20.2.16
17.2.16
Aplauso
Ontem
a nossa Kaki veio com mais uma história para casa.
Tinha
de fazer um texto, na sala de aula, para o título “Les invités inattendus”.
Todos os meninos o fizeram e entregaram à professora. Conta ela que, quando a
professora estava a rever o seu texto (enquanto alguns dos colegas ainda acabavam o seu), sorriu e disse, “oiçam a história da Catarina, aqui está um texto que está
ao nível do que eu espero de um CM2”.
Diz a Kaki que ficou com o coração a
bater e as palmas das mãos a transpirar, pensando que era ironia da professora.
A
professora leu e, no final disse, “elle mérite un aplaudissement, non?”. Todos
aplaudiram e lhe disseram quando estavam a sair da escola que o texto estava
muito bom.
Patrícia
14.2.16
Japanese High Tea
Ontem, a Kaki e eu fizémos uma experiência nova: o Japanese
High Tea com a nossa amiga, já de alguns anos cá pelos países baixos, Azumi.
Não foi a cerimónia de chá tradicional do Japão - a Azumi adapta-a
ao mundo ocidental. Por exemplo, não tomamos chá sentadas no chão mas numa
mesa.
Tudo estava muito elegante, harmonioso e foi um momento de
aprendizagem, do despertar dos cinco sentidos, e um momento de qualidade com a
minha Kaki, numa experiência mãe e filha.
O grupo, enquadrado num magnifico biombo do século XVIII:
A elegancia da mesa:As entradas - uma espécie de sandes de arroz, salmão e pera abacate.
Bolo de matcha e bolo de feijão
A sensacão de vestir um kimono.
Os bombons de chá verde
A preparacão do chá "matcha"
A partilha da taca e o lacoGostei muito. Não se pode repetir porque e irrepetivel . Mas queremos voltar.
Patrícia
12.2.16
A magia do chá
Fascinam-me os rituais e protocolos à volta do chá.
No ritual de chá japonês (sobre o qual vou amanhã aprender mais
com a Kaki), a taça representa a paz e tranquilidade que o anfitrião quer
oferecer ao seu hóspede.
Numa pesquisa, aprendi que o chá é a bebida que vem da planta
Camellia sinensis, em mandarim escrito – e também japonês – representato pelo
ideograma:
茶
Este ideograma é lido em mandarim e em japonês como “tchá”. E
foi incorporado para o português, com um som imitado ao da sua origem: chá.
Aprendi que o chá (a tal bebida da planta referida) pode ser de
diversos tipos (e diferentes aromas): chá verde ou chá preto, e que pode também
ser originário de diferentes regiões e por isso chamar-se chá Darjeeling, chá
nilgiri (nomes de regiões da ĺndia). E que normalmente quando se adiciona o “de”
à frente do chá, já não se trata verddeiramente de chá, mas de uma infusão
herbal ou de fruta, chá de camomila, chá de erva cidreira, chá de
limão…
Para os jaoneses que tem uma longa tradição e complexo ritual e
simbologia sobre o chá, o chá é simbolo de educação, cortesia e hospitalidade.
Pelo meu aniversário recebi esta lindissima taça japonesa, na qual estão desenhadas camélias, “tsubaki” em japonês. Camélia é a planta do chá e simboliza o divino (por isso usada muitas vezes em rituais religiosos ou sagrados) e o início da primavera.
Estreei hoje. Adoro os momentos de chá – a sós ou em boa companhia – são sempre mágicos.
Patrícia
Ted de novo em nossa casa
Já fazia uns anos que o Ted não vinha à Europa. A última vez veio com a mulher grávida da filha que agora tem 4 anos e jantaram em nossa casa. Há aliás alegres recordações dessa noite, mais especificamente da nossa desastrosa escolha culinária: enormes camarões grelhados `à moda do meu pai´ para um convidado de honra que detesta marisco.
Desta vez fomos mias conservadores e apostámos - melhor dito, apostou a Patrícia - num delicioso arroz de pato que teve direito a rasgados elogios. Para além da comida, foi bom ter cá em casa um grupo com muita história. Colegas e amigos de (relativamente) longa data num mundo em que as relações tipicamente se perdem por pouco mais do que uma mudança de emprego.
Ficam algumas fotos para a posteridade, incluindo uma com a cara inchada por causa da operação ao dente que tinha feito na véspera.
Nuno
Desta vez fomos mias conservadores e apostámos - melhor dito, apostou a Patrícia - num delicioso arroz de pato que teve direito a rasgados elogios. Para além da comida, foi bom ter cá em casa um grupo com muita história. Colegas e amigos de (relativamente) longa data num mundo em que as relações tipicamente se perdem por pouco mais do que uma mudança de emprego.
Ficam algumas fotos para a posteridade, incluindo uma com a cara inchada por causa da operação ao dente que tinha feito na véspera.
Nuno
9.2.16
Di - segundo siso
E ontem foi dia de mais uma remoção de siso. Os de baixo ficaram
tirados. Esperemos que o juízo, se
mantenha.
O Di é um rapagão
e pêras. Foi sozinho para o massacre – eu e o pai ficámos na sala de espera do
hospital. Veio com ar de que se passou algo mas “há que aguentar” e não se
queixa.
Não são as melhores férias querido, mas acreditemos que te alivia
de problemas futuros, como os RX confirmavam.
Patrícia
8.2.16
41 voltas ao sol
Ontem completei 41 voltas ao Sol. E foi um dia muito, muito
bom.
Começou com uma emocionante dedicatória do meu mano.
Logo pela manhãzinha rever bons momentos, pessoas e lugares
que cruzei algures ao longo dessas voltas ao sol. Emocionei-me, claro. Mas,
sobretudo, porque entendo tão bem as poucas palavras do vídeo e tenho tantas,
tantas saudades de ter o meu mano por perto. Acho que posso dizer que é quem
mais falta me faz aqui ao longe. Os pais tambem, claro. Mas o meu mano sempre
foi o meu mano.
Estava numa onda de festa e convidei, convidei, convidei.
Estivémos 41 (a contar com o gatinho) ontem cá em casa. Pessoas graúdas (erámos
25) e miúdas (foram 15). Pessoas de diferentes origens: Portugal, Escócia,
Holanda, EUA, Croácia, Japão, Suíça, França, Irelanda, Alemanha, Grécia,
Espanha, Vietname e Itália. Muitos dos
filhos, de raízes múltiplas. Alguns dos adultos, também.
Ainda pensei pedir a
cada pessoa que trouxesse uma pequena impressão num papel A4 da bandeira do seu
país de origem e pendurar numa corda na parede da sala, mas depois retraí-me.
A maior parte da comida foi feita em casa: empadas de
galinha; quiches de farinheira e atum; bolo de chocolate e laranja; torta de
laranja; bolo de iogurte e; como bolo de aniversário, brigadeiros. Ainda havia
fruta e legumes, pão & tostas, queijo & enchidos. O que fez sucesso foi
o chouriço assado, coisa exótica acharam, que o amigo Pedro fez o favor de
cozinhar.
E como bebidas: chá (algumas pessoas gostaram da solução máquina
de chá, outras adoraram o chá verde com dois botões de rosa); água; sumos;
cerveja e vinhos.
Foi casa cheia.
Só possível com muita ajuda de todos cá em casa. E tudo
participou e tomou responsabilidade da sua tarefa geral - receber bem – e particular
– fosse abrir a porta, receber e guardar e depois devolver os casacos, garantir
que as pessoas estavam integradas e servidas.
Recebi imensas prendas, de cá e de Portugal. Muitas flores, mensagens
e mimo.
Esgotante para todos nós mas eu gostei imenso.
Patrícia
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