Tem sido umas quantas entre a agitações das compras e das visitas a tanta gente!
Começou na própria sexta-feira em que viémos. O Grandalhão tinha ido em trabalho para Paris na quarta-feira com regresso marcado para a sexta-feira às 14h. O nosso vôo, de Amsterdão para Lisboa, partia às 19h. A mala ficou na quinta-feira ainda por acabar porque havia mais do que tempo. Ora, este início de inverno tem sido rigoroso por toda a Europa e a torre Eiffel estava coberta de branco. Por isso os vôos andavam cancelados, atrasados. Recebi uma chamada a dizer que as indicações do vôo para Amsterdão tinha desaparecido do ecrã do aeroporto. Faltava acabar as malas, descê-las (uma delas com 30 kgs) por escadas do 3 andar, apanhar os meninos do after school, apanhar um táxi para o aeroporto para a fila do check-in, depois a do controlo, e esperar que o Grandalhão chegasse a tempo para o embarque. Tudo fizémos e o Grandalhão aterrou de Paris às 18h, directo para Lisboa.
Foi também uma aventura a ida ao ballet. Tinha prometido à minha sobrinha, agora com 6 anos, levá-la ao ballet. Pensávamos que o espectáculo era à tarde mas quando vimos os bilhetes era à noite. Muito mais encantador mas também mais complicado com 3 pequenotes com idades compreendidas entre os 3 anos e meio e os 7. Lá fomos numa noite de tempestade, ver a Giselle. Acharam graça à orquestra e impacientes esperavam que as enormes e pesadas cortinas vermelhas abrissem. Quando o espectáculo começou ficaram de boca aberta, encantados a ver os movimentos, as luzes, a coreografia. Acompanharam com entusiasmo a primeira parte, espantados por ser uma história dançada. A homenageada estava fascinada. Pouco depois do intervalo, o Campeão adormeceu e logo de seguida a Miminha comecou a dizer que queria ir para casa. Seguiu-se, provavelmente por contágio, a prima que também se começou a anichar em mim. Era altura de partir.
A terceira aventura de que me lembro foi a do dia Natal. Fomos passá-lo à “casa nova” dos meus pais, no concelho de Torres Vedras. Ora, também fruto de uma tempestade os postes de electricidade foram cortados e não havia electricidade na casa. Foi um Natal muito charmoso (tirando a desmesura de prendas), com todos de volta da lareira, da mesa a jogar cartas, com a criançada a fazer jogos para se entreterem, iluminados para o jantar com nada mais do que a luz de velas. Não houve televisão. Não havia aparelhagem. Na casa nova, um Natal à antiga de absoluto convívio.
Quarta aventura destas férias - da qual ainda não sabemos o desfecho e novamente causada pelo mau tempo - devíamos estar no Funchal para a passagem de ano. Devíamos ter apanhado o vôo às 19.05h. Devíamos mas por más condições climatéricas o vôo foi atrasado e depois cancelado. Duas horas de fila no aeroporto (depois do check-in, depois do controlo, depois da espera, e da nova fase da espera já com o avião em atraso). Um autocarro para um hotel em Lisboa. Um quarto de hotel para os quatro. Agora na cama do hotel espero que amanhã o tempo melhore para não nos estragar o fim do ano.
Patrícia
16.12.09
Jantar de Natal da escola
Ainda hoje, houve outra festa. A escola resolveu organisar um jantar de Natal. Assim cada menino/a foi convidado a participar sendo pedido que vestissem a rigor e trouxessem, claro está, uma contribuição para o jantar.
O Campeão, aquando perguntado pela professora o que queria trazer disse pizza. E assim foi que não quizemos ser desmancha prazeres...
A Miminha, ajudou-me a fazer e levou para a sobremesa um cheiroso (a baunilha e canela) arroz doce, decorado para a época como é bom de ver. Foi uma correria que só visto mas tudo correu bem. As salas de aula de ambos estavam muito acolhedoras à luz de velas, com decorações feitas pelos pequenotes e tudo muito excitado com a ocasião. Depois de jantar ainda foram dançar ao ginásio...
E assim foi, exaustos e felizes ferraram no sono.
Patrícia
O Campeão, aquando perguntado pela professora o que queria trazer disse pizza. E assim foi que não quizemos ser desmancha prazeres...
A Miminha, ajudou-me a fazer e levou para a sobremesa um cheiroso (a baunilha e canela) arroz doce, decorado para a época como é bom de ver. Foi uma correria que só visto mas tudo correu bem. As salas de aula de ambos estavam muito acolhedoras à luz de velas, com decorações feitas pelos pequenotes e tudo muito excitado com a ocasião. Depois de jantar ainda foram dançar ao ginásio...
E assim foi, exaustos e felizes ferraram no sono.
Patrícia
Miss Charm
Hoje foi dia de ballet para a Miminha. Como todas as quartas-feiras. Normalmente entra a Miminha e eu fico com o Campeão na sala de espera. Hoje, porém, foi uma aula aberta e vim absolutamente deliciada.
Ela é mesmo a Miss Charm. E não é só comentário de mãe (muito) babada, ora vejam.
Devido mérito seja dado às professoras que conduzem a aula com muita imaginação, expressividade e ritmo. No ballet todavia, sem graciosidade, nada a fazer. A Miminha esteve espectacular (ou é enviesamento meu?)!
Patrícia
Ela é mesmo a Miss Charm. E não é só comentário de mãe (muito) babada, ora vejam.
Devido mérito seja dado às professoras que conduzem a aula com muita imaginação, expressividade e ritmo. No ballet todavia, sem graciosidade, nada a fazer. A Miminha esteve espectacular (ou é enviesamento meu?)!
Patrícia
9.12.09
Responsabilidade social
O título é muito abrangente, bem sei. Neste caso, refiro-me à preocupação que todos cá em casa temos com o problema da poluição, a falta de água e comida, as alterações climáticas que se veem verificando em todos os cantos do nosso mundo.
Em casa todos temos essa preocupação, e tentamos ser conscientes no tempo dos duches, em fechar sempre a torneira enquanto esfregamos as mãos ou os dentes, em produzir pouco lixo (nos EUA 45% da comida preparada não é consumida e vai para o lixo - a Europa está nos 25%) e separá-lo, diminuir o consumo de energia, usar o carro conscientemente (o Grandalhão nem quer carro e tem-me tentado converter à idea do greenwheels), entre outros.
Na escola, naturalmente, abordam também parte destas questões e os pequenotes andam alerta para elas. Assim, esta manhã, lá fomos comprar os produtos de limpeza da casa (roupa, loiça etc) que “não poluam mais os nossos rios e oceanos” e sejam biodegradáveis. Não devia fazer publicidade, bem sei, mas a bem da responsabilidade social, fá-lo-ei: usamos produtos da ECOVER – para quem quizer espreitar o site www.ecover.com.
E eis que assim contribuimos para o bem do nosso planeta.
Patrícia
Em casa todos temos essa preocupação, e tentamos ser conscientes no tempo dos duches, em fechar sempre a torneira enquanto esfregamos as mãos ou os dentes, em produzir pouco lixo (nos EUA 45% da comida preparada não é consumida e vai para o lixo - a Europa está nos 25%) e separá-lo, diminuir o consumo de energia, usar o carro conscientemente (o Grandalhão nem quer carro e tem-me tentado converter à idea do greenwheels), entre outros.
Na escola, naturalmente, abordam também parte destas questões e os pequenotes andam alerta para elas. Assim, esta manhã, lá fomos comprar os produtos de limpeza da casa (roupa, loiça etc) que “não poluam mais os nossos rios e oceanos” e sejam biodegradáveis. Não devia fazer publicidade, bem sei, mas a bem da responsabilidade social, fá-lo-ei: usamos produtos da ECOVER – para quem quizer espreitar o site www.ecover.com.
E eis que assim contribuimos para o bem do nosso planeta.
Patrícia
8.12.09
Sensibilidades
Continua o debate em torno do comportamento da Catarina de manhã. Por razões por vezes insondáveis, continua a lidar mal com a chegada à escola. Isto ao fim de 3 meses e depois de já ter dado mostras de integração a vários níveis.
Já no infantário era igual, também lá alternava períodos de tranquilidade com outros de rejeição sumária. Ao fim de algum tempo conseguimos detectar um padrão: se, ao chegar de manhã, estivesse lá uma das professoras preferidas, ficava serena e até feliz; caso contrário começava numa choraminguice pegada.
No liceu o caso parece ser muito semelhante. Ela tem 2 professores diferentes: um homem (que é também o director da escola) que dá as lições em Francês e uma mulher que as dá em Inglês. Às Segundas e Terças, dias do professor, fica sempre tristonha; às Quintas e Sextas, dias da professora dos cabelos compridos, fica bem.
É claro que sabemos que a coisa passa pouco depois de sairmos. Mas também temos consciência que não fica bem, apenas se acomoda por não ter outra hipótese. Sim, é verdade, é o que fazemos todos, mas claramente há alguns que se dão melhor com isso. Basta ver o filhote, que todos os dias parte disparado para a escola quase se esquecendo de se despedir de nós.
E hoje custou-me ficar a vê-la, depois de se despedir de mim à janela, virar-se para a sala e não saber para onde ir. Acabou por se sentar num banquinho, à espera de algo. Possivelmente do final do dia.
Nuno
Já no infantário era igual, também lá alternava períodos de tranquilidade com outros de rejeição sumária. Ao fim de algum tempo conseguimos detectar um padrão: se, ao chegar de manhã, estivesse lá uma das professoras preferidas, ficava serena e até feliz; caso contrário começava numa choraminguice pegada.
No liceu o caso parece ser muito semelhante. Ela tem 2 professores diferentes: um homem (que é também o director da escola) que dá as lições em Francês e uma mulher que as dá em Inglês. Às Segundas e Terças, dias do professor, fica sempre tristonha; às Quintas e Sextas, dias da professora dos cabelos compridos, fica bem.
É claro que sabemos que a coisa passa pouco depois de sairmos. Mas também temos consciência que não fica bem, apenas se acomoda por não ter outra hipótese. Sim, é verdade, é o que fazemos todos, mas claramente há alguns que se dão melhor com isso. Basta ver o filhote, que todos os dias parte disparado para a escola quase se esquecendo de se despedir de nós.
E hoje custou-me ficar a vê-la, depois de se despedir de mim à janela, virar-se para a sala e não saber para onde ir. Acabou por se sentar num banquinho, à espera de algo. Possivelmente do final do dia.
Nuno
6.12.09
2.12.09
Warszawa
Domingo e segunda passados estive em Varsóvia em trabalho.
Fiquei impressionada com a modernidade do aeroporto e a hospitalidade dos habitantes (nao esquecer que a Polónia só faz parte da UE desde 2004). Mas mais do que tudo, fiquei agarrada à demografia (38,7 milhoes de habitantes), geografia (montanhas, lago, mar, florestas inexploradas) e história do país. A Polónia está no centro da Europa e faz fronteira com 7 países: Russia, Lituânia, Belarus, Ucrânia, Eslováquia, Republica Checa e Alemanha - e ainda tem uma fronteira marítima para o mar Báltico. Historicamente, as fronteiras têm mudado com bastante frequência, sobretudo fruto da situação geográfica e do enclave Alemanha/Russia que temtrazido ao país vários conflitos.
Sobre Portugal, discute-se á boca cheia sobre a periferia do país em relação à Europa. Pois bem, estejamos gratos por nunca ter sido invadidos, arrasados, humilhados e nunca as nossas cidades terem sido devastadas em 85% (como a cidade de Varsóvia foi durante a segunda guerra mundial).
Varsóvia renasceu das cinzas da segunda guerra mundial. Os Polacos decidiram recontruir a cidade (ao invés de transferirem a capital para uma cidade que tenha ficado menos afectada pela guerra) para demonstrarem a sua invenciabilidade "podem-nos arrasar mas voltaremos a renascer". Achei bonito o empenho e hospitalidade daquele povo. O orgulho equilibrado na sua história e o esforço que todos estão a colocar nos futuro do seu país e povo.
Será certamente um local a voltar com tempo para explorar.
Patrícia
Fiquei impressionada com a modernidade do aeroporto e a hospitalidade dos habitantes (nao esquecer que a Polónia só faz parte da UE desde 2004). Mas mais do que tudo, fiquei agarrada à demografia (38,7 milhoes de habitantes), geografia (montanhas, lago, mar, florestas inexploradas) e história do país. A Polónia está no centro da Europa e faz fronteira com 7 países: Russia, Lituânia, Belarus, Ucrânia, Eslováquia, Republica Checa e Alemanha - e ainda tem uma fronteira marítima para o mar Báltico. Historicamente, as fronteiras têm mudado com bastante frequência, sobretudo fruto da situação geográfica e do enclave Alemanha/Russia que temtrazido ao país vários conflitos.
Sobre Portugal, discute-se á boca cheia sobre a periferia do país em relação à Europa. Pois bem, estejamos gratos por nunca ter sido invadidos, arrasados, humilhados e nunca as nossas cidades terem sido devastadas em 85% (como a cidade de Varsóvia foi durante a segunda guerra mundial).
Varsóvia renasceu das cinzas da segunda guerra mundial. Os Polacos decidiram recontruir a cidade (ao invés de transferirem a capital para uma cidade que tenha ficado menos afectada pela guerra) para demonstrarem a sua invenciabilidade "podem-nos arrasar mas voltaremos a renascer". Achei bonito o empenho e hospitalidade daquele povo. O orgulho equilibrado na sua história e o esforço que todos estão a colocar nos futuro do seu país e povo.
Será certamente um local a voltar com tempo para explorar.
Patrícia
Saint Nicolas
Dia 5 de Dezembro, no próximo sábado, parte o dito santo e os seus ajudantes. Esse é o dia da grande festa de família na Holanda.
Entretanto tem havido celebrações por todo o lado e, no liceu, resolveram fazer a festa hoje. As preparações já haviam começado na sala de aula, cada classe trabalhando o tema com canções e trabalhos manuais - dos quais os chapéus com que hoje vinham na cabeça, divertidissimos, é mais um exemplo.
Tambem ficam os registos fotograficos da passagem do Saint Nicolas na escola.
Haja festa - para nos fazer esquecer do frio que está lá fora.
Patrícia
Entretanto tem havido celebrações por todo o lado e, no liceu, resolveram fazer a festa hoje. As preparações já haviam começado na sala de aula, cada classe trabalhando o tema com canções e trabalhos manuais - dos quais os chapéus com que hoje vinham na cabeça, divertidissimos, é mais um exemplo.
Tambem ficam os registos fotograficos da passagem do Saint Nicolas na escola.
Haja festa - para nos fazer esquecer do frio que está lá fora.
Patrícia
À beira da extinção
Antes que este blog morra por falta de participação minha, resolvi dedicar 5 minutos do meu dia a esta causa.
E o que tenho eu para contar hoje? Que tal falar sobre os desportos do campeão?
Como é sabido por quem acompanha os nossos posts, o nosso Diogo agora joga futebol aos Domingos numa escola a sério. Tem evoluído imenso, e quem teve hipótese de o ver no início ficaria surpreendido se o revisse agora. De todos os miúdos, é claramente aquele que progrediu mais. Tal não significa que seja o melhor do grupo mas ninguém se atreveria a pedir-lhe ou esperar tal coisa.
Estamos pois imensamente orgulhosos do nosso filhote (para não variar...). Como de costume, aventurou-se num mundo difícil, entrou de cabeça erguida quando vários outros recuaram e triunfou.
Mas quando pensamos que a coisa ainda agora começou, eis que nos surpreende ao olhar já para substitutos. Primeiro foi o karate, agora o râguebi: cada vez que ouve falar de outro desporto vagamente interessante, quer largar o futebol e lançar-se de cabeça na novidade.
Sei que estou sempre a desenhar semelhanças, talvez disparatadas, mas até nisto se parece comigo. Embora ele comece mais novo. Vai ser o nosso grande desafio com o Diogo: ensinar-lhe perseverança, explicar-lhe que tem primeiro que acabar o que começou.
Porque, e como sempre disse em relação a ele, só não consegue aquilo que não quiser ou que se desinteressar.
Nuno
E o que tenho eu para contar hoje? Que tal falar sobre os desportos do campeão?
Como é sabido por quem acompanha os nossos posts, o nosso Diogo agora joga futebol aos Domingos numa escola a sério. Tem evoluído imenso, e quem teve hipótese de o ver no início ficaria surpreendido se o revisse agora. De todos os miúdos, é claramente aquele que progrediu mais. Tal não significa que seja o melhor do grupo mas ninguém se atreveria a pedir-lhe ou esperar tal coisa.
Estamos pois imensamente orgulhosos do nosso filhote (para não variar...). Como de costume, aventurou-se num mundo difícil, entrou de cabeça erguida quando vários outros recuaram e triunfou.
Mas quando pensamos que a coisa ainda agora começou, eis que nos surpreende ao olhar já para substitutos. Primeiro foi o karate, agora o râguebi: cada vez que ouve falar de outro desporto vagamente interessante, quer largar o futebol e lançar-se de cabeça na novidade.
Sei que estou sempre a desenhar semelhanças, talvez disparatadas, mas até nisto se parece comigo. Embora ele comece mais novo. Vai ser o nosso grande desafio com o Diogo: ensinar-lhe perseverança, explicar-lhe que tem primeiro que acabar o que começou.
Porque, e como sempre disse em relação a ele, só não consegue aquilo que não quiser ou que se desinteressar.
Nuno
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