Sint Marteen de forma totalmente diferente.

Uns dias antes as crianças começam a preparar os seus lampiões na escola. Os nossos pequenotes fizeram os seus no after school e, o Campeão, também na escola.

O da Miminha:

O do Campeão (da escola):

Dentro destas obras põem-se pequenas lanternas (como a Miminha destruíu a dela, segui o conselho do amigo Pedro e, usei a luz de presença para bicicleta no dela) e, claro que toda a açcão se desenrola ao cair da noite, quando escurece.

Este ano a escola não organizou nada e, assim, juntámo-nos a uns amigos em Amstelveen.

Juntado o grupinho lá foram os meninos empunhando numa mão o lampião e na outra um saco, de porta em porta, a cantar as canções do Sint Maarten.

As pessoas estão em casa preparadas e, quando lhes tocam à campaínha a tradição é serem brindadas com as canções e darem doces (mais comum nos dias que correm) e bolos caseiros secos ou fruta (antigamente).




O bairro onde fomos, por ter muitas crianças, tinha um ambiente muito engraçado. Assim, para além de se colectarem imensos doces (como agora fazer desaparecer parte daquele açucar?) ainda teve uma banda local que percorreu cerca de 30 minutos as ruas (claro que à holandesa, com a polícia a parar o trânsito) e uma longa comitiva de miúdos e seus pais a segui-la.




E finalmente, para não pensarem que estou a exagerar, aqui fica uma imagem dos despojos da guerra

fartaram-se de cantar, divertiram-se bastante e estão agora no sono dos justos provavelmente a sonhar com o banquete de gomas, chocolates, e sei lá que mais!

E assim se abre a época das festividades de Inverno: segue-se o Sinterklass e o Natal.

Patrícia

8.11.09

Foto da equipa

Mais um treino de futebol sob um sol radiante mas desta feita em calções e a uma temperatura de (nem mais nem menos) 3 graus centigrados.
Até doi. Mas ele (e os outros bravos) divertiu-se e marcou bons golos.

Patrícia

Finalmente tem cabelo para rabo de cavalo!



Ainda assim só com a ajuda de 4 ganchos... Lá chegaremos porque cabelo comprido é algo que a Miminha realmente aprecia.

Patrícia

31.10.09

Job hopping

Mudanças frequentes de emprego fazem manter a curva de aprendizagem elevada e os desafios sempre frescos. Claro que as empresas, em especial os recursos humanos, não gostam desta característica de algumas pessoas, mesmo porque muitas vezes procuram pessoas que nao sejam ambiciosas (em sentido lato e não apenas financeiro) que venham propor mudança ou desestabilizar os processos.

Porque conhecido pelo teu job hopping e por saber quanto alguns dias te custam, importa notar que estás há precisamente dois anos na mesma empresa.

Diria que é tempo de pensar em mudar, não vás perder estatuto que ao longo dos anos tens construído.

Patrícia

Cahier de liaison - Miminha

No caderno de ligação entre escola e pais colocam-se desenhos, canções, imagens feitas na escola e, durante as férias, os pais fazem com os filhos algo para depois ser compartilhado na sala de aula.
Nas férias de Toussaint esta foi a produção da Miminha.



Patrícia

Brincar com abóboras

Hoje é noite de halloween. Nunca o celebrámos (ou temos intenção de o passar a celebrar) mas uma vez que tínhamos que comprar abóbora para a sopa, decidimos brincar um bocadinho com ela. Não se julgue que é pêra doce tirar o interior sem danificar o exterior – não fosse a contribuição do Grandalhão e a sopa ficava com muito pouca abóbora… Mas lá terminámos o que nos propusémos e ficou engraçado.

A nossa produção sob o efeito das velas:

Os pequenotes a explorar o interior:

Foi giro! E a vela ainda arde.

Patrícia

Em fato de surf

para não passar frio nas suas actividades aquáticas.

Começa com aquecimento:

Depois treina os movimentos na água e os mergulhos:

Como a Miminha fica tão querida encharcada!

Patrícia

30.10.09

Lisboa

Reproduzo aqui a minha intervenção numa discussão sobre Lisboa no Linkedin.

"Devo discordar do pressuposto de que Roma e Helsínquia são menos periféricos.

Roma é a capital de um país de 60 milhões de habitantes (mais do que o total da Península Ibérica e mais do que a França) cuja economia, embora estagnada há várias décadas, gera suficiente riqueza para justificar a inserção do país nos grupos das economias mais desenvolvidas do mundo. Ainda assim, Milão acaba frequentemente por atrair mais atenção do que Roma, justamente pelo seu posicionamento geográfico (perto de Alemanha, França, Suíça e Áustria) e estratégico – na mente das pessoas é a capital da moda e do design;

Quanto a Helsínquia (na verdade à Finlândia como um todo), é tão ‘vítima’ da perspectiva regional quanto Portugal – vista de fora, a Escandinávia é uma região homogénea com idiossincracias genericamente irrelevantes. A diferença está na capacidade da Finlândia em descobrir nichos: incapaz de competir directamente com as grandes cidades, tem sabido concentrar-se em capacidades distintivas transmitidas com consistência.

Lisboa está fisicamente distante do centro da Europa e sem dúvida a sombra de Madrid e Barcelona é muito forte. Mas não creio que isso justifique o afastamento pois tenho verificado que o país e a cidade são largamente conhecidos. Nos dias que correm a geografia já dificilmente constitui um desafio. O que me parece faltar a Lisboa é uma estratégia de marca, uma imagem coerente, uma mensagem.

O que é Lisboa? Um pouco de tudo, sendo que nada passa para fora. As pessoas vão a Lisboa e, quando regressam, vêm comentar que ficaram surpreendidas com as coisas mais banais. Algumas por evidente falta de cultura mas muitas outras, cidadãs do mundo, porque a mensagem simplesmente não lhes tinha chegado.

Talvez se pararmos de tentar imitar os outros - só nos anos mais recentes tentámos imitar a Irlanda, a Espanha e a Finlândia - e nos concentrarmos nas nossas capacidades distintivas, podemos desenvolver uma imagem consistente da cidade que sirva para a vender ao resto do mundo."

Nuno

29.10.09

Línguas

Importa nesta fase registar a evolução linguística dos pequenotes. Enquanto o campeão prossegue a sua caminhada para o domínio da quarta lingua, a minúscula debate-se com duas novas em simultâneo. Daquilo que nos é dado perceber, deixo em baixo um resumo do progresso de cada um:

DIOGO

Português – com domínio já assegurado quando chegámos à Holanda no princípio de 2007, não mais voltou a ter qualquer apoio formal e toda a sua aprendizagem tem sido feita por via oral (connosco e com a família e amigos aquando das visitas a Portugal) e através dos livros e filmes que trazemos ou lhe enviam de Portugal;

Francês – foi integrado no ensino francês aos 4 anos e meio sem qualquer preparação; entrou a meio do ano escolar para uma turma dominada por nativos ou semi-nativos; começou por utilizar a linguagem gestual para se fazer entender mas ao fim de em 2/3 meses já compreendia o suficiente para se integrar; em 8 meses já se expressava fluentemente; a partir daí tornou-se consistentemente um dos melhores da turma, apesar de nunca ouvir francês em casa;

Holandês – poucos meses depois de começar as aulas no liceu foi integrado no naschool holandês; teve de início o apoio de um colega francês, que lhe suavizou o embate, mas em relativamente pouco tempo já percebia o suficiente para se integrar; quando o colega partiu foi forçado a integrar-se mais com as restantes crianças e o domínio da língua aumentou drasticamente num curto espaço de tempo; hoje exprime-se com fluência e total conforto;

Inglês – a única exposição dá-se no liceu, durante as curtas aulas dedicadas a esta língua e no convívio com os amigos anglófonos; aos poucos o vocabulário tem enriquecido e a sua compreensão tem dados saltos significativos, embora ainda bem distante de qualquer das outras.


CATARINA

Português – quando veio para a Holanda ainda não sabia falar; a sua aprendizagem foi essencialmente feita através da comunicação connosco e com a Narcisa, complementada pela interacção com os familiares e amigos aquando das nossas idas a Portugal e as suas vindas cá; ainda assim é fluente desde muito cedo, tendo adquirido vocabulário suficiente para se expressar com conforto por volta dos 2 anos e meio;

Holandês – foi integrada no infantário holandês com um ano; aprendeu portanto a língua em simultâneo com o português e evoluíu depressa; todo o feedback que recebemos das educadoras foi sempre positivo, tendo também nesta língua adquirido rapidamente uma descontracção atípica para a idade (isto comparando com as crianças nativas, expostas apenas a uma língua); neste momento continua a demonstrar total conforto, embora o vocabulário seja limitado pela idade e pela quantidade restrita de ambientes a que tem sido sujeita;

Francês e Inglês – aqui englobo as duas no mesmo parágrafo pois a evolução é em paralelo e não estamos bem conscientes do seu nível nesta fase; parece estar mais confortável com o inglês, mas isso pode dever-se apenas ao facto de gostar mais da professora respectiva; foi convocada para as aulas de acompanhamento em francês mas não para as de inglês; sem qualquer fundamento ocorre-me que tal possa dever-se ao facto do inglês ser mais parecido com o holandês.

Nuno

24.10.09

As novas aquisições da minha joie de vivre

Para captar a sua visão do mundo:


Ainda no caixote (vejam como está contente a desembrulhá-lo), o computador que servirá para tratar e divulgar as imagens captadas com o "bicho"de cima:


Que te divirtas muito com ambos!!

Patrícia