28.12.09

Aventuras das férias de Natal

Tem sido umas quantas entre a agitações das compras e das visitas a tanta gente!

Começou na própria sexta-feira em que viémos. O Grandalhão tinha ido em trabalho para Paris na quarta-feira com regresso marcado para a sexta-feira às 14h. O nosso vôo, de Amsterdão para Lisboa, partia às 19h. A mala ficou na quinta-feira ainda por acabar porque havia mais do que tempo. Ora, este início de inverno tem sido rigoroso por toda a Europa e a torre Eiffel estava coberta de branco. Por isso os vôos andavam cancelados, atrasados. Recebi uma chamada a dizer que as indicações do vôo para Amsterdão tinha desaparecido do ecrã do aeroporto. Faltava acabar as malas, descê-las (uma delas com 30 kgs) por escadas do 3 andar, apanhar os meninos do after school, apanhar um táxi para o aeroporto para a fila do check-in, depois a do controlo, e esperar que o Grandalhão chegasse a tempo para o embarque. Tudo fizémos e o Grandalhão aterrou de Paris às 18h, directo para Lisboa.

Foi também uma aventura a ida ao ballet. Tinha prometido à minha sobrinha, agora com 6 anos, levá-la ao ballet. Pensávamos que o espectáculo era à tarde mas quando vimos os bilhetes era à noite. Muito mais encantador mas também mais complicado com 3 pequenotes com idades compreendidas entre os 3 anos e meio e os 7. Lá fomos numa noite de tempestade, ver a Giselle. Acharam graça à orquestra e impacientes esperavam que as enormes e pesadas cortinas vermelhas abrissem. Quando o espectáculo começou ficaram de boca aberta, encantados a ver os movimentos, as luzes, a coreografia. Acompanharam com entusiasmo a primeira parte, espantados por ser uma história dançada. A homenageada estava fascinada. Pouco depois do intervalo, o Campeão adormeceu e logo de seguida a Miminha comecou a dizer que queria ir para casa. Seguiu-se, provavelmente por contágio, a prima que também se começou a anichar em mim. Era altura de partir.

A terceira aventura de que me lembro foi a do dia Natal. Fomos passá-lo à “casa nova” dos meus pais, no concelho de Torres Vedras. Ora, também fruto de uma tempestade os postes de electricidade foram cortados e não havia electricidade na casa. Foi um Natal muito charmoso (tirando a desmesura de prendas), com todos de volta da lareira, da mesa a jogar cartas, com a criançada a fazer jogos para se entreterem, iluminados para o jantar com nada mais do que a luz de velas. Não houve televisão. Não havia aparelhagem. Na casa nova, um Natal à antiga de absoluto convívio.

Quarta aventura destas férias - da qual ainda não sabemos o desfecho e novamente causada pelo mau tempo - devíamos estar no Funchal para a passagem de ano. Devíamos ter apanhado o vôo às 19.05h. Devíamos mas por más condições climatéricas o vôo foi atrasado e depois cancelado. Duas horas de fila no aeroporto (depois do check-in, depois do controlo, depois da espera, e da nova fase da espera já com o avião em atraso). Um autocarro para um hotel em Lisboa. Um quarto de hotel para os quatro. Agora na cama do hotel espero que amanhã o tempo melhore para não nos estragar o fim do ano.

Patrícia

16.12.09

Jantar de Natal da escola

Ainda hoje, houve outra festa. A escola resolveu organisar um jantar de Natal. Assim cada menino/a foi convidado a participar sendo pedido que vestissem a rigor e trouxessem, claro está, uma contribuição para o jantar.

O Campeão, aquando perguntado pela professora o que queria trazer disse pizza. E assim foi que não quizemos ser desmancha prazeres...
A Miminha, ajudou-me a fazer e levou para a sobremesa um cheiroso (a baunilha e canela) arroz doce, decorado para a época como é bom de ver. Foi uma correria que só visto mas tudo correu bem. As salas de aula de ambos estavam muito acolhedoras à luz de velas, com decorações feitas pelos pequenotes e tudo muito excitado com a ocasião. Depois de jantar ainda foram dançar ao ginásio...

E assim foi, exaustos e felizes ferraram no sono.

Patrícia

Miss Charm

Hoje foi dia de ballet para a Miminha. Como todas as quartas-feiras. Normalmente entra a Miminha e eu fico com o Campeão na sala de espera. Hoje, porém, foi uma aula aberta e vim absolutamente deliciada.

Ela é mesmo a Miss Charm. E não é só comentário de mãe (muito) babada, ora vejam.





Devido mérito seja dado às professoras que conduzem a aula com muita imaginação, expressividade e ritmo. No ballet todavia, sem graciosidade, nada a fazer. A Miminha esteve espectacular (ou é enviesamento meu?)!

Patrícia

9.12.09

Responsabilidade social

O título é muito abrangente, bem sei. Neste caso, refiro-me à preocupação que todos cá em casa temos com o problema da poluição, a falta de água e comida, as alterações climáticas que se veem verificando em todos os cantos do nosso mundo.

Em casa todos temos essa preocupação, e tentamos ser conscientes no tempo dos duches, em fechar sempre a torneira enquanto esfregamos as mãos ou os dentes, em produzir pouco lixo (nos EUA 45% da comida preparada não é consumida e vai para o lixo - a Europa está nos 25%) e separá-lo, diminuir o consumo de energia, usar o carro conscientemente (o Grandalhão nem quer carro e tem-me tentado converter à idea do greenwheels), entre outros.

Na escola, naturalmente, abordam também parte destas questões e os pequenotes andam alerta para elas. Assim, esta manhã, lá fomos comprar os produtos de limpeza da casa (roupa, loiça etc) que “não poluam mais os nossos rios e oceanos” e sejam biodegradáveis. Não devia fazer publicidade, bem sei, mas a bem da responsabilidade social, fá-lo-ei: usamos produtos da ECOVER – para quem quizer espreitar o site www.ecover.com.

E eis que assim contribuimos para o bem do nosso planeta.

Patrícia

8.12.09

Sensibilidades

Continua o debate em torno do comportamento da Catarina de manhã. Por razões por vezes insondáveis, continua a lidar mal com a chegada à escola. Isto ao fim de 3 meses e depois de já ter dado mostras de integração a vários níveis.

Já no infantário era igual, também lá alternava períodos de tranquilidade com outros de rejeição sumária. Ao fim de algum tempo conseguimos detectar um padrão: se, ao chegar de manhã, estivesse lá uma das professoras preferidas, ficava serena e até feliz; caso contrário começava numa choraminguice pegada.

No liceu o caso parece ser muito semelhante. Ela tem 2 professores diferentes: um homem (que é também o director da escola) que dá as lições em Francês e uma mulher que as dá em Inglês. Às Segundas e Terças, dias do professor, fica sempre tristonha; às Quintas e Sextas, dias da professora dos cabelos compridos, fica bem.

É claro que sabemos que a coisa passa pouco depois de sairmos. Mas também temos consciência que não fica bem, apenas se acomoda por não ter outra hipótese. Sim, é verdade, é o que fazemos todos, mas claramente há alguns que se dão melhor com isso. Basta ver o filhote, que todos os dias parte disparado para a escola quase se esquecendo de se despedir de nós.

E hoje custou-me ficar a vê-la, depois de se despedir de mim à janela, virar-se para a sala e não saber para onde ir. Acabou por se sentar num banquinho, à espera de algo. Possivelmente do final do dia.

Nuno

6.12.09

Nome escrito pela própria

e sem modelo para copiar, aos 3 anos e oito meses.

Patrícia

2.12.09

Warszawa

Domingo e segunda passados estive em Varsóvia em trabalho.

Fiquei impressionada com a modernidade do aeroporto e a hospitalidade dos habitantes (nao esquecer que a Polónia só faz parte da UE desde 2004). Mas mais do que tudo, fiquei agarrada à demografia (38,7 milhoes de habitantes), geografia (montanhas, lago, mar, florestas inexploradas) e história do país. A Polónia está no centro da Europa e faz fronteira com 7 países: Russia, Lituânia, Belarus, Ucrânia, Eslováquia, Republica Checa e Alemanha - e ainda tem uma fronteira marítima para o mar Báltico. Historicamente, as fronteiras têm mudado com bastante frequência, sobretudo fruto da situação geográfica e do enclave Alemanha/Russia que temtrazido ao país vários conflitos.

Sobre Portugal, discute-se á boca cheia sobre a periferia do país em relação à Europa. Pois bem, estejamos gratos por nunca ter sido invadidos, arrasados, humilhados e nunca as nossas cidades terem sido devastadas em 85% (como a cidade de Varsóvia foi durante a segunda guerra mundial).

Varsóvia renasceu das cinzas da segunda guerra mundial. Os Polacos decidiram recontruir a cidade (ao invés de transferirem a capital para uma cidade que tenha ficado menos afectada pela guerra) para demonstrarem a sua invenciabilidade "podem-nos arrasar mas voltaremos a renascer". Achei bonito o empenho e hospitalidade daquele povo. O orgulho equilibrado na sua história e o esforço que todos estão a colocar nos futuro do seu país e povo.

Será certamente um local a voltar com tempo para explorar.

Patrícia

Saint Nicolas

Dia 5 de Dezembro, no próximo sábado, parte o dito santo e os seus ajudantes. Esse é o dia da grande festa de família na Holanda.

Entretanto tem havido celebrações por todo o lado e, no liceu, resolveram fazer a festa hoje. As preparações já haviam começado na sala de aula, cada classe trabalhando o tema com canções e trabalhos manuais - dos quais os chapéus com que hoje vinham na cabeça, divertidissimos, é mais um exemplo.

Tambem ficam os registos fotograficos da passagem do Saint Nicolas na escola.


Haja festa - para nos fazer esquecer do frio que está lá fora.

Patrícia

À beira da extinção

Antes que este blog morra por falta de participação minha, resolvi dedicar 5 minutos do meu dia a esta causa.

E o que tenho eu para contar hoje? Que tal falar sobre os desportos do campeão?

Como é sabido por quem acompanha os nossos posts, o nosso Diogo agora joga futebol aos Domingos numa escola a sério. Tem evoluído imenso, e quem teve hipótese de o ver no início ficaria surpreendido se o revisse agora. De todos os miúdos, é claramente aquele que progrediu mais. Tal não significa que seja o melhor do grupo mas ninguém se atreveria a pedir-lhe ou esperar tal coisa.

Estamos pois imensamente orgulhosos do nosso filhote (para não variar...). Como de costume, aventurou-se num mundo difícil, entrou de cabeça erguida quando vários outros recuaram e triunfou.

Mas quando pensamos que a coisa ainda agora começou, eis que nos surpreende ao olhar já para substitutos. Primeiro foi o karate, agora o râguebi: cada vez que ouve falar de outro desporto vagamente interessante, quer largar o futebol e lançar-se de cabeça na novidade.

Sei que estou sempre a desenhar semelhanças, talvez disparatadas, mas até nisto se parece comigo. Embora ele comece mais novo. Vai ser o nosso grande desafio com o Diogo: ensinar-lhe perseverança, explicar-lhe que tem primeiro que acabar o que começou.

Porque, e como sempre disse em relação a ele, só não consegue aquilo que não quiser ou que se desinteressar.

Nuno